16 de fevereiro, de 2025 | 19:20
Homem que matou a esposa no Morada do Vale em Coronel Fabriciano será levado a novo julgamento
Reprodução
O crime foi cometido em 26 de março passado na rua Vale do Tefé, no bairro Morada do Vale

Por decisão da 9ª Câmara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, um homem levado a julgamento e condenado a 12 anos de prisão, por matar a esposa a golpes de faca, crime ocorrido em 26 de março de 2023, em Coronel Fabriciano, será levado a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. O Ministério Público recorreu da sentença proferida em 19 de outubro de 2023. No recurso relatado pela desembargadora Maria das Graças Rocha Santos, foram acatados argumentos do MPMG, segundo os quais, a decisão do Júri Popular é "manifestamente contrária à prova dos autos, por ter afastado as qualificadoras do motivo torpe e do feminicídio, bem como por ter reconhecido o privilégio, o que se mostra destoado ao acervo probante". Com isso, foi cassada a decisão do Júri Popular e determinada a submissão do réu a novo julgamento, a ser agendado pela Vara Criminal, da Infância e da Juventude da Comarca de Coronel Fabriciano.
Trata-se do caso do metalúrgico Oseias Pereira Ribeiro, de 37 anos, condenado por matar a golpes de faca a esposa, Sabrina Gomes Moura Ribeiro, de 31 anos. O crime foi cometido em 26 de março passado na rua Vale do Tefé, no bairro Morada do Vale, conforme acompanhou o Diário do Aço na ocasião.
A motivação do crime seria que Oseias suspeitava que Sabrina estivesse lhe traindo. Após matar a mulher a golpes de faca, na casa onde residiam, Oseias fugiu, mas foi capturado dois dias depois em Santana do Paraíso pela Polícia Civil de Coronel Fabriciano.
Crime atenuado
No Júri Popular os jurados do Conselho de Sentença não acataram os pedidos da defesa pela absolvição do réu, mas retiraram as qualificadoras de feminicídio e motivo torpe, além de entenderem que houve um homicídio privilegiado, ou seja, que Oseias agiu sob forte emoção, situação que também faz diminuir a pena, ao descobrir que a esposa estava tendo um caso com um colega de serviço.
Todavia, o júri manteve as qualificadoras de emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Diante da decisão dos jurados, o juiz Carlos Henrique sentenciou Oseias a pena final de 12 anos, 11 meses e 20 dias de prisão no regime inicial fechado. Na época, o promotor de Justiça Enrico de Sousa Cabral adiantou que iria entrar com recurso de apelação.
Quando foi localizado pela Polícia Civil, Oseias confessou à equipe do delegado Washington Moreira ser o autor do assassinato. A alegação seria por desconfiar que a esposa, com a qual estava casado por 16 anos, estaria lhe traindo. Antes do crime, há dez anos, o casal chegou a se separar por uma relação extraconjugal da mulher, mas Oseias e Sabrina se reconciliaram.
Sabrina estaria querendo separar-se novamente do marido, com quem teve três filhos: duas meninas e um menino. Porém, o metalúrgico não aceitava o fim da relação. Ele tinha uma espécie de sentimento de propriedade sobre a mulher. Aumentou o ciúme dele, passando a desconfiar que ela estava em outra relação”, acrescentou o delegado na época.
Sabrina, ao chegar do trabalho noturno em um hospital em Coronel Fabriciano, foi chamada pelo marido para ambos conversarem. Os filhos não estavam em casa. Ele teria se apossado de uma faca no intuito de saber se ela estava ou não de fato o traindo novamente. O marido desferiu 11 facadas na esposa.
Já publicado:
Acusado de feminicídio em Fabriciano é preso em Santana do Paraíso
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Joaquim Quintao Rosa
19 de fevereiro, 2025 | 21:26Calma gente a justiça será Feita , conforme os designíos de Deus!”
Furtado
17 de fevereiro, 2025 | 00:58Mulher quando é bem tratada, dificilmente troca de CPF.”
Falo Mesmo
16 de fevereiro, 2025 | 15:49E será como esta a consciência daque irmão que estava "merendando" no prato alheio? Disso ninguém fala. Ein, pastor?”
Roberto Alves da Silveira
16 de fevereiro, 2025 | 15:19Realmente ficou difícil pro ser humano chamado homem, viver no Brasil...nos homens perdemos todos os nossos direitos constitucionais....se uma mulher mata o marido e julgada ,por um júri popular...a 1/5/10/15 anos de prisão...logo vem os direitos constitucionais das leis favoráveis a mulher ela é solta...e agora tá ficando pior ....até o próprio júri popular, está perdendo a autonomia....porque não já não dá logo prisão perpetua pro homicida ...e para de fazer este teatro todo...fica essa gastan?ça de dinheiro público....tentando mostrar qye Brasil e um país com uma justiça séria.. sendo que todos sabemos qye não é mais assim.
Não estou defendendo ninguém...quero deixar claro..so estou dizendo que pra que júri popular se não é respeitado as decisões do mesmo”