26 de novembro, de 2024 | 06:00

Cara dos treinadores

Fernando Rocha

O Racing foi merecidamente campeão da Copa Sul-Americana, mais bem preparado em todos os sentidos, sobretudo, no lado mental, entrou para decidir enquanto o Cruzeiro me pareceu tomado por uma soberba e autoconfiança exagerada, achando que era superior, e não era nada disso.

Em 20 minutos do 1º tempo, o Racing fez três gols e praticamente liquidou a fatura, sendo um deles anulado pelo VAR, onde, sinceramente, até agora estou procurando a irregularidade.

O Cruzeiro no primeiro tempo foi a cara do seu treinador, ou seja, um time com um futebol previsível, sem objetividade, sem intensidade, que toca muito a bola para os lados e para trás, sem conseguir levar grande perigo ao adversário.

Tentou reagir no 2º tempo, e fez até um gol, mas continuou sendo um time de uma nota só, de um só esquema, ou seja, a cara do seu treinador.

Enquanto Gustavo Costas, técnico do Racing, implementou uma mentalidade competitiva à equipe argentina, que joga na vertical, com três toques chega na área adversária e finaliza, o Cruzeiro do Fernando Diniz foi totalmente previsível, toca cem vezes na bola, sem objetividade, sem conseguir finalizar e marcar.

Outro jogo
Sem tempo para lamentar o empate de 2 x 2, sábado, depois de estar vencendo o São Paulo por dois gols, no Morumbi, o Atlético volta a campo hoje, no Independência, mais uma vez com portões fechados, para enfrentar o Juventude, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O time titular que o técnico Gabriel Milito vai mandar a campo hoje é uma incógnita, mas a tendência é que seja totalmente reserva, pensando exclusivamente na decisão da Libertadores, no próximo sábado, na Argentina, contra o Botafogo.

A expectativa é que Arana e Scarpa, que se recuperam de contusões e não enfrentaram o São Paulo, estejam prontos para reforçar a equipe na decisão da Libertadores.

O Atlético de Milito tem apresentado graves problemas na criação ofensiva, pois lhe falta o meia de ligação para fazer a transição quando baixa o bloco defensivo.

Bernard seria este homem da transição e criação, mas não disse ainda a que veio; Zaracho sentiu outra lesão muscular e deve ficar de fora da decisão e Milito não parece disposto a tirar Scarpa da direita e dar-lhe outra função no meio de campo.

FIM DE PAPO

Tem razão a torcida do Galo de ficar irada com o árbitro e o VAR, que deixaram de marcar um pênalti claro a seu favor contra o São Paulo, quando o placar era 2 x 1 favorável ao alvinegro. O toque de mão do zagueiro tricolor foi claramente dentro da área. Não acredito em armação ou complô para beneficiar times do eixo Rio/SP, acho sim que foi um erro por incompetência mesmo, por isso a dupla da arbitragem que fez a lambança deveria ter sido afastada pela CBF. Curioso e patético o esforço feito pelo ex-árbitro Paulo César Oliveira, hoje comentarista de arbitragem do Sportv, tentando validar a decisão, mesmo diante das imagens claras indicando a existência da penalidade.

O técnico Fernando Diniz foi o grande vilão do fracasso celeste na Sul-Americana, mas não podem ser esquecidas as atuações individuais horrorosas de alguns jogadores. O goleiro Cássio falhou bisonhamente nos dois primeiros gols do Racing, algo até então impensável por parte da torcida. Os laterais Willian e Marlon também tiveram atuações desastrosas, além de Walace, que nem deveria ter começado de titular. Mas, o pior de todos, a maior decepção, foi Matheus Pereira, o craque do time, chamado agora nas redes sociais de “Matheus Pipoqueiro”.

A última rodada do Campeonato Brasileiro/Série B foi emocionante e definiu os classificados para a Série A/2025. Com o campeão Santos já garantido, dois clubes tradicionais do Nordeste, Sport e Ceará, e mais um paulista, o Mirassol, conseguiram o acesso. Três paulistas foram rebaixados à Série C - Ponte Preta, Ituano e Guarani -, além do catarinense Brusque, derrotado pelo América, por 3 a 0. O Coelho começou bem e depois caiu de produção, perdendo e empatando um jogo atrás do outro. Trocou de técnico, mas não adiantou e ficou no meio do caminho, fazendo jus ao pouco investimento da diretoria.

Muitos atleticanos da região vão sair de carro, hoje e amanhã, rumo à Argentina, para chegar a tempo de assistir no próximo sábado a decisão da Libertadores, contra o Botafogo. Uma dica importante: levar dois triângulos e também colocar o extintor de incêndio com a validade em dia. Se aqui no Brasil isso não é levado em conta, na Argentina a legislação exige e a polícia fiscaliza com rigor. No caso do extintor de incêndio, acho válido, mas não entendi porque exigir dois triângulos. Coisa de argentino mesmo. (Fecha o pano!)
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