15 de outubro, de 2024 | 08:30
Baixa representação das mulheres impacta conquista de políticas públicas
Daniel Protzner/Divulgação ALMG
A desigualdade impacta também a conquista de políticas e direitos dos grupos minoritários
A desigualdade impacta também a conquista de políticas e direitos dos grupos minoritários
Mesmo representando a maioria do eleitorado brasileiro, as mulheres ainda são minoria nos cargos políticos. A professora Angélica Barroso Bastos, doutora em Direito, que atua no Unileste, lembra que esse cenário é um reflexo social e político histórico do Brasil, onde apenas em 1932 foi concedido às mulheres o direito ao voto. Uma desigualdade que impacta também a conquista de políticas e direitos dos grupos minoritários.
"Há pouco tempo, as mulheres conquistaram o direito de participar da vida pública no Brasil. E, como coordenadoras de projetos e líderes políticas, sendo presidentes de partidos, isso é ainda mais recente. Esses espaços de poder, de tomada de decisão, como o parlamento, eram historicamente destinados apenas aos homens, atividades tipicamente masculinas, que as mulheres não podiam ocupar", contextualiza.
A professora destaca que, apesar de a maioria dos eleitores ser composta por mulheres, elas ainda ocupam poucas vagas na política. Conforme divulgado pelo Diário do Aço nesta semana, nos 24 municípios do Colar Metropolitano do Vale do Aço, dos 228 vereadores eleitos, apenas 41 são mulheres, o que reforça a baixa participação feminina na política da região.
"Essas estatísticas deveriam estar refletidas nas estruturas de poder, e o Legislativo é uma delas. No entanto, nem metade dos cargos são ocupados por mulheres, o que reflete uma construção histórica e social que não permitia que as mulheres ocupassem esses espaços. É preciso que incentivemos a sociedade, desde as crianças, a normalizar a presença da mulher em todos os espaços que ela desejar, inclusive os de poder e tomada de decisão. É importante fomentar o interesse das mulheres em participar da vida pública no Brasil", opina.
Arquivo pessoal
Professora Angélica Barroso Bastos lembra do contexto histórico no qual mulheres não tinham direito ao voto
Professora Angélica Barroso Bastos lembra do contexto histórico no qual mulheres não tinham direito ao voto
Políticas públicas
A representação feminina permite um olhar mais direcionado para políticas públicas de igualdade social, conforme avalia a professora Angélica Bastos. "Quando as mulheres votam em políticas públicas, há uma sensibilidade em se colocar no lugar de fala, conhecendo a realidade em relação à violência doméstica e à violência de gênero nos ambientes corporativos. Assim, essas questões deixam de ser vistas como 'mimimi', como muitos homens às vezes classificam, e passam a ser pautas baseadas na vivência feminina. Precisamos da participação das mulheres para garantir um olhar sensível às reais necessidades delas em nossa sociedade", defende.
Legislação eleitoral
Mesmo com todos os avanços desde 1988 no Brasil, quando houve um aumento da participação feminina na política, incluindo a eleição de uma presidente, fato raro em muitos países, a professora avalia que ainda há muito a melhorar na legislação eleitoral. "Muitas vezes há um desconhecimento da legislação e da estrutura parlamentar no Brasil, o que faz com que homens e partidos políticos, apenas para preencher os requisitos eleitorais, usem mulheres de forma falsa. Isso ocorre com as chamadas 'candidatas laranjas', que obtêm dois ou nenhum voto, dependendo do local, apenas para cumprir o requisito", conclui.
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B@2
15 de outubro, 2024 | 13:29"Do povo, pelo povo e para o povo", a doutora sabe este é um dos pilares da democracia. Assusta-me a posição ideológica de uma doutora que expõe susas ideias com o ar de imposição. Como bem disse o colega, se a maioria do eleitorado é feminino, portanto elas não querem que as mulheres ocupem cargos políticos de destaque. Só falta impor a condição do gênero nas urnas. Quanto mais estudo, menos aprendo. Em lugar nenhum a minoria deve prevalecer. Há de se pensar na coletividade em detrimento do individual. O rabo quer abanar o cachorro.”
Gildázio Garcia Vitor
15 de outubro, 2024 | 12:39Se. Pablo, em primeiro lugar, nao escrevi que o patriarcado é retrógrado. O lema dos Integralistas, que é os dois, ou seja, que anda para trás e as mulheres são submissas aos homens, os "Chefes" das famílias. Em segundo, o Velho Testamento, especificamente o Pentateuco, nos descreve uma sociedade de Patriarcas: Abraão, Isaac e Jacó. E em terceiro, obrigado e parabéns peleos comentários!”
Pablo
15 de outubro, 2024 | 12:10Antes fossem charadas, só não tem objetivo o que disse: "Levantou a bola e não chotou pro gol"”
Gildázio Garcia Vitor
15 de outubro, 2024 | 11:37Sr. Pablo, me perdoe por escrever em forma de charadas!”
Pablo
15 de outubro, 2024 | 11:28A maioria do eleitorado é feminino.
Com base na frase acima, se poucas mulheres foram eleitas é porquê as eleitoras não conseguiram achar, nas candidatas alguém que as represente.”
Pablo
15 de outubro, 2024 | 11:27Complete a frase Gildázio do céu, entendi foi nada do que o sr. quis dizer...
Enfim, o Brasil apesar de ser laico (que inclusive foi apoiado pela própria igreja na época), sua maioria é de religião cristã, e é engraçado que diz ser retrógrado o patriarcado, sendo que toda sociedade que é estruturada pelo mesmo tem seu desenvolvimento e prosperidade superiores a qualquer outra que não seja.
As pautas progressistas pregam a igualdade entre homens, mulheres, LGBTs e àfins, quando na verdade o que acontece é a tentativa de diminuição de tudo que é certo: da família, das pessoas certas e dos valores tradicionais. O que se vê, muitas vezes, é uma inversão de prioridades, em que tudo o que era considerado como base sólida da sociedade passa a ser questionado e desconstruído. Isso acaba gerando mais confusão do que soluções concretas, pois se perde de vista o que realmente funciona para o desenvolvimento e a harmonia social.”
Pedrim
15 de outubro, 2024 | 11:09O engraçado é que as lutas feministas NUNCA conquistaram nada, tudo foi concessão do homem à mulher para, de bom grado, amenizar o sentimento de inferioridade da mulher.”
Gildázio Garcia Vitor
15 de outubro, 2024 | 08:52Na verdade, o que sempre foi muito ruim, piorou. Principalmente com o avanço expressivo das Direitas e suas pautas baseadas no lema dos Integralistas: "Deus, Pátria e Família", que além de retrógrado, é patriarcal, e nos ensinamentos da Bíblia, especialmente no Velho Testamento, que, por ser Sagrado para os Judeus e Cristãos, não tenho o direito de tecer comentários. Afinal, sou um Ateu não praticante.”