09 de janeiro, de 2025 | 08:30

Câncer de pele: casos e mortes diminuem no Vale do Aço

Marcello Casal/Agência Brasil
Devido ao calor intenso e à alta exposição ao sol durante o verão, é necessário tomar cuidados extras para proteger a peleDevido ao calor intenso e à alta exposição ao sol durante o verão, é necessário tomar cuidados extras para proteger a pele
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
Tanto os casos registrados quanto os óbitos decorrentes do câncer de pele diminuíram na Região Metropolitana do Vale do Aço em 2024, comparado aos anos de 2023 e 2022. A informação foi repassada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) ao Diário do Aço, após pedido do jornal.

Os dados constam no Painel de Monitoramento do Tratamento Oncológico, atualizados no último dia 15 de dezembro. No ano passado, foram registrados 55 casos e 6 mortes.

Já em 2023 foram 198 casos, 72,22% a mais que em 2024, e 9 óbitos, 33,33% a mais que no ano passado.

Cenário mineiro
Ainda conforme a SES-MG, em todo o estado foram diagnosticados 23.027 casos de câncer de pele (não melanoma e melanoma maligno da pele) e 1.298 óbitos por causa da doença, no período de 2022 a 2024. Sendo 8.233 casos e 446 óbitos em 2022, 9.280 casos e 458 óbitos em 2023 e 5.514 casos e 394 óbitos em 2024.

Cuidados no verão
Devido ao calor intenso e à alta exposição ao sol que a população enfrenta durante o verão, é necessário tomar cuidados extras para proteger a pele, que podem vir de atitudes simples, como o uso de protetor solar e roupas adequadas.

“Isso envolve escolher horários seguros, como evitar o sol entre 10h e 16h, usar roupas adequadas (chapéus, óculos escuros, camisetas de manga longa) e proteger-se com sombrinhas ou ombrelones feitos de materiais como algodão ou lona, que filtram melhor a radiação ultravioleta”, afirma Ismael Alves Rodrigues, dermatologista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX).

Importância do diagnóstico precoce
De acordo com o profissional, o diagnóstico precoce é essencial para um tratamento eficaz. “É importante examinar regularmente a pele, procurando por alterações como pintas novas, mudanças nas pintas existentes ou feridas que não cicatrizam. Além disso, a consulta anual com um dermatologista é fundamental, especialmente para pessoas com pele clara, que têm maior propensão a desenvolver a doença. Também é importante estar atento a lesões que não cicatrizam dentro de 14 dias ou pintas diferentes das demais, pois elas devem ser examinadas por um especialista”, alerta.

Sintomas e sinais
Divulgação
Ismael Alves Rodrigues, dermatologista da FSFX, alerta sobre riscos de exposição ao solIsmael Alves Rodrigues, dermatologista da FSFX, alerta sobre riscos de exposição ao sol

Conforme consta no portal do Ministério da Saúde, os principais sintomas do câncer de pele são manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram; sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; e feridas que não cicatrizam em quatro semanas.

O câncer de pele ocorre principalmente nas áreas do corpo que são mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas. Se não tratado adequadamente, pode destruir essas estruturas.

“A forma mais comum de câncer de pele é o carcinoma basocelular, enquanto o melanoma, embora mais raro, é mais grave e pode ser fatal. Ambos os tipos têm relação direta com exposições solares eventuais, como queimaduras ocasionais”, explica o médico da FSFX.

Embora o câncer de pele seja mais frequente em pessoas com mais de 40 anos, a exposição solar intensa durante a infância e adolescência é um fator crucial.

“É na infância e na juventude que as pessoas se queimam mais ao sol e é esse sol que, mais tarde, pode resultar em câncer de pele. Portanto, a prevenção deve começar desde cedo, com a conscientização das crianças e o uso de protetor solar adequado”, alerta Ismael.

Avanços no diagnóstico e tratamento
Segundo o médico, nos últimos anos, houve grandes avanços tanto no diagnóstico quanto no tratamento do câncer de pele. “O uso de tecnologias como a dermatoscopia, que ampliam as lesões para um diagnóstico mais preciso, permite identificar o câncer de pele de forma precoce. Além disso, o mapeamento corporal, que envolve fotografar e catalogar as pintas e lesões ao longo do tempo, tem sido uma ferramenta valiosa para o acompanhamento. Para casos mais graves, como o melanoma avançado, os avanços no tratamento também têm sido promissores. Terapias alvo e imunoterapias, que ajudam a estimular o sistema imunológico para combater os tumores, têm mostrado resultados positivos, aumentando a sobrevida dos pacientes”, relata.

Câncer de pele não melanoma



O câncer de pele não melanoma é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Entre os tumores de pele, é o mais frequente e de menor mortalidade, mas se não for tratado precocemente pode resultar em ressecções amplas e disfunção estética. Esse câncer de pele é representado por tumores de diferentes tipos, sendo os mais comuns o carcinoma basocelular, que é o menos agressivo, pois ele atinge as células presentes na camada mais profunda da epiderme (camada externa da pele) e o carcinoma epidermóide (ou espinocelular), que atinge as células escamosas, formadoras das camadas superiores da pele.

Câncer de pele melanoma
Esse tipo de câncer tem origem nas células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele. Ele é mais frequente em adultos brancos e pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais, sobretudo nas áreas mais expostas à radiação solar. Nos indivíduos de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. É considerado o tipo de câncer de pele mais agressivo, por ter grande chance de se espalhar para tecidos e órgãos vizinhos, mas o prognóstico pode ser considerado bom quando detectado em sua fase inicial.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Gildázio Garcia Vitor

09 de janeiro, 2025 | 15:24

“O Brasil tem características e/ou problemas naturais, históricos e socioeducativos- cadeia? não!-, que contribuem para uma maior incidência de câncer de pele em sua população. Primeiro, sua localização geográfica mo Planeta, em torno de 93% do Território Nacional estão localizados na Zona Intertropical, sol de rachar mamona o ano inteiro; o segundo, é a ocupação histórico-tertitorial do pais, com migrantes de fora da Península Ibérica, especialmente os italianos, os alemães e os eslavos, que se fixaram além Região Sul, como no interior de São Paulo e nas regiões serranas do Caparaó capixaba e mineiro; r, por último, a falta de conhecimento científico sobre as causas e consequências das enfermidades, mas, também, das informações adquiridas nas aulas de Ciências e de Geografia, relativas à Camada Atmosférica e ao Ozônio (O3), ainda a partir do Ensino Fundamental I, e, o mais grave de todos, a maioria das pessoas não tem poder aquisitivo para uma assistência médico-hospitalar de qualidade e nem para adquirir os medicamentos.
Por isso, que neste "País tropical, abençoado pó Deus", morresse de tudo, até de disenterias, de câncer, então#”

Envie seu Comentário