26 de janeiro, de 2025 | 08:30

Casos de leptospirose em Ipatinga tiveram redução de 14,2% em 2024

No ano passado, o município de Ipatinga registrou 12 casos de leptospirose, duas notificações a menos em relação ao ano de 2023, esse número representa uma queda de aproximadamente 14,2% nas ocorrências. Os dados são do painel epidemiológico de leptospirose da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, analisados pela reportagem do Diário do Aço.

Além dos 12 casos, o município também registrou três óbitos em decorrência da doença. A maior parte das pessoas infectadas eram do sexo masculino, representando 66,67%, enquanto os outros 33,33% eram do sexo feminino. A faixa etária com maior incidência de infecções foi de 50 a 59, para ambos os sexos e em 91,67% dos casos ocorreram hospitalizações.

Os sintomas mais comuns entre os registros do município foram febre, cefaleia, mialgia e prostração. Por outro lado, os menos comuns incluem vômito, diarreia, icterícia, insuficiência renal e alterações respiratórias.

Vale do Aço
Em 2024, no Vale do Aço, foram registrados 38 casos de leptospirose e seis óbitos, com Ipatinga e Coronel Fabriciano liderando a lista com mais ocorrências. Cerca de 68,42% das vítimas eram do sexo masculino, entre 50 e 69 anos, e 31,58% eram do sexo feminino, entre 40 e 59 anos.

Os sintomas mais comuns entre os infectados foram febre, mialgia, cefaleia e prostração. Enquanto isso, vômito, diarreia, icterícia, insuficiência renal, alterações respiratórias e cardíacas, e congestão conjuntival estão entre os sintomas menos comuns entre os 38 casos da região.

Alerta da administração municipal
O governo de Ipatinga, por meio das mídias sociais, alertou a população sobre a possibilidade de aumento nos casos de leptospirose neste ano, em decorrência do temporal que atingiu a região no dia 12 e do período chuvoso que dura até março.

Neste mês de janeiro, após o temporal, o secretário de Saúde de Ipatinga, Walisson Medeiros, informou, por meio de nota divulgada pelo governo, o que é feito para ajudar a população: “O hipoclorito de sódio que estamos distribuindo é fundamental para desinfecção e limpeza, ajudando a prevenir doenças transmitidas pela água e alimentos contaminados. Além disso, estamos realizando ações de combate aos roedores, que representam outro risco importante. Nosso objetivo é mitigar os impactos à saúde causados pelas inundações”.

Infecção
A leptospirose é classificada como uma zoonose endêmica no estado de Minas Gerais. É causada pela bactéria do gênero Leptospira, potencialmente fatal. A transmissão acontece por meio do contato direto com a urina de animais infectados, principalmente ratos. Além disso, a infecção pode acontecer também de forma indireta: a partir do contato com água ou lama contaminados pela bactéria.