18 de outubro, de 2024 | 17:17

Derrotado em licitação, EUA questiona produção dos caças suecos Gripen no Brasil

Divulgação FAB
Desde a assinatura do contrato em 2014, até agora foram entregues ao Brasil 8 caças Gripen E, todos produzidos na Suécia, conforme o estabelecido pelas partesDesde a assinatura do contrato em 2014, até agora foram entregues ao Brasil 8 caças Gripen E, todos produzidos na Suécia, conforme o estabelecido pelas partes

Está sem definição o imbróglio diplomático criado pelos Estados Unidos junto à fabricante sueca de aeronaves Saab. A empresa declarou dia 10/10 que foi intimada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos a fornecer informações sobre a venda de 36 caças militares Gripen ao Brasil. O processo de licitação para a compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), ocorreu entre 2008 e 2014. O Brasil é um dos poucos países que já detêm tecnologia para a construção de aviões e helicópteros.

A nova máquina de guerra que equipa a Força Aérea Brasileira pode voar a 2.400 km/h e a 16 km de altitude. Cobre a distância entre São Paulo e Rio de Janeiro em apenas 12 minutos e leva debaixo das asas seis toneladas de mísseis e bombas. Uma dessas armas, o míssil Meteor, atinge alvos a até 200 km

Na ocasião da compra, a fabricante Saab, empresa sueca vencedora da concorrência, disputou com as empresas Boeing (estadunidense) e a francesa Dassault Aviation, com o modelo Rafale. A licitação exigia que, quem vencesse o certame deveria, depois do cumprimento do contrato, fazer a transferência da tecnologia. Segundo o governo brasileiro, esse foi um ponto que pesou contra os F-18 Super Hornet estadunidenses, que ofereceu um modelo de negócio que dependeria de peças produzidas nos Estados Unidos, sob alto grau de controle pelo Pentágono.

Questionado pela imprensa sobre o tema, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como "intromissão" o pedido de informação feito pelos Estados Unidos à Saab, fabricante de aviões, sobre a compra dos caças Gripen pelo Brasil, em 2014.

"Eu sinceramente acho que um pedido de informação dos Estados Unidos é intromissão em uma coisa de outro país. É descabida essa informação. Não sei qual é a informação que eles estão pedindo, também não quero fazer julgamento precipitado, mas não tem sentido pedir informação de um avião que o Brasil comprou", afirmou o presidente.

Decisão pelo Gripen
Após um processo de decisão que durou cerca de 6 anos, o governo brasileiro anunciou, em dezembro de 2013, a escolha do Gripen NG. O governo brasileiro informou que a escolha da Saab decorreu da aceitação de transferência de tecnologia de fabricação do avião. Ou seja, além da entrega dos aviões Gripen, o contrato prevê um amplo pacote de transferência de tecnologia, um pacote de financiamento, e a colaboração bilateral de longo prazo entre os governos brasileiro e sueco.
Divulgação FAB
A máquina de guerra do Brasil pode voar a 2.400 km/h e a 16 km de altitude. Cobre a distância entre São Paulo e Rio de Janeiro em apenas 12 minutos e leva debaixo das asas seis toneladas de mísseis e bombas. Uma dessas armas, o míssil Meteor, atinge alvos a até 200 kmA máquina de guerra do Brasil pode voar a 2.400 km/h e a 16 km de altitude. Cobre a distância entre São Paulo e Rio de Janeiro em apenas 12 minutos e leva debaixo das asas seis toneladas de mísseis e bombas. Uma dessas armas, o míssil Meteor, atinge alvos a até 200 km

Com a decisão, o Brasil se juntou a uns poucos países que operam com o Sistema Gripen no mundo: Suécia, África do Sul, Hungria, República Tcheca, Tailândia, Reino Unido e Suíça.

Desde a assinatura do contrato em 2014, até agora foram entregues ao Brasil 8 caças Gripen E, todos produzidos na Suécia, conforme o estabelecido pelas partes.

Ao mesmo tempo, o primeiro caça Gripen E produzido no Brasil está na etapa de montagem final, na fábrica da Embraer, na cidade de Gavião Peixoto (SP).

Apesar de muito distante das principais potências bélicas (os EUA, a 1ª potência, têm 13.209 aeronaves), a Força Aérea Brasileira (FAB) é a 17ª maior do mundo, superando países como Alemanha e Israel.

A FAB é também a maior força aérea da América Latina, com uma frota de 628 aeronaves, que inclui caças, aviões de treinamento, de carga, bombardeiros e drones. O México, segunda economia do subcontinente, possui 80 aviões com capacidade de combate, sendo que apenas 5 são caças supersônicos (F-5 Tiger II).

A Argentina, terceira economia da América Latina, dispõe de apenas 22 aeronaves com condições de combate em sua Força Aérea, sendo que nenhuma possui capacidade supersônica. A Venezuela é o terceiro país na América Latina com 79 aeronaves em capacidade de combate.

Contrato com dois modelos de caças
O contrato assinado com a empresa sueca prevê a venda de dois modelos de aviões: o Gripen E, que abriga um piloto, e o Gripen F, que pode levar até dois tripulantes (este último modelo fabricado em primeira mão para a FAB). Tirando o aspecto do espaço para os tripulantes, nos demais detalhes as aeronaves são exatamente iguais.

O valor do contrato para o desenvolvimento de 36 caças Gripen NG, de US$ 5,4 bilhões, foi considerado o maior negócio na área militar para toda a América Latina.
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Comentários

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Rogério

20 de outubro, 2024 | 13:51

“? muito importante para a soberania nacional a construção dos caças Gripen e de outros aviões e helicópteros. Estamos nos equipando também no mar com a construção de submarinos e Fragas classe Tamandaré. Logo nosso projeto de um submarino de propulsão nuclear também será realidade. Que o governo possa continuar investindo nesse importante segmento, que é responsável por gerar empregos e tecnologia além de coroar a nossa soberania .”

Marco Aurélio Gama

20 de outubro, 2024 | 07:25

“O Marcus Vinícius lembrou bem. O sucesso do KC-390 e sua superioridade em relação ao monstrengo C-130 Hércules tem sido uma pedra no sapato dos yankees. O Brasil detém significativo poder de produção de armas e munições, veículos bélicos, blindados e até helicóteros de patrulhamento, resgate e transporte de passageiros. Transferir tecnologia de aviões de ataque deve ser um osso que não passa na garganta dos estadunidenses. Embora alguns poucos bocós aqui tenham manifestado o complexo de viralatas e de inferioridade, o Brasil é grande. Já estive a trabalho no ramo de energia sustentável, na Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Colombia e Equador. Em todos os países ouvi pessoas importantes e a imprensa se referiam ao Brasil como referência.”

José Maria de Sousa

19 de outubro, 2024 | 22:18

“Meio tardio o questionamento norte-americano! Soa mais como uma tentativa de frustrar a modernização de nossas forças armadas.”

Jerry

19 de outubro, 2024 | 21:01

“Está mais que na hora as autoridades brasileiras fortalecerem a soberania nacional. Cabe representação na OMC contra os ianques.”

Mario Flavio Tommasini

19 de outubro, 2024 | 20:27

“Benedito foi F 18.”

Wilson

19 de outubro, 2024 | 20:08

“Pelos comentários percebe-se a quantidade de capachos de americanos, mas é compreensível, não sabem ler, escrever e muito menos interpretar um texto. Não sabem nada de geopolítica e se acham o máximo, junto com o patriota que presta continência para a bandeira do nosso maior inimigo...E"UA"”

Valter

19 de outubro, 2024 | 17:26

“Esse Marcelo ou tá doido ou é terraplanice ao dizer que o painel do gripen é de fabricação israelense, nos fabricamos o painel do gripen na siemes no RS , pesquise no Google antes de dizer asneira ,só pode ser patriotario”

Miguel Dubek

19 de outubro, 2024 | 16:29

“Os EUA estão chorando o que? Nossa FAB já é uma das mais potente do planeta terra.”

Infante

19 de outubro, 2024 | 15:45

“Como os Yankees não entenderam? Os suecos abriram mais a carteira do que eles.”

Flavio

19 de outubro, 2024 | 15:17

“Porque não comprou as porcarias da ex união soviética, ou iranianas, ou da Coreia do Norte, ou da Palestina, cubanas e outras que brasileiros adoram.”

Marcus Vinícius

19 de outubro, 2024 | 13:43

“Isso é tudo jogo de interesses econômicos. Como disseram alguns aí os EUA querem impor sua dominância bélica. No fundo o lobby para a Boeing é forte e eles estão incomodados com o sucesso do nosso avião cargueiro multifuncional o KC-390 que está fazendo frente e ganhando mercado global em vendas frente ao C-130 Hércules. Os americanos estão com o orgulho ferido.”

Benedito Antônio de Melo

19 de outubro, 2024 | 13:16

“Os Estados Unidos sempre sabotaram os negócios do Brasil ?? , ainda perdendo espaço para um de peso”

Debora B

19 de outubro, 2024 | 11:52

“Quanto comentário vira lata aqui. Vão p lá. Querem a passagem de ida? Gadu apátrida.”

Marcelo

19 de outubro, 2024 | 11:28

“Ignorância no comentário de Carlos Humberto.
O painel do Gripen Brasileiro é produzido por empresa Israelense (assim como o dos Siper Tucano, F-5M e A-1M. Genocida é a pessoa desprovida d conhecimento sobre história. Pessoas q politizam temas onde não há razão de misturar seus pré conceitos antissemitas com temas comerciais e tecnológicos.”

Marcos

19 de outubro, 2024 | 11:20

“Ao meu ver esta reação dos EUA e mais uma tentativa de minar a indústria de aviação do Brasil. A primeira tentativa foi com a Boing comprar a da EMBRAER, que na verdade o objetivo era levar o departamento de engenharia e provocar a extinção da Embraer.
O Brasil precisa proteger a indústria bélica nacional e só isso garantirá a capacidade de autodefesa, vide o que esta ocorrendo com a Ucrânia e com Israel, ambos são totalmente dependentes das grande potências.”

Agronopolus

19 de outubro, 2024 | 10:34

“Se os EUA estão preocupados com essa aquisição Brasileira, é porque foi um excelente negócio para o Brasil.
Os caças F39 Gripe tem o melhor custo benefício em operação no mundo, é ter mais um país adquirindo essa tecnologia e produzindo esses caças não poderia agradar ao maior produtor da indústria bélica do mundo.
Parabéns as forças armadas Brasileiras pela excelente escolha e aquisição.”

Carlos Humberto de Carvalho Neto

19 de outubro, 2024 | 10:30

“A Bolsolandia patriota dos IsraEUA deve está vibrando com os machos deles interferindo no Brasil. Mas graças a Deus nosso presidente hoje não bate continência para genocidas”

Mário José de Castro Pereira

19 de outubro, 2024 | 10:28

“Vejo o pessoal xingando os Estados Unidos, e o que irá adiantar isso, se eles comandam o mundo com seu dinheiro qual o capitalismo! Ainda não desconfiaram que se você não apoiar você fica refém de países como Rússia que só faz sujeira assim como está tentando e não conseguindo dominar a Ucrânia! Ser do lado dos americanos é um mal menor! Burro daquele que achar que o outro bloco, vai fazer alguma coisa de melhor para esse mundo! No meu entender, os americanos pagam pouco para você trabalhar para ele, mas pelo menos pagam!”

Gildázio Garcia Vitor

19 de outubro, 2024 | 05:00

“A reportagem poderia ter dado um parágrafo aos dois pilotos que foram para a Suécia com a missão de conheceram o brinquedinho de guerra e, posteriormente, repassar para os demais aqui no Brasil.
Um deles é o Tenente-Coronel Ramon Lincoln Santos Fórneas, de Ipatinga e meu ex-aluno.”

Meu Avô Estava Certo

19 de outubro, 2024 | 04:48

“Meu avô, que nos anos 80 prestou serviços para uma empresa dos Estados Unidos sempre repetia uma coisa e somente ao ler uma notícia destas eu consigo entender. "Está para existir um povo mais FPD que norte-americano. Querem tudos para eles e nada para os outros".”

Sebastião Matildes da Silva

19 de outubro, 2024 | 00:56

“Se houve favorecimento em favor do fabricante gripen, se houve corrupção, Cabe aos órgãos de apuração tipo TCU, SENADO, AGÊNCIAS REGULADORAS DO BRASIL APURAR.”

Benedito Odina

19 de outubro, 2024 | 00:31

“A proposta dos EUA era para a venda de F16, não do F15, creio eu.”

Cristiano P Silva

19 de outubro, 2024 | 00:02

“Ainda bem q nao temos mais presidente que bate continencia pra bandeira de um outro país.”

José Vitorino Mortari Justo

18 de outubro, 2024 | 23:27

“A verdade é uma só.
Um País com um governo de esquerda comprando aeronave de um outro País sócio democrata.
Com transferência de tecnologia de ponta sofisticada.
Convenhamos, não é um cenário atraente para os EUA, principalmente porque foi derrotado nas avaliações das suas aeronaves.
Se puderem, vão melar compras futuras. Isso se não proibirem a venda de componentes de países alinhados.”

Aloysio Novais

18 de outubro, 2024 | 22:29

“Apenas uma correção: NUNCA houve licitaçâo p a compra dos caças. O q houve foi um certame com os candidatos: na fase final p a escolha de qual caça substituiria os Mirage estavam o Rafale, os F-16 e o New Gripen. A decisão sempre é do Presidente da República.”

Malves

18 de outubro, 2024 | 20:32

“O caça americano que perdeu a concorrência foi o F-18 e não o F-15.”

Helio Cassimiro

18 de outubro, 2024 | 20:03

“Os EUA são donos da maioria das tecnologias do caça gripen , tanto que o caça segue a série de aviões de guerra americanos a letra F.15 / 16 / e assim por diante o gripen F39”

Edimir Rodrigues de Almeida

18 de outubro, 2024 | 19:54

“Os donos do mundo não Estão acostumados a perder uma licitação, queriam empurrar no Brasil aviões antigos e sem repasse de tecnologia de fabricação e manutenções. Mande eles pra PQP. Podemos ser dependentes no quintal deles más não somos mais obrigados a atender suas exigências.”

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