03 de dezembro, de 2024 | 06:00

Venceu o melhor

Fernando Rocha

Confesso que não acreditava na vitória e na conquista da Libertadores pelo Atlético, pois qualquer análise feita com os olhos da razão, e não do coração, indicava uma superioridade técnica flagrante do alvinegro carioca.

A expulsão do jogador Gregore, a um minuto de partida, abriu a possibilidade de acontecer algo diferente, desde que o time do Galo soubesse transformar a inesperada vantagem em resultado.

Mas, mesmo com dez jogadores, o Botafogo mostrou mais organização, um melhor futebol, sendo premiado ao fazer 2 x 0 no 1º tempo.

Milito mexeu no intervalo e, logo no primeiro minuto da segunda etapa, Vargas aproveitou um cruzamento de Hulk e marcou o gol do “eu acredito” que recolocou o Galo na disputa.

O Botafogo sentiu o golpe, a sua zaga começou a bater cabeça, mas não o suficiente para entregar a paçoca ao Galo, que, embora tivesse impressionantes 80% de posse de bola, não conseguiu romper as linhas de marcação do time carioca, que ainda fez o terceiro gol no último lance da partida.

Uma bonita festa das duas torcidas brasileiras em território argentino, vitória incontestável do Botafogo, superior tecnicamente, além demostrar muita garra, pois, mesmo com um jogador a menos o tempo todo, conseguiu resistir e vencer o Atlético.

Saga azul
O torcedor cruzeirense que se prepare, pois os dois últimos jogos que restam ao Cruzeiro no Campeonato Brasileiro, certamente, serão de muito sofrimento para quem pensa em ver o time de volta à Copa Libertadores em 2025.

Nesta quarta-feira, recebe o Palmeiras, que briga pelo título, no Mineirão; no próximo domingo, vai a Caxias do Sul-RS encarar o Juventude, que ainda luta contra o rebaixamento.

No último domingo, com outra atuação sofrível, medíocre, especialmente no primeiro tempo, só empatou em 1 x 1 com o Bragantino, em Bragança Paulista, desperdiçando a chance de entrar no G-8 que garante vaga na maior competição continental.

Para piorar ainda mais a sua situação, neste jogo de amanhã contra o forte time do Palmeiras, não vai poder contar com o apoio da China Azul, pois, sem a garantia de segurança para o comparecimento das duas torcidas, a CBF determinou que a partida seja disputada com portões fechados.

FIM DE PAPO

Caso se confirme a realização de Cruzeiro x Palmeiras com portões fechados, será mais um grande erro do atual governo estadual, por intermédio do vice-governador, Mateus Simões, que está exercendo interinamente o cargo de chefe do Executivo. A nossa Polícia Militar, considerada a mais competente do país, tem nos seus quadros gente capacitada o suficiente para organizar um esquema capaz de garantir a segurança, mesmo com a presença desses vândalos/marginais integrantes das tais torcidas organizadas. Um absurdo que só desmerece a nossa gloriosa Polícia Militar, sinalizando a vitória da marginalidade sobre a justiça e a sociedade.

O técnico do Galo, Gabriel Milito, viu seu trabalho ir do céu ao inferno em 90 minutos e mais os acréscimos. Poderia ter saído da decisão, disputada em sua terra natal, como o primeiro argentino a ser campeão por um clube brasileiro. Perdeu para o Botafogo e, mais que isso, foi engolido taticamente pelo português Arthur Jorge, que preferiu não fazer substituição em sua equipe, após a expulsão de um jogador com menos de um minuto de jogo, algo que deu certo e o colocou na condição de “bestial”.

Gabriel Milito, 44 anos, terminou como a “besta”, pois perdeu as duas decisões de copas que disputou, além de não ter mais chances de levar o Galo à Libertadores no próximo ano, pela colocação no Campeonato Brasileiro. Se Vargas, além do gol que marcou, tivesse guardado a bola nas redes botafoguenses em outras duas chances claras que teve e desperdiçou, além da boa atuação de Mariano, certamente, Milito seria hoje endeusado, idolatrado pela massa do Galo, mas agora é a “besta” que todos querem ver pelas costas.

Outro que parece estar com os dias contados é o técnico do Cruzeiro, Fernando Diniz, uma contratação equivocada da diretoria, considerando que, devido às suas características de trabalho, ele precisa de tempo, paciência e elenco qualificado para pôr em prática as suas ideias. A permanência de Diniz na Raposa, ao que tudo indica, só acontecerá se o time se classificar para a Libertadores no próximo ano, o que pelo futebol praticado pela equipe equivale à distância entre a Terra e a Lua. (Fecha o pano!)
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