
27 de outubro, de 2024 | 06:00
Caiu de produção
Fernando Rocha
O 2º turno das eleições municipais em várias partes do país obrigou a antecipação da maioria dos jogos válidos pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, incluindo as partidas envolvendo Galo e Raposa.O Cruzeiro jogou ontem contra o desesperado Athletico-PR, em Curitiba, mas o pensamento de todos no clube está na decisão de quarta-feira próxima contra o Lanús, na Argentina, que vale a passagem para a final da Copa Sul-Americana.
Por enquanto, com o técnico Fernando Diniz, o time celeste não mostrou nada de positivo; pelo contrário, piorou em relação ao já sofrível futebol que vinha apresentando sob o comando do antecessor Seabra.
No jogo de ida contra o Lanús, mesmo com quase 60 mil torcedores a apoiá-lo, o Cruzeiro fez outro jogo ruim, sofrível, sem competir, o que não pode acontecer na próxima quarta-feira na Argentina, sob pena de ficar pelo caminho, para um time cujo poderio técnico e financeiro é muito inferior ao seu.
Ficar ligado
O Galo recebeu ontem o Internacional, que briga pelo G-4, na Arena MRV, utilizando um time quase todo reserva, também com o pensamento voltado para o jogo decisivo desta terça-feira, na Argentina, contra o River Plate, que valerá uma vaga na final da Libertadores.
A goleada de 3 x 0 sobre o Milionários” no jogo de ida, na Arena MRV, deu tranquilidade ao time de Milito para encarar esta decisão na Argentina, mas não significa que já esteja classificado.
O River Plate tem uma boa equipe e vai contar com o incentivo do Estádio Monumental de Nuñes, o maior da América Latina, lotado por mais de 85 mil torcedores.
Se jogar com a mesma aplicação e competência das últimas partidas em casa, o Galo dificilmente sofrerá uma derrota por três ou mais gols que levaria a decisão às penalidades ou o tiraria da decisão da Libertadores.
Mas a diretoria alvinegra precisa ficar atenta aos movimentos de bastidores dos argentinos e da Conmebol, sobretudo depois dos 5 x 0 do Botafogo sobre o Peñarol, o que encaminhou outra vez uma final brasileira na Libertadores, pois, como a gente diz mineiramente aqui nos nossos grotões, cachorro mordido de cobra tem medo até de linguiça”.
FIM DE PAPO
A torcida do Galo tem produzido belos espetáculos na entrada em campo dos times e durante as partidas na Arena MRV, tendo inclusive merecido elogios dos argentinos, até mesmo do técnico Marcelo Galhardo, do River Plate, que na entrevista pós-jogo se disse surpreso com la hincha do Mineiro”. Na noite da última terça-feira, a casa do Galo bateu todos os recordes e registrou o público de 44.870 torcedores para uma renda de R$ 5.487.136,67, também a maior da história da Arena MRV. A direção do clube divulgou ter atingido um índice de lucratividade de 85% com a operação do estádio, o que significa lucro líquido de, aproximadamente, R$4,5 milhões.
Na quarta-feira foi a vez do Cruzeiro lotar o Mineirão, com público superior ao do rival, 57.158 pagantes, mas renda inferior, na casa dos R$ 4.011.213,00, devido aos preços menores dos ingressos. A renda líquida também foi inferior, pois as despesas no Mineirão consomem quase 40% da arrecadação bruta. Esta é uma das principais desvantagens de não possuir estádio próprio, que também serve para elevar a autoestima da torcida na medida em que passa a se identificar com a casa própria, como vem ocorrendo com o rival Atlético.
Já vi incontáveis casos de treinadores que tiveram começo de trabalho ruim, como é o caso de Fernando Diniz no Cruzeiro, mas conseguiram dar a volta por cima. Cuca, por exemplo, em 2011, no Atlético, perdeu seis jogos seguidos e depois conquistou os títulos mais importantes na história do clube. Felipão, recentemente, no mesmo Galo, perdeu os 12 primeiros jogos, mas na sequência classificou o Galo para a Libertadores e brigou pelo título até o fim do Campeonato Brasileiro. Com Fernando Diniz, sem contar o jogo de ontem contra o Athletico, em Curitiba, o Cruzeiro empatou com o Libertad (Paraguai), Vasco, Bahia e Lanús, além de perder para o Fluminense.
O boxe brasileiro está de luto com a morte de Maguila, aos 66 anos, ocorrida na última quinta-feira, depois de sete anos de internação, ou como a gente diz - vegetando, por causa de uma doença incurável causada pelas pancadas que recebeu na cabeça, em centenas de lutas que participou. Quem está na faixa dos 40 anos ou mais não vai se esquecer jamais do Maguila, um cara humilde, simples, por isso confundido e chamado às vezes de ingênuo, mas um grande personagem do esporte e da mídia nacional, capaz de conquistar a simpatia até mesmo de quem, como eu, não aprecia ou considera o boxe como esporte, pois se baseia na violência entre pessoas. Vai com Deus, Maguila! Uma lenda do povo brasileiro. (Fecha o pano!)
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