25 de outubro, de 2024 | 17:42

Presidente da Aperam fala sobre desafios e inovações nos 80 anos da empresa

Por Silvia Miranda - Repórter Diário do Aço
O presidente da Aperam South America, Frederico Ayres Lima, recebeu a imprensa do Vale do Aço na tarde desta sexta-feira (25), na Casa de Hóspedes em Timóteo, para uma apresentação sobre os 80 anos da empresa, celebrado neste mês. Mesmo com todos os desafios do mercado global, Frederico Ayres definiu a empresa como uma “criança de 80 anos”, com um futuro ainda mais promissor pela frente. Ele destacou as ações ambientais e inovações na produção, que, além dos aços inoxidáveis, inclui os aços elétricos, usados em veículos elétricos, uma grande aposta para os próximos anos.

Frederico Ayres afirmou que o congelamento de investimentos, anunciado em dezembro do ano passado, permanece, e que as iniciativas do governo brasileiro para combater a importação desleal de aço chinês não trouxeram impactos para a produção da siderúrgica. "Na verdade, as medidas anunciadas não impactaram nenhum dos nossos produtos. Foram 11 tipos de aço, mas nenhum deles é aço inoxidável ou elétrico. Então, para nós, as medidas ainda não tiveram nenhum impacto", explicou.

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Desafios
Entre os desafios do setor siderúrgico, Ayres citou a desaceleração das atividades econômicas globais, os riscos geopolíticos (guerras e conflitos entre países) e o menor crescimento da China. "Poucas instituições chegam aos 80 anos com tanta coisa boa para relembrar como a nossa Aperam: sua história, reputação e solidez. Mas também precisamos pensar no futuro, nos muitos desafios. A indústria do aço vive um momento de preços aviltados pelo excesso de capacidade e pela desaceleração das economias, especialmente a da China. Precisamos ter essa preocupação, fazer o dever de casa, olhar para dentro e ser competitivos, eficientes, mas também garantir um mercado justo e isonômico para competir", contextualizou.

Inovações
Nesta sexta-feira, a imprensa pôde conhecer um recente investimento feito pela Aperam na planta de Timóteo. Trata-se da atualização tecnológica da laminação a quente, com a compra e instalação de um grande equipamento importado da China para modernização da produção. Segundo informações da empresa, o investimento de R$ 360 milhões trouxe inovações no processo, aumento do portfólio de produtos, redução de custos e aumento físico da produção. "Foi realmente uma grande vitória a aprovação e viabilização desse investimento. Ele foi aprovado no ano passado, mas depois foi paralisado e agora voltou. É uma crença no futuro, pois ele nos permitirá produzir aço que hoje não conseguimos de uma forma mais eficiente", avaliou o presidente.

Metas 2030
A direção da empresa destacou as metas projetadas até 2030, entre elas a redução de até 25% no consumo de energia, dos quais já foi alcançado um índice de 19%. As emissões de CO2 foram reduzidas em 40%, com estimativa de atingir uma diminuição de 50%. Para o consumo de água, a meta estipulada é de 48%, e até o momento o índice de redução é de 15%. Em relação às emissões de poeira, a Aperam estabeleceu uma meta de diminuição de 72%, sendo que desse percentual já houve uma execução de 65%.