05 de dezembro, de 2024 | 15:00

Parceria emprega detentos de Ipaba no ramo da construção civil

Vinte custodiados receberam capacitação e agora atuam em áreas de obra; expectativa é de que outros 70 sejam contratados no próximo ano

Sejusp/Divulgação
Nesta fase inicial, os 20 detentos contratados recebem remuneração equivalente a três quartos do salário mínimo, como previsto na Lei de Execuções Penais (LEP)Nesta fase inicial, os 20 detentos contratados recebem remuneração equivalente a três quartos do salário mínimo, como previsto na Lei de Execuções Penais (LEP)
Por Agência Minas Uma parceria da unidade prisional de Ipaba, no Vale do Aço, com uma empresa do ramo da construção civil vai garantir trabalho, profissionalização e chance de um futuro melhor para os custodiados da unidade.

Há menos de 15 dias, a parceria com a empresa WR Construtora, de Ipatinga, foi firmada, com 20 detentos imediatamente empregados. Todos são do regime semiaberto e trabalham de 7h às 17h, de segunda a sexta-feira, em obras e locais onde a empresa esteja atuando.

A previsão é que até janeiro do próximo ano, esse número de contratações aumente e possa chegar a 70 custodiados da Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho.

A cooperação entre a unidade prisional e a construtora surgiu, segundo a diretora-geral da unidade, Doroteia Guedes, a partir do interesse da própria empresa em alocar a mão de obra carcerária nas funções disponíveis em seus canteiros de obras.

“A empresa nos procurou para saber como funcionava essa modalidade, pois já tinha ouvido falar sobre o assunto", contou.

A direção avaliou como positivo porque, além do trabalho ser premissa de ressocialização amplamente incentivada pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), esta parceria representava mais uma forma de contribuir para a ressocialização dos detentos.

Chance de recomeço
Nesta fase inicial, os 20 detentos contratados recebem remuneração equivalente a três quartos do salário mínimo, como previsto na Lei de Execuções Penais (LEP). Além disso, a WR Construtora também fornece a eles refeições durante o horário laboral, equipamentos de proteção individual (EPIs), treinamento para desempenharem corretamente suas funções e transporte de ida e volta à unidade prisional.

Wesley Alves de Jesus, de 25 anos, está entre os detentos que foram contratados por meio da parceria. Ele conta que a oportunidade tem sido muito proveitosa e essencial para seu processo de ressocialização, sua mudança de mentalidade e desejo de viver honestamente. Além disso, Wesley também destaca o modo como ele e seus companheiros foram acolhidos pelos funcionários.

“O tratamento deles conosco aqui é super legal. Eles não nos desprezaram, mas sim nos acolheram. Aqui na empresa, encontramos pessoas com grandes qualidades que nos abraçam e que estão fazendo parte desta nova história que está sendo criada em nossas vidas”.

Ter transformado a idealização da parceria em uma realidade é, nas palavras da diretora Dorotéia Guedes, "um significativo avanço na busca pela ressocialização dos indivíduos privados de liberdade". Além disso, como ela destaca, "esta parceria coloca a unidade prisional em evidência, incentivando outras empresas a buscar a mão de obra carcerária”.

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Comentários

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Rose

07 de dezembro, 2024 | 15:11

“Meus parabéns para a Sr diretora Dorotéia , dando oportunidade para os recuperando se tornar pessoas melhores.”

Crítico Crítico

06 de dezembro, 2024 | 06:35

“A empresa WR,não está preocupada com recuperação de preso ela está fazendo isso porque a isenção fiscal é enorme para a empresa.”

Tião Marreta

05 de dezembro, 2024 | 23:44

“Tomara que não abusem da confiança e fujam, igual aconteceu na obra do viaduto de Coronel Fabriciano.”

Motoboy Sincero

05 de dezembro, 2024 | 22:47

“Com baixos salários que o Brasil vive tudo caro milhares de brasileiros indo embora pra outro país para uma vida melhor e salário justo ninguém quer trabalhar empresas com dificuldade para achar mão de obra.
Só assim para empresas achar alguém.
Deus abençoe esses cidadãos”

Samuel

05 de dezembro, 2024 | 20:41

“Desde que pague o salário correspondente a função está tudo certo, agora exploração é conduta ilegal,pois ações de ajuda neste mundo atual, não existe almoço grátis.”

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