29 de novembro, de 2024 | 15:39

Em 2023, expectativa de vida chega aos 76,4 anos, aponta IBGE

Expectativa de vida aumentou em 11,3 meses em 2023 em relação a 2022, atingindo 76,4 anos e superando o patamar pré-pandemia

A expectativa de vida no Brasil subiu para 76,4 anos, para pessoas nascidas em 2023, representando um acréscimo de 11,3 meses em relação a quem nasceu no ano anterior, superando o patamar pré-pandemia. As informações estão disponíveis na Tábua de Mortalidade 2023, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileito de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Para a população masculina, o aumento foi de 12,4 meses, passando de 72,1 anos para 73,1 anos. Já para as mulheres, o ganho foi um pouco menor: passando de 78,8 anos para 79,7 anos (cerca de 10,5 meses).

“A elevação do número de mortes no Brasil e no mundo com a pandemia de Coronavírus, reduziu a esperança de vida ao nascer em 2020 e 2021, chegando ao patamar de 72,8 anos nesse último ano (sendo 69,3 anos para os homens e 76,4 anos para as mulheres). A recuperação desse indicador a partir de 2022 reflete a redução do excesso de mortes causado pela pandemia, para ambos os sexos”, observa Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE.

Em comparação ao ano de 1940, quando a expectativa de vida para ambos os sexos era de 45,5 anos, houve um aumento de 30,9 anos, sendo de 30,2 anos para homens e 31,4 anos para mulheres.

Expectativa de vida dos idosos aumentou em 9,3 anos de 1940 a 2023
Em relação a expectativa de vida dos idosos, a pesquisa também aponta um aumento, com o passar dos anos. Segundo o IBGE, em 1940, um indivíduo ao atingir 60 anos, esperaria viver em média mais 13,2 anos, sendo que no caso dos homens seriam 11,6 anos, e das mulheres 14,5 anos.

Em 2023, a esperança de vida aos 60 anos era de 22,5 anos para o total da população. A expectativa de vida nessa faixa etária para os homens era de 20,7 anos e para as mulheres, de 24,0 anos. Para este indicador pode-se também identificar os efeitos da pandemia da doença por coronavírus - COVID-19, especialmente em 2020 e 2021, com recuperação a partir de 2022.

A expectativa de vida ao atingir 80 anos foi de 8,9 anos em 2023, sendo de 9,4 anos para mulheres e 8,3 anos para homens. Em 1940, estes valores eram de 4,5 anos para as mulheres e 4,0 anos para os homens, indicativo de um maior aumento da longevidade da população feminina em relação à masculina. O diferencial por sexo entre as expectativas de vida, que em 1940 era de meio ano em favor das mulheres, passou a ser de 1,2 ano.

IBGE/Reprodução


Taxa de mortalidade infantil
Em 2023, a probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida, ou seja, a taxa de mortalidade infantil, era de 12,5 óbitos para cada mil nascimentos, sendo 13,5 para homens e 11,4 para mulheres. Em 1940, a taxa de mortalidade infantil era de 146,6 óbitos para cada mil nascimentos, ou seja, houve uma redução de 91,5%.

Já a mortalidade das crianças menores de 5 anos, ou mortalidade na infância, ficou estável nos últimos 2 anos da série. Em 2022 e 2023, de cada mil nascidos vivos, 14,7 não completavam os 5 anos de idade. Em 1940, essa taxa era de 212,1, tendo-se reduzido em 93,1%. “Neste grupo etário, a intensidade com que a mortalidade atua concentra-se no primeiro ano de vida, representando 85% dos óbitos nessa faixa”, explica a gerente.

IBGE/Reprodução


Com informações da Agência IBGE
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Gildázio Garcia Vitor

29 de novembro, 2024 | 18:58

“O Brasil será, antes de iniciar a década de 2050, um país de idosos, semelhante aos países europeus hoje. Mas com uma grande diferença, na Europa o Estado se preparou ao longo dos anos, principalmente os sistemas de aposentadorias e benefícios sociais, enquanto aqui, a reforma da Previdência, que iniciou, de forma tímida-ou medrosas?-, no governo FHC, e se encerrou no final de 2019 vai precisar ser reformada nos próximos 6 anos.”

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