26 de janeiro, de 2025 | 08:00

Até quando vamos ficar cegos?

Kléber Sousa *

Na sociedade em que vivemos percebemos que dificilmente o simples anúncio de um produto ou serviço consegue ganhar o consumidor, para que esse produto ou serviço seja comprado. Não basta apenas a simples demonstração dos benefícios que são oferecidos, e nem a qualidade e o preço. Hoje, além desses dois fatores, a responsabilidade com os valores da vida é levada em consideração na hora da decisão de compra de um produto ou serviço. Apesar da evolução no processo de comunicação e do entendimento que cada um tem sobre as intenções que estão por trás de cada anunciante, a constante agressão que a maioria dos meios de comunicação de massa, os que não têm compromisso com a verdade e pensam somente na sua sustentação financeira, fazem com os mais de 90% da população que os assiste é no mínimo, algo que deveria, em períodos passados usando o exemplo da igreja católica, ser excomungado o responsável por tamanha atrocidade. Imagina se vivêssemos no período da inquisição, seja católica ou protestante?

Diariamente percebemos na propaganda e nas novelas a inversão de valores, que constantemente são colocados à prova, e a Globo, Record, SBT e Band, para citar algumas, conseguem anestesiar cada vez mais os telespectadores.

Em pleno século XXI, programas como o Big Brother Brasil da Rede Globo e A Fazenda da Record, cuja dissertação quero fazer em um outro artigo específico, os valores humanos são substituídos pelos valores monetários. Exposição; chantagens; trapaças; ameaças; agressões físicas e morais; assédio sexual e tantas outras subversões fazem parte desses realitys promovidos por essas famigeradas Redes de Televisão.

É latente a implantação da imoralidade nos lares brasileiros e a condução que fazem levando, não somente a nossa juventude, mas também inúmeros adultos, e crianças, por caminhos, às vezes sem volta, que irão degradar de vez os valores berçários que nossos avós e pais nos ensinaram ao longo de uma vida.

Triste saber da audiência que os libertinos programas têm. Mais triste ainda, é saber que as ligações que cada paredão oferece para a TV, dão pra cobrir o prêmio oferecido e engordar, ainda mais os cofres daqueles que já demonstraram não terem nenhum respeito pela vida... (dos outros), e pela cultura do nosso país.

Dá nojo assistir, mas é preocupante a quantidade de pessoas que perdem o seu tempo em se enganar, achando que têm domínio sobre a vontade dos participantes e que esses participantes, têm algo de bom a oferecer.

Se continuarmos cegos diante do que fazem com nossas vidas, estaremos fadados a morrer de inanição, achando que não seremos atingidos e nem aos nossos filhos.

* Presidente da CUT Regional Vale do Aço; Jornalista, Especialista em Marketing e Comunicação Empresarial; Especialista em Políticas Públicas com foco em gênero e raça; Especialista em Comunicação Sindical

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