19 de outubro, de 2024 | 08:20

Mulheres dependentes de drogas são acolhidas por instituição de Ipatinga

Enviada ao Diário do Aço
A sede da associação está situada no Barra Alegre, em Ipatinga A sede da associação está situada no Barra Alegre, em Ipatinga
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
A Associação Missão Resgate (AMR), de Ipatinga, oferece acolhimento residencial para mulheres entre 18 e 59 anos com transtornos relacionados ao uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas. A AMR está situada na avenida José Anatólio Barbosa, número 4.501, no distrito de Barra Alegre.

O acolhimento é feito em uma comunidade terapêutica, que tem como principal ferramenta a convivência entre os pares. A gestora e responsável técnica, Ana Cláudia Silva, concedeu entrevista ao Diário do Aço. Ela atua na área de assistência social há 22 anos, em instituições da sociedade civil organizada, e também é especialista em dependência de drogas.

Ana Cláudia pontuou ao Diário do Aço que a instituição segue as normas da RDC Anvisa nº 29/2011. “As comunidades terapêuticas não realizam tratamentos que exijam a presença de profissionais de saúde, conforme a definição da Lei 11.343/2006, alterada pela Lei 13.840/2019. A entidade mantém convênio com o governo federal, por meio do Departamento de Entidades de Apoio e Acolhimento Atuantes em Álcool e Drogas (Depad), o que possibilita a oferta de vagas sociais para o acolhimento”.

“O processo de acolhimento é voluntário e tem duração de 9 meses a 1 ano, promovendo a formação de vínculos, convivência entre os pares, atividades práticas de valor educativo e desenvolvimento pessoal”, acrescentou ao jornal.

Cuidados oferecidos
A assistente social também detalhou que entre os cuidados oferecidos estão “a higiene pessoal (banho, escovação de dentes, cuidados com unhas, uso de maquiagem e higiene íntima) e atendimentos regulares com a equipe de psicologia. Os atendimentos psicológicos ocorrem diariamente, com prioridade para casos urgentes identificados pela coordenação e equipe clínica, além de sessões mais frequentes para quem necessita de maior acompanhamento”.

“A terapia em grupo é realizada semanalmente e promove a troca de experiências entre as acolhidas, com o apoio do coordenador de tratamento e monitores, utilizando temas específicos para discussão. Além disso, a terapia ocupacional envolve oficinas socioterápicas, que incluem atividades de limpeza, organização e oficinas temáticas, agregando valor ao tratamento. A orientação individual é oferecida constantemente para garantir que as intervenções realizadas em diferentes áreas contribuam para o bem-estar e recuperação das acolhidas. O atendimento social, por sua vez, é feito intensivamente, com foco tanto no trabalho com as acolhidas quanto no suporte às famílias, buscando articular redes de apoio para facilitar o processo de recuperação. A saúde física e mental das acolhidas também é uma prioridade, com avaliações regulares, controle de medicamentos e atividades educativas, como palestras e dinâmicas de grupo, que visam promover a conscientização e o cuidado pessoal”, complementou.

Como participar do programa?
As mulheres interessadas em participar do programa de acolhimento devem entrar em contato para passar por uma triagem, onde serão orientadas sobre os exames necessários e receberão uma lista de itens pessoais para trazer.

Para mais informações, é necessário entrar em contato por meio do telefone (31) 99172-2987. Também é possível ir até a sede da associação.

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