20 de dezembro, de 2024 | 08:30
Vale do Aço registra 52 óbitos maternos em período de dez anos
O Vale do Aço registrou, nos últimos dez anos, cerca de 52 óbitos maternos. Os dados são do Painel de Mortalidade Materna do Portal de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, analisados pela reportagem do Diário do Aço.
Entre 2014 e 2024, a razão de mortalidade materna apresenta variação ao longo dos anos, com picos em 2014 e 2018. A Razão de Óbito Materno (ROM) é um indicador que mede a frequência de mortes maternas em uma população. É calculada como o número de mortes maternas por cada 100 mil nascidos vivos em determinado local e período.
Razão de óbitos maternos
No caso do Vale do Aço, a ROM calculada foi de 47,75 óbitos por 100 mil nascidos vivos, nos últimos dez anos. Em comparação, a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) é reduzir a ROM global para menos de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos até 2030.
De acordo com o painel, os óbitos maternos estão relacionados a complicações durante a gravidez, parto ou puerpério. Nesse sentido, o grupo mais afetado é o de mulheres entre 30 e 39 anos, com 34 casos, seguido por 20 a 29 anos (13). A maior parte das ocorrências acontece entre mulheres casadas, somando cerca de 59,6%, enquanto entre as mulheres solteiras foram 15,4% registros, e a união estável aparece com 5,8%.
Bom Jesus do Galho registrou a maior razão de mortalidade materna no período entre 2014 e 2024 (229,23), seguido por Córrego Novo (289,02) e Periquito (180,02). Já Ipatinga, por ser a cidade mais populosa, tem mais notificações absolutas (16 mortes), mas a razão é menor em comparação a outros municípios menores.
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