03 de dezembro, de 2024 | 08:00

De bichos peçonhentos e plantadores do saber e alegria...

Nena de Castro *

Dia, meus cinco amigos leitores! Peguem o soro antiofídico, pois o assunto de hoje é de arrepiar! Pelo menos a primeira parte, rs. A primeira vez que li a palavra basilisco foi na Bíblia, no livro de Isaías. Eu tinha nove anos e morávamos no interiorzão de Minas. Não havia biblioteca nem bancas de jornais e eu, fominha, lia tudo que estava ao meu alcance: Literatura de Cordel, almanaque do Biotônico Fontoura, velhos livros aos pedaços, bulas de remédios... Eu ficava às vezes na venda de secos e molhados quando meu pai precisava resolver alguma coisa, aí peguei a Bíblia que ele mantinha lá e comecei a ler.

Li tudo, exceto Salmos e Provérbios. Gostava das histórias do povo hebreu, das batalhas, a interferência divina, os conselhos dos profetas... Li também o Apocalipse, não entendi nadica de nada e fazia perguntas pra minha mãe, coitada!

Então no livro de Isaías, cap. 11, verso 8, encontrei: “A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco”. Eu desconfiei que era cobra, mas não fui olhar no precioso dicionário que tínhamos, continuei a leitura. Bem, o naturalista romano Plínio, o Velho (23-79 d.C) escreveu que o basilisco “não arrasta o corpo como as outras serpentes, mas avança firme e ereto.

Mata os arbustos não somente pelo contato, mas respirando sobre eles, e fende as rochas, tal é o poder maligno que nele existe.” E se um cavaleiro o matasse com a lança, o veneno subia pela arma e matava não só o guerreiro, como também o cavalo. Ixe! Só a doninha não temia o trem horrível e atacava-o com coragem, unhas e dentes e entre mortos e feridos, saía vencedora! Pior do que isso, só mesmo as cobras da cabeça da Medusa, afeee.

Que assuntinho miserento, isso deve ser resultado da leitura com mais detalhes sobre a conspiração para impedir a posse do atual presidente e instaurar um governo anti-democrático! Dá até para ouvir as jararacas e cascavéis agitando os guizos no Palácio do Planalto. Vou deixar essas coisas tenebrosas pra lá, embora se faça necessário conhecer e discutir as maquinações dos loucos, para evitá-las.

Afinal, eu fui a Inhapim na sexta-feira, visitei a Escola Municipal Dr. Alípio Fernandes, fui convidada para a Primeira Mostra Literária, discorri sobre a importância da Leitura, respondi às perguntas dos alunos e, claro – contei Histórias. Que linda festa, destaco a gentileza das professoras, o carinho das funcionárias que prepararam uma comida deliciosa, a presença dos pais e o melhor: os sorrisos das crianças! Autografei meus livros, visitei as salas lindamente ornadas com os trabalhos dos alunos, ganhei muitos abraços e voltei cheia de luz. Ronilson Flamini e João Batista da Silveira, da Secretaria de Educação, vieram me buscar e trazer.

A Bugrinha gostou muito do passeio, Moá voltou a ser o Papai Noel e as crianças deliraram! A titular da Secretaria Municipal de Educação, Leilamar Pires contou do Congresso Educacional que realiza todos os anos com figuras de proa da pedagogia no país, falou de seus planos para o próximo, e Tida Rosa, a diretora da escola deu um show com sua sabedoria e classe. Agradeço às incríveis professoras Luzia Thomas Costa e Regimery Rodrigues, pelo convite, foi um dia maravilhoso! Meu abraço para Alinéa Costa, Fabiana Lana, Jacqueline, Jaline, Lourdes, Jussara, Laiza, Samara, Wandila, Betania, Eliane, Sara, Alcione, Eliane, Sara, Alcione, Eliana, André Luciene, Tamara, turma valorosa da Escola!

Posé, enquanto algumas víboras sorrateiras conspiram, a turma da Educação trabalha, ensinando, formando, incentivando, abrindo caminhos! E repito o que sempre digo: o futuro do Brasil depende da EDUCAÇÃO! Invistam nela, senhores governantes. E nada mais digo, estou feliz, feliz!

* Escritora e contadora de histórias

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