11 de fevereiro, de 2025 | 07:00

Eta ferro, sô!

Nena de Castro *

Diaaa! Ainda abestada com tanto desvario do Trumpicão, aquele doido lá dos “Estados Unidos pra Ferrar a Gente e o Mundo”! Ele continua com suas declarações bombásticas e isturdia, ao ouvir o plano de transformar a Faixa de Gaza em local turístico, mandando os palestinos pra pqp, minha fiota Larissa falou: “mãe, esse doido tá querendo outro 11 de setembro, só pode”! Concordei, com muita tristeza, pois a megalomania desse aluado vai colocar o mundo em muita confusão, como se já não tivéssemos problemas suficientes! Então nos dias de hoje, você pega um povo, tira de onde nasceu e faz uma diáspora sem pé nem cabeça, sem o menor respeito por sua história e lutas? E eu que achava o Javier Milei presidente do país dos Hermanos, o melhor candidato a maluquete do ano sem bomba atômica, vi que errei feio! Pois temos os chefões da China, Coreia do Norte, Rússia, todos com armamento letal, já vivemos na corda bamba e ainda vem o esTRUMPiço pra acabar de zuretar a nós, os pobres mortais! Afora isso, o loco continua impulsivo e descontrolado, afeeee! E brasileiros continuam chegando de avião, algemados e com correntes nos pés.

Pensando na caixa de abelhas furiosas que o mundo está virando, eu me lembrei do grego apicultor Aristeu, filho da ninfa Cirene que vivia em um palácio no fundo de um rio. Ocorre que suas abelhas tinham morrido e ele foi se queixar com a mãe, que tinha poderes. A mãe o levou a Proteu, que poderia ajudá-lo, desde que firmemente acorrentado, pois o gajo não se entregava sem luta e se transformava em um javali ou em tigre feroz, em dragão coberto de escamas ou em um leão de juba amarela. Contudo, ao perceber que não escaparia, voltava à sua forma primitiva.
“Será que dá tempo de pedir pro mundo parar pra gente descer?”


Então após Proteu perceber que continuava acorrentado, respondeu ao jovem que suas abelhas tinham morrido por causa de seu mau procedimento com Eurídice, pois ao assediá-la, a moça fugiu e teve a má sorte de pisar numa cobra que a picou causando-lhe a morte. Algumas ninfas tinham ficado iradas e destruíram suas colmeias.

Ora, Aristeu não vivia sem seu melzinho de cada dia e foi logo sacrificar animais e construir altares para as ninfas; também honrou a memória de Eurídice e de Orfeu, seu marido. Deixou as carcaças no bosque e após nove dias como recomendado, voltou e verificou que um enxame de abelhas havia se instalado nelas e fabricava mel. Essa fábula me lembra que há um dragão louro por aí, soltando fogo pelas ventas. E infelizmente, não acharemos mel ao fim da história. Ara pois, diriam os antigos: a sarna trumpesca vai coçar no lombo de todos! Será que dá tempo de pedir pro mundo parar pra gente descer? Ixeee! E nada mais digo!

* Escritora e contadora de histórias

Obs: Artigos assinados não reproduzem, necessariamente, a opinião do jornal Diário do Aço
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário