08 de fevereiro, de 2025 | 08:30

No Vale do Aço, filhos são os principais suspeitos de agressão contra idosos

Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), os principais possíveis agressores de idosos são os próprios filhos, conforme indicam as denúncias feitas em janeiro. Neste mês, a região contabilizou 63 casos de violência contra o idoso. Eles foram registrados no painel de dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) do governo federal. Os dados foram atualizados no dia 2 de fevereiro.

Em Ipatinga, somente no primeiro mês do ano, foram registradas 40 denúncias de violência contra pessoas idosas. Dentre elas, 22 casos têm os filhos como os principais suspeitos da agressão.

O restante de casos na cidade tem a relação entre o suspeito e a vítima dividida da seguinte forma: esposo (3); genro/nora (3); neto (3); profissional de saúde (3); outros (2); vizinho (2); outros familiares (1); e sobrinho (1).

No município de Coronel Fabriciano, a quantidade de denúncias registradas foi menor (11). Neste caso, há cinco casos em que os vizinhos foram os possíveis agressores de pessoas idosas, quatro em que os filhos foram os suspeitos e dois citam sobrinhos como principal relação com as vítimas.

Em Timóteo, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos atendeu cinco denúncias, as quais aparecem filhos como principais suspeitos desse tipo de crime. Uma situação parecida ocorreu em Santana do Paraíso, visto que, das sete denúncias registradas, todas foram os filhos das vítimas os possíveis agressores.

Violações
A maioria das violações acontecem há mais de um ano e envolvem negligência, abandono, agressão, desamparo, insubsistência, ameaça, risco, falta de assistência e exposição. Grande parte dos denunciantes são terceiros.