22 de outubro, de 2024 | 08:45

Acadêmicos de Medicina de Ipatinga fazem ação que acolhe mulheres em situação de vulnerabilidade social

Enviada ao Diário do Aço
Fazem parte da iniciativa a Escola Estadual João XXIII e a Escola Estadual Maurílio Albanese Novaes Fazem parte da iniciativa a Escola Estadual João XXIII e a Escola Estadual Maurílio Albanese Novaes
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Alunos do 2º período de Medicina da Afya, Faculdade de Ciências Médicas Ipatinga, atuam em um projeto com mulheres em situação de vulnerabilidade social. A orientação é da professora da instituição, Flávia Albuquerque, que também é médica pneumologista.

Uma campanha de arrecadação de absorventes e produtos de higiene foi iniciada. Até o momento, cerca de 350 itens foram arrecadados. Todos os materiais serão doados para mulheres em situação de rua que participam de um outro projeto chamado “Amor em forma de banho”, que oferece quinzenalmente: banho, roupas, alimentação e cuidados pessoais como corte de cabelo. Há ainda uma palestra sobre planejamento familiar, métodos contraceptivos e ciclo menstrual. Fazem parte da iniciativa a Escola Estadual João XXIII e a Escola Estadual Maurílio Albanese Novaes.
A acadêmica Rayane Raphaela Franco Moraes explicou à reportagem do Diário do Aço que a ação aborda a precariedade menstrual.

“Para compor o mínimo de higiene, muitos cidadãos abdicam da própria dignidade, chegando a extremos como o uso de artefatos, como miolo de pão, grama e folhas de jornal velho como absorvente. Tal conduta não apenas suprime a dignidade da pessoa humana, como expõe a saúde física ao risco de contrair infecções e traumas psicoemocionais. É de grande preocupação que, essas mulheres, por não fazerem o devido acompanhamento de saúde e prevenção, além da ausência de educação menstrual, sexual e de planejamento familiar, venham a sofrer agravo de saúde por consequência de doenças do aparelho reprodutor não diagnosticadas, como a síndrome do ovário policístico, endometriose e prejuízos pela piora de enfermidades sexualmente transmissíveis”, apontou a estudante.

“Além disso, existem problemas como gravidez na adolescência e a piora de condições de saúde da mulher pela ausência de informações sobre educação menstrual e sexual entre jovens, independente da classe social. O projeto é uma resposta a esse problema de saúde pública, do qual como estudantes de Medicina e futuros agentes de saúde, somos corresponsáveis”, acrescentou.

Ações
Rayane Raphaela também detalhou como as ações estão sendo feitas. “Na escola João XXIII, no dia 9, falamos sobre educação menstrual, doenças do aparelho reprodutor e contracepção. A roda de conversa foi realizada apenas para as meninas com idade entre 13 e 17 anos e oportunizou que, de forma anônima, elas tirassem suas dúvidas sobre os assuntos abordados, colocando perguntas em uma caixa que posteriormente foram sendo sorteadas, lidas e respondidas pelas acadêmicas de Medicina. A ação foi finalizada com sorteio de brindes. Já a ação no Albanese foi marcada para os dias 21 e 22. A dinâmica será voltada para meninos e meninas com idade entre 12 e 18 anos, e abordará principalmente métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis. O banho com amor está agendado para dia 30 no Iguaçu”.

Importância
A acadêmica ainda enfatizou que as atividades são importantes por instruírem as adolescentes das escolas parceiras e as mulheres em situação de rua. “Elas serão abraçadas pelo projeto com informações de artigos científicos e da medicina baseada em evidências sobre a essencialidade de conhecer o ciclo menstrual, fazer acompanhamento preventivo e cuidar da saúde sexual”, concluiu.



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Comentários

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Gildázio Garcia Vitor

22 de outubro, 2024 | 13:04

“A Faculdade de Medicina, não sei por qual razão, está mudando, para muito melhor, a sua "cara", se tornando mais Humanista na formação dos nossos futuros Médicos. O melhor exemplo é o pré-Médico Acadêmico Lurdiano, que já saiu até na FSP. Além disso, colabora na formação dos jovens e da sociedade.
Nessa turma, tem um Senhor, já graduado em Odontologia pela antiga Universidade Federal de Diamantina, atual Ufvjm, com uns 15 anos de atuação, que deixou, por enquanto, a esposa e os filhos em Teófilo Otoni, e aqui está, realizando o sonho da juventude de ser Médico. Coisa maravilhosa! Só explicada pelo grande Raul Seixas com "Tente outra vez".”

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