26 de novembro, de 2024 | 09:21

Localizado segundo suspeito de tentativa de homicídio no Planalto em Ipatinga

Adolescente foi apreendido pela PM em um carro de aplicativo em companhia da namorada

Um adolescente de 17 anos foi apreendido por envolvimento em uma tentativa de homicídio no bairro Planalto, em Ipatinga, crime registrado na manhã de segunda-feira (25). Ele é o segundo a ser detido por envolvimento no caso ocorrido na invasão localizada na rua 17, onde um jovem de 18 anos foi baleado e ainda agredido a golpes de coronha de revólver, conforme divulgou o Diário do Aço.

O jovem relatou que estava sentado na porta de sua residência quando ouviu o primeiro disparo. Ele se levantou e correu, mas foi perseguido pelos atiradores até cair ao solo. O alvo foi atingido por dois disparos, um no tórax e outro nas costas, além de sofrer várias coronhadas na cabeça e na mão direita.

Apesar de questionado sobre os autores do crime, a vítima se recusou a identificá-los, afirmando que ele mesmo iria "cobrar o vacilo". Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital Márcio Cunha, onde recebeu atendimento médico.

O perito compareceu ao local do atentado e realizou os procedimentos de praxe.


Buscas
Os policiais conseguiram informações com testemunhas sobre quem seria os envolvidos: dois jovens que são primos, um de 17 anos e outro de 26 anos. A Polícia Militar se deslocou até a residência dos suspeitos. Ao se aproximarem da casa, os PMs perceberam alguém correndo para dentro.

Durante a abordagem, um dos suspeitos foi encontrado no interior de seu quarto. Na busca, foram localizados dois papelotes de cocaína, uma balança de precisão e a quantia de R$ 870. O suspeito de 26 anos negou saber a origem dos materiais.

Diante dos fatos, foi dada voz de prisão ao suspeito encontrado na residência, e ele foi conduzido à Delegacia de Polícia. Ao Diário do Aço, o jovem negou ter envolvimento no atentado contra a vítima.

Segundo envolvido foi localizado no Limoeiro
Mais tarde, no mesmo dia, a Polícia Militar recebeu informações que o segundo suspeito estava escondido na residência de sua namorada, no bairro Limoeiro. Uma operação policial foi planejada e, por volta das 17h30, os militares avistaram o suspeito entrando em um veículo de transporte por aplicativo, com sua namorada. A abordagem foi feita na avenida José Anatólio Barbosa, onde o suspeito foi encontrado no banco traseiro do veículo.

Durante a abordagem procedida por uma equipe do Tático Móvel da 143ª Companhia PM, foram apreendidos um aparelho celular e uma bermuda que pode ter sido utilizada pelo jovem no momento do atentado. O motorista do veículo, que fazia a corrida via aplicativo, foi liberado após ser constatado que não tinha envolvimento no fato.

O que disse o infrator
O adolescente confirmou aos policiais a autoria do ato infracional, alegando que a vítima havia cometido um furto de um botijão de gás de um vizinho e que ele agiu em retaliação. Ele foi encaminhado ao atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Canaã, onde foram constatadas escoriações no joelho esquerdo e ombro direito, e posteriormente liberado. Os ferimentos teriam sido causados durante a fuga.

O adolescente contou que, após pegar emprestado um revólver de calibre 22, se deslocou até a residência da vítima, onde iniciou os disparos, vindo a acertá-la. Contudo, segundo infrator, a munição acabou, momento em que iniciou agressões com a coronha do revolver contra a face da vítima.

Neste momento, segundo adolescente, o irmão da vítima apareceu com uma arma de fogo e efetuou diversos disparos em sua direção. Para não ser atingido, ele alega que fugiu sentido à rua 20, seguiu para a casa da irmã em outro bairro e depois foi para o Limoeiro, casa da namorada onde estava escondido.

A arma, segundo o jovem teria sido devolvida ao dono, que seria da cidade de Caratinga. Ele também negou que o primo detido tenha alguma participação no atentado e ainda assumiu ser o dono da droga encontrada pela PM na casa onde mora e onde estava o primo. Diante dos fatos, o adolescente foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil, após ser medicado.