16 de janeiro, de 2025 | 08:40
Em meio à lama e com lojas ainda fechadas, comerciantes do Jardim Panorama calculam prejuízos
Por Sofia Carvalhido - Estagiária sob supervisãoA forte chuva que atingiu o Vale do Aço no último domingo (12) causou muita destruição por todo o município de Ipatinga. No bairro Jardim Panorama, alguns lojistas da avenida Juscelino Kubitschek tiveram seus estabelecimentos invadidos pela água e outros perderam seus locais de trabalho por deslizamentos de terra. Em entrevista ao Diário do Aço na tarde desta quarta-feira (15), eles tentam mensurar o prejuízo ao passo que planejam uma forma de recomeçar.
Mariene Conceição da Silva, proprietária da Panorama Baterias, conta que perdeu quase tudo que tinha na loja, mas com sorte conseguiu recuperar algumas coisas: Na nossa loja a gente perdeu quase tudo. A gente conseguiu, graças a Deus, recuperar algumas coisas. A gente também agradece a Deus por a gente não estar lá no momento, né? Que poderia ser o momento que a gente estivesse ali trabalhando”.
Matheus Valadares
Mariene Conceição da Silva, lojista, teve seu estabelecimento atingido por um deslizamento de terra

Ela afirma que não conseguiu se reunir com sua equipe para calcular o tamanho do prejuízo, já que, sem conseguir atender, o estabelecimento continua gerando prejuízos. Às vezes é um cliente que chega, a gente não tem condições de atender com a situação que tá. É impossível, às vezes, de atender. Às vezes um ou outro que chega, a gente vai conseguir ali dar algum apoio”, afirma. Ela ressalta, ainda, que a loja existe há mais de dez anos e essa é a primeira vez que ela vê esse cenário em Ipatinga: O prejuízo é grande, então a gente também não pode parar no tempo e só ficar nisso aí. A gente tenta fazer o que dá pra fazer”.
Ao ser questionada sobre o futuro do estabelecimento, ela afirma que não vê um prazo para reabrir, uma vez que as perdas foram grandes. Infelizmente a gente não consegue ter esse prazo, né? Pra quando a gente reabrir de novo. É uma situação que a gente tem que começar de novo. É o novo ponto que a gente tem que achar, que até então a gente não achou. É igual a parte que a área administrativa foi onde foi toda destruída. É começar do zero mesmo, de novo”, finaliza.
A igreja evangélica Vida Nova, vizinha da loja de Mariene, também foi atingida. Conforme observou a reportagem do Diário do Aço, parte dos fundos do prédio foi derrubada pelo deslizamento e a água desceu para o primeiro andar. Entretanto, enquanto a reportagem estava no local, nenhum representante da igreja estava lá para uma entrevista.
Matheus Valadares
O barranco acima das lojas da avenida JK cedeu e a terra tomou conta dos estabelecimentos, que ainda estão fechados para limpeza

Prejuízo
Além da loja de Mariene e da igreja, o estabelecimento Líder Motos foi mais um atingido pelo deslizamento no Jardim Panorama e que ainda está fechando, com os funcionários ainda tentando limpar o local. Em conversa com a reportagem, pessoas que ajudavam na limpeza afirmam que o prejuízo é alto.
Um amigo do proprietário, que preferiu não ser identificado, estima que a perda em motos pode chegar a R$ 200 mil, enquanto o prejuízo total pode alcançar meio milhão de reais. Os funcionários contam que a loja está lá há, pelo menos, dez anos e que essa foi a primeira vez que esse tipo de desastre aconteceu no estabelecimento.
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Feliz
16 de janeiro, 2025 | 09:02Deixo um conselho aos amigos lojistas que foram atingidos .olhem a história da Honda motocicletas se o snr soichiro Honda tivesse desistido após 3 vezes sua fábrica ser destruída a Honda não e o que e hj”