07 de janeiro, de 2025 | 08:30
Janeiro Branco ressalta cuidados com a saúde mental
A campanha nacional da saúde deste mês é o Janeiro Branco, com o objetivo de reafirmar a importância dos cuidados com a saúde mental. Um estudo publicado em 2024, pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, mostrou que, do período entre 2019 e 2021, em Minas Gerais, 2,9% das mortes que ocorriam era por suicídio. Num período de mais de 10 anos, entre 2010 e 2021, este número chegou a 44,9%.
Dados do Portal de Vigilância em Saúde, analisados pela reportagem do Diário do Aço, indicam que, no último ano, a região do Vale do Aço registrou dez novos casos de transtornos mentais e de comportamento, principalmente relacionados ao estresse.
A psicóloga Larissa Souza e Silva, que atende em Ipatinga, contou que os cuidados com a saúde mental são tão importantes como qualquer outro aspecto da vida. Além de influenciar na forma como pensamos, sentimos, agimos e lidamos com as situações, ela tem impacto direto em nossa saúde física e relações em geral”, destaca.
Preconceitos
Apesar de ser uma pauta comum nas conversas atualmente, falar de saúde mental ainda é um tabu na sociedade brasileira. A reforma psiquiátrica aconteceu de forma tardia, tendo seu projeto de lei apresentado no fim da década de 1980 e sendo aprovada 12 anos depois, que ficou conhecida como Lei Antimanicomial.
Além disso, como bem ressalta Larissa, ainda existem muitos estigmas e preconceitos que reafirmam o tabu em volta da saúde mental: Isso faz com que as pessoas que estão em sofrimento apresentem dificuldade e resistência em buscar ajuda”.
Burnout
Conforme noticiado pelo Diário do Aço em dezembro, em Minas Gerais, mais de 528 pessoas foram afastadas do trabalho pelo INSS por causa do esgotamento profissional, ou Síndrome do Burnout. A psicóloga destaca que estilos de vida não saudáveis (como a má alimentação e privação de sono), uma rotina estressante e exaustiva, isolamento social e uso excessivo de tecnologia podem interferir de forma negativa em nossa saúde mental”.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com os maiores índices de ansiedade do mudo, com cerca de 9,3% da sua população total vivendo com o transtorno. A profissional informou que a ansiedade é uma emoção como todas as outras, sendo inerentes ao ser humano. Entretanto, a ansiedade se torna patológica quando sua intensidade e frequência são desproporcionais, gerando muito sofrimento para a pessoa”, ressalta.
A OMS ainda divulgou que, em 2019, quase um bilhão de pessoas e 14% dos adolescentes em todo o mundo viviam com transtornos mentais. Nesse sentido, uma em cada 100 mortes naquele ano vinham do suicídio.
Ajuda
Aos primeiros sinais de piora na saúde mental, o indivíduo precisa buscar ajuda de um profissional da área, com o objetivo de iniciar o tratamento com antecedência. O Sistema Único de Saúde (SUS) possui uma Rede de Apoio Psicossocial (Raps) que pode ser encontrada por meio dos Centros de Apoio Psicossociais (Caps), que são estruturados com o objetivo de atender à população em sofrimento emocional e com transtornos mentais.
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Gildázio Garcia Vitor
07 de janeiro, 2025 | 09:56Parabéns ao Portal Diário do Aço por estar sempre publicando matérias sobre este tema ao longo do ano.
Nestes quase 43 anos que estou Professor-apesar dos alunos não gostarem das minhas aulas, né Sr. Henrique?-, tenho visto a saúde mental dos nossos alunos, inclusive de crianças muito pequenas, piorar geometricamente.
Uma solução viável e prática seria termos, pelo menos, um Psicólogo durante 8 horas por dia nas unidades escolares, com a possibilidade de atender às famílias dos discentes no noturno.
No nosso caso, a E. M. Deolinda Tavares Lamego, e as EE. MM. Arthur Bernardes, Levindo Mariano e Márcio Andrade Guerra, oferecemos a modalidade EJA, que, também, precisa contar com o apoio de um Psicólogo, pois os problemas, inclusive entre os idosos, são muitos.
Peço licença, para sugerir a este Portal uma entrevista com o "nosso" Psicólogo, o meu inteligentíssimo amigo João Paulo, para que ele possa informar como eles têm que se desdobrarem para atender, apenas parcialmente, à demanda de dias ou mais escolas ao longo da semana.”