31 de outubro, de 2024 | 08:20
Metalúrgicos iniciam negociação das campanhas salariais junto às siderúrgicas
Alex Ferreira/Arquivo DA
Primeiro ato das negociações foi a aprovação da pauta de reivindicações por parte dos trabalhadores
Primeiro ato das negociações foi a aprovação da pauta de reivindicações por parte dos trabalhadores
O Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga e Região (Sindipa) e o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Timóteo e Coronel Fabriciano (Metasita) já iniciaram as negociações da Campanha Salarial 2024 com a Usiminas e Aperam South America, respectivamente.
Conforme apurado pelo Diário do Aço junto às duas entidades que representam a classe trabalhadora, as discussões ainda estão no início e não há um prazo definido para que seja levado uma proposta aos empregados para votação em assembleia.
Usiminas
A pauta construída pelo Sindipa junto aos funcionários aborda 64 itens. É solicitado o reajuste do salário base nominal dos empregados com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), além de um aumento salarial de 7% a título de aumento real.
Vale ressaltar que o valor do INPC acumulado é 3,29% em 2024. A variação percentual do INPC foi de 0,48% em setembro deste ano e de 4,09% contabilizando os últimos 12 meses. Historicamente, a empresa corrige os salários com base na reparação das perdas com a inflação.
Está no documento, também, a requisição do pagamento de abono no valor correspondente ao salário mínimo calculado pelo Dieese, a ser pago no mês de aprovação do acordo.
Outro assunto abordado é o reajuste da jornada de trabalho, com a solicitação de redução para 40 horas semanais trabalhadas, sem redução salarial e sem redução dos demais consectários legais. Quanto ao instrumento coletivo que regula turno ininterrupto de revezamento, o documento prevê uma negociação separada e terá assembleia específica para trabalhadores submetidos a esta jornada de trabalho.
Também é previsto a manutenção das cláusulas benéficas conquistadas anteriormente e incorporadas aos contratos de trabalho.
O documento de reivindicações já foi entregue a representantes da empresa.
Aperam
A direção do Metasita informou que já se reuniu com representantes da Aperam em três oportunidades, e segundo repassado à reportagem pelo sindicato, ainda não houve propostas financeiras. Estamos em negociação ainda. Nossa pauta é extensa, são vários itens e, provavelmente, na semana que vem entraremos no discurso financeiro, aí sim teremos mais objetividade nas negociações”, afirmou Marcos Vinícius de Ávila, presidente do Metasita.
A pauta de reivindicações aprovada pelos funcionários da empresa contempla, entre os inúmeros pedidos, reajuste salarial de 4%, baseado no INPC, mais um aumento real de 5%. Também é solicitado um abono de R$ 2 mil, pago em uma única parcela, em dinheiro, até cinco dias após a aprovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Também é solicitada bolsa de estudo na proporção de 50% da mensalidade aos empregados em curso superior ou de nível médio/técnico e, além disso, cursos de Língua Estrangeira e Informática aos trabalhadores devidamente matriculados.
O documento também abrange isonomia salarial, adicionais de insalubridade e periculosidade, plano de saúde, vale alimentação/cesta básica, retorno de férias, entre outros tópicos.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Marco Tulio
31 de outubro, 2024 | 23:36Sindipa é um ator, primeiro lança uma proposta a empresa,lança uma proposta de aumento somente da inflação,não tendo acordo inicial, votação dos trabalhadores concordam com a proposta do sindicato,mas a empresa não aceita, a Usiminas faz uma segunda proposta só aumentando benefícios como o vale, e a porcentagem de aumento fica na inflação, nunca teve aumento real nas negociações sindicais do sindipa,são fracos, ameaça greve, mas nunca faz e sempre aceita a proposta inicial da Usiminas no aumento somente com base na inflação.”
Tião Marreta
31 de outubro, 2024 | 16:27Infelizmente hoje o sindicato virou puxadinho de RH do patronato. Jogam com eles.”