12 de fevereiro, de 2025 | 08:45
Casos de violência sexual no Vale do Aço caem 12,95% em 2024
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Pessoas negras, entre pretas e pardas, são as maiores vítimas de violência sexual na região

No ano passado, foram registradas 175 ocorrências de violência sexual no Vale do Aço. A Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) abriga a maior parte dos casos, com 132 notificações desse tipo de violência. Os dados são do Portal de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, analisados pela reportagem do Diário do Aço.
Dos 175 casos, 135 tiveram seus locais especificados. Nestes, 110 aconteceram na casa das vítimas, 15 em vias públicas, quatro em escolas, três em bares ou similares, dois em comércios e um em local de prática esportiva.
Etnia
Em relação à cor, a maioria das vítimas, cerca de 75,5%, são negras (63,95% são pardas e 11,63% são negras), enquanto as vítimas brancas são 15,12%. Outros 9,3% não tiveram sua cor informada.
Gênero e faixa etária
A maior parte das vítimas (84%) é do sexo feminino. A idade das pessoas agredidas varia entre menos de um ano a 69 anos para mulheres, entretanto, o maior número de vítimas concentra-se entre 15 a 19 anos (28); um a quatro anos (25); e 10 a 14 anos (25). Apesar de outras faixas etárias terem números mais baixos, as notificações ainda são alarmantes: mulheres de 20 a 29 anos contabilizam 19 casos, seguidas por crianças de cinco a nove anos (16); 30 a 39 (13); 40 a 49 (10); 50 a 59 (6), 60 a 69 (3) e, por fim, bebês com menos de um ano (2).
Homens
Já para o sexo masculino, a idade que mais sofreu esse tipo de violência foram meninos de um a quatro anos, com oito registros. Adultos de 20 a 29 anos registraram seis ocorrências. Crianças entre cinco e nove anos e adolescentes entre 15 e 19 contabilizaram cinco casos cada um; de 10 a 14 anos (1); 30 a 39 (1); 40 a 49 (1); e 50 a 59 anos (1). Bebês com menos de um ano e idosos entre 60 e 69 não tiveram registros de casos.
RMVA
A Região Metropolitana do Vale do Aço guarda o maior número de casos em relação ao Colar Metropolitano, com 132 registros, ou seja, 75,4%. Seguindo a mesma perspectiva de toda a região, as mulheres, mais uma vez, foram mais agredidas que homens na RMVA, com 84,09% e 15,91%, respectivamente. Nesse sentido, 76,75% são negras (65,12% são pardas e 11,63% são pretas), já as vítimas brancas contabilizam 13,95% dos casos, enquanto pessoas cuja cor não foi identificada acumulam 9,3% dos casos.
Cento e um casos tiveram seus locais especificados e, do mesmo modo, a residência das vítimas engloba 85 notificações, o que representa cerca de 84,15% dos casos. Outros locais entre as ocorrências estão vias públicas (10); bar ou similar (2); comércio (2); e escola (2).
Meninas
Entre as vítimas do sexo feminino, crianças de um a quatro anos e adolescentes entre 15 a 19 foram as maiores vítimas, com 21 casos em cada faixa etária. Crianças entre 10 e 14 anos e adultos entre 20 a 29 também tiveram um alto número de ocorrências, contabilizando 16 e 15 casos, respectivamente. Em seguida, estão vítimas com 30 a 39 anos (11); cinco a nove (9); 40 a 49 (9); 50 a 59 (4); 60 a 69 (3); e bebês com menos de um ano (2).
Crianças entre um e quatro anos de idade representam o maior número de vítimas do sexo masculino, com oito ocorrências. A faixa etária de 15 a 19 e 20 a 29 anos somam, juntas, 10 vítimas, com cinco em cada grupo. Já crianças de 10 a 14, adultos de 30 a 39 e 50 a 59 anos possuem uma vítima, respectivamente.
Queda
Apesar do número de ocorrências ainda ser alto em 2024, houve uma queda de quase 13% em relação ao ano anterior, que registrou 201 casos de violência sexual no Vale do Aço. A mesma lógica se deu na Região Metropolitana do Vale do Aço, que havia contabilizado 138 casos em 2023, e pôde ver uma redução de cerca de 4,85% no número de notificações no ano seguinte.
Já publicado:
- RMVA já registra 276 mulheres vítimas de violência doméstica e familiar em 2025
- Na segunda semana de 2025, Ipatinga já registra 56 vítimas de violência doméstica
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Opa
12 de fevereiro, 2025 | 11:17Então ,se fizer orquiectomia neles ,este número cai ainda mais.”