14 de outubro, de 2024 | 05:00
AAPI destaca importância da reflexão sobre o envelhecimento cerebral
Neste mês de outubro, em alusão ao Dia do Idoso, celebrado em 1º de outubro, a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Ipatinga (AAPI) promove uma importante reflexão sobre o envelhecimento, especialmente no que tange ao cérebro. A entidade, que conta com 32.953 associados acima de 60 anos, destaca a necessidade de compreender o envelhecer como um processo que afeta a todos, ao invés de algo que ocorre apenas com os outros.
O envelhecimento é um fenômeno natural e afeta o corpo como um todo, incluindo o cérebro. Embora comumente relacionado a um declínio cognitivo, o processo cerebral é complexo e vai além da simples perda de memória. A estrutura cerebral passa por modificações ao longo da vida, sofrendo a perda gradual de neurônios e sinapses, além de uma redução no volume total. Essas alterações são mais notáveis em regiões como o hipocampo, responsável pela memória, e o córtex pré-frontal, que rege funções executivas.
Outro ponto importante é o acúmulo de placas amiloides e emaranhados neurofibrilares, proteínas anormais associadas a doenças como o Alzheimer, mas que também aparecem em cérebros saudáveis, ainda que em menor grau. A circulação sanguínea cerebral tende a diminuir com o passar dos anos, o que afeta o fornecimento de oxigênio e nutrientes essenciais aos neurônios. Além disso, a produção de neurotransmissores, substâncias químicas fundamentais para a comunicação entre células nervosas, também se altera com a idade.
Impacto nas Funções Cognitivas e Emocionais
Essas mudanças físicas no cérebro influenciam diretamente as funções cognitivas e emocionais dos idosos. Entre as principais alterações psicológicas, destacam-se: Declínio da memória, especialmente a de curto prazo; Diminuição na velocidade de processamento mental; Dificuldades em manter a atenção e realizar tarefas simultâneas; Alterações na fluência verbal e na capacidade de encontrar palavras; Mudanças nas funções executivas, como planejamento e resolução de problemas; Aumento da sensibilidade emocional e dificuldade em regular emoções.
Envelhecimento cerebral
Diversos fatores influenciam o ritmo e a intensidade dessas mudanças. A predisposição genética para doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, pode acelerar o declínio cognitivo, enquanto hábitos saudáveis como uma alimentação equilibrada, atividade física regular, sono adequado e estímulos cognitivos podem ajudar a preservar a saúde cerebral por mais tempo.
Além disso, doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, e lesões traumáticas no cérebro também podem contribuir para o agravamento do quadro cognitivo.
É preciso encarar o envelhecimento cerebral como um processo individualizado e multifatorial”, destaca a AAPI. Nem todos os idosos experimentarão as mesmas alterações cognitivas, e a intensidade dos sintomas pode variar de pessoa para pessoa. Para muitas delas, manter uma vida social ativa, cultivar hábitos saudáveis e envolver-se em atividades que desafiem o cérebro podem retardar o processo de envelhecimento.
Iniciativas da AAPI para a Saúde do Idoso
Segundo o presidente da AAPI, Joaquim Cândido Ferreira, a associação investe fortemente na promoção de um envelhecimento saudável para seus associados. "Na AAPI, a saúde preventiva é pensada de forma ampla. Proporcionamos consultas médicas gratuitas, aulas de ginástica, artesanato, inglês, teatro e iniciação musical. Mantemos um centro esportivo para práticas como futebol, baralho e sinuca, além de promovermos excursões para diversos pontos turísticos", explica.
Ferreira também ressalta a estrutura oferecida aos associados para momentos de lazer. "Disponibilizamos em Guriri (ES) um complexo turístico para hospedagem gratuita, com 76 apartamentos, piscina, sauna, bar e restaurante", finaliza.
Com ações que integram cuidados com o corpo e a mente, a AAPI reforça seu compromisso com o bem-estar de seus associados, proporcionando oportunidades para que possam envelhecer de forma saudável e ativa. (AAPI)
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