21 de janeiro, de 2025 | 08:30
De escrever e ficar indignada...
Nena de Castro *
A responsabilidade de escrever para meus cinco leitores me deixa preocupada durante toda a semana, eita que a coisa é séria! Domingo à tarde ou segunda pela manhã a Bugra se aquieta, senta-se defronte ao computador e começa a pensar sobre o assunto a ser abordado.
Como disse Frei Beto, para criar tem que ralar. E dedicar-se seriamente ao trabalho de ler, escrever e pesquisar, não necessariamente nessa ordem... Ele afirma que sem disciplina nada é possível, é preciso conectar-se ao silêncio, ao íntimo de si mesmo para escutar melhor a voz interior, dilatando assim, a capacidade de criar. É necessário deixar de lado o medo de desconectar-se do dia a dia, deixar de lado a ânsia de estar antenado em tudo, sendo presas fáceis da ansiedade e vítimas do estresse.
Eita tempo de gente estressada, o que vivemos: entupidos de informação e desinformação pelas redes sociais, entramos de sola em debates inúteis, ficamos inflamados pelo ódio disseminado por criaturas fúteis e saímos por aí prontos para atacar quem de nós discorda...
"Eita tempo de gente estressada, o que vivemos: entupidos de informação e desinformação pelas redes sociais, entramos de sola em debates inúteis"
Criatura inquieta que sou, só relaxo lendo ou escrevendo, e esse último item vem carregado de preocupação pelo que entrego para publicar. Gosto muito de escrever textos humorísticos pois o humor nos salva de nós mesmos, conhecem a frase “ridendo castigat mores” ou “rindo se castigam os costumes” ou ainda “rindo, alguém castiga os costumes ridicularizando-os”? A expressão é atribuída ao poeta Jean de Santeul, mas já a vi como se escrita por outra pessoa.
Agradeço, e muitíssimo, aos políticos brasileiros por me fornecerem vasto material com suas “brilhantes” atuações.
Querem ver? Em outubro de 2024, a Câmara Federal parou para analisar o projeto do deputado federal Paulo Ramos do PDT-RJ que propõe a alteração do Código Penal, liberando a exposição da parte superior do corpo acima da linha da cintura, ou seja, a prática do topless em qualquer ambiente público, especialmente em praias, margens de rios e piscinas, sem que isso seja delito penal.
Só gostaria de perguntar à sua Incelença se para a Educação, Saúde, Controle da Violência, Controle dos Gastos Públicos e muitas “otras cositas mas” que o Brasil necessita, não vai nada? Afee, é muita ignomínia entre tantas praticadas na Terra do Pau Brasil! Vige aprige, sásinhora, meu Santo Antõe do Categiró, de nós tenha dó e nos ensina a votar! E nada mais digo eita diacho...
* Escritora e contadora de histórias
Obs: Artigos assinados não reproduzem, necessariamente, a opinião do jornal Diário do Aço
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