29 de janeiro, de 2025 | 09:00
RMVA registra menor índice de casos prováveis de dengue nas quatro primeiras semanas do ano desde 2021
A Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) registrou 195 casos prováveis de dengue nas quatro primeiras semanas epidemiológicas de 2025. Os números representam uma forte queda comparada ao ano passado, quando no mesmo período de tempo, foram contabilizados 4.114 casos prováveis da doença, o que significa 95,37% a menos.
A situação em Minas Gerais e na região foi tão alarmante no ano passado que fez com que o governo estadual decretasse situação de emergência em saúde pública provocada por arboviroses. O mesmo aconteceu no município de Ipatinga. Ambos os casos foram ainda no mês de janeiro.
As estatísticas, extraídas pela reportagem do Diário do Aço do Painel de Monitoramento de Casos da Secretaria Estadual de Minas Gerais (SES-MG), mostram que o número de casos chegou ao menor patamar desde 2021, quando foram registrados 108 casos de dengue.
Alerta
Apesar dos casos terem diminuído, a situação ainda requer alerta aos municípios e moradores. Os governos locais, assim como preconiza a legislação, estão promovendo, e consequentemente divulgando, os resultados do primeiro Levantamento Rápido de Infestação do Aedes Aegypti (LIRAa) de 2025. Em Timóteo, a infestação é de 4,7%. Já, em Ipatinga, os números obtidos são idênticos ao LIRAa feito no mesmo período do ano passado: 7,4%. Em Coronel Fabriciano, o levantamento está em fase de produção e a expectativa é que até a próxima sexta-feira (31) seja finalizado. Em Santana do Paraíso não foi divulgado o período da coleta de dados. O Ministério da Saúde preconiza um índice de 0,9%.
Chikungunya
Quanto à chikungunya, outra doença provocada pela picada do Aedes aegypti, o painel da Saúde estadual mostra 82 casos prováveis. O que também representa uma veemente queda ante os 13.671 nas quatros semanas iniciais de 2024.
As doenças matam
Em todo 2024, foram seis mortes por dengue na RMVA e outras 18 por chikungunya. Em Minas Gerais, foram 1.140 vidas perdidas em virtude da dengue e 125 óbitos por chikungunya.
Dengue
A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera, porém, parte deles pode progredir para formas graves, inclusive, virem a óbito. A quase totalidade das mortes por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.
Se não forem tratados, os sintomas de dengue com sinais de alerta podem evoluir para manifestações mais graves, como a febre hemorrágica da dengue. Isso ocorre em uma pequena parcela dos infectados, quando comparado à incidência total da doença. Apesar de grave, o quadro pode ser revertido, desde que haja terapia hospitalar intensiva.
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