26 de fevereiro, de 2025 | 07:57

Operação da PF mira envolvidos com a migração ilegal para os Estados Unidos

Divulgação PF
Com membros da organização criminosa foram apreendidas armas e farta munição de variados calibres Com membros da organização criminosa foram apreendidas armas e farta munição de variados calibres

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (26/2), a operação Siblings, com o objetivo de desarticular uma Organização Criminosa envolvida no contrabando de migrantes para os Estados Unidos. Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão (11 em Governador Valadares, 2 no Espírito Santo e 1 no Distrito Federal), além de 11 medidas cautelares diversas de prisão, como a apreensão de passaportes, e o sequestro de bens que pode chegar a até 43 milhões de reais, com o bloqueio de contas bancárias. Todos os mandados foram expedidos pelo juízo da 3ª Vara Federal de Organizações Criminosas de Belo Horizonte.

As investigações revelaram que o grupo criminoso, liderado por uma família em Governador Valadares, era responsável pelo agenciamento de 669 migrantes, que eram encaminhados para os EUA via México. A organização também contava com núcleos especializados na captação de migrantes, na compra de passagens aéreas, reservas de hotéis, falsificação de documentos públicos e na criação de contas bancárias em nome de terceiros para o recebimento de valores provenientes das vítimas.

Durante a operação, foram realizadas duas prisões em flagrante, uma por posse irregular de munição e outra por resistência, além da apreensão de documentos, dinheiro em espécie, joias e veículos.
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Mandados foram cumpridos em Valadares, cidades do ES e em Brasília, bens apreendidos podem passar de R$ 43 milhõesMandados foram cumpridos em Valadares, cidades do ES e em Brasília, bens apreendidos podem passar de R$ 43 milhões

Essa é a maior operação de contrabando de migrantes já realizada pela Polícia Federal em Governador Valadares, considerando o número de vítimas identificadas. Estima-se que, com a análise do material apreendido, mais de 1.500 pessoas, entre maiores e menores de idade, sejam identificadas como vítimas da organização criminosa.

Os envolvidos responderão pelos crimes de participação em organização criminosa, promoção de migração ilegal, envio irregular de crianças ou adolescentes para o exterior, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsificados, com penas que podem ultrapassar 33 anos de reclusão. (Com informações da Comunicação Social da Polícia Federal em Minas Gerais)

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Além do contrabando de migrantes, grupo responderá também por posse de armamento pesado Além do contrabando de migrantes, grupo responderá também por posse de armamento pesado

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