12 de outubro, de 2024 | 08:40

No Dia das Crianças, idosos relembram infância de forma saudosa

Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Arquivo pessoal
A brincadeira favorita de Ademir Borges, de 72 anos, era jogar futebolA brincadeira favorita de Ademir Borges, de 72 anos, era jogar futebol

O 12 de outubro, data em que é comemorado o Dia das Crianças, é reservado para os pequenos festejarem. Mas também é o momento dos adultos e idosos relembrarem a época da infância, como fizeram os três entrevistados pelo Diário do Aço.

Ademir Borges, que tem 72 anos e mora no bairro Novo Tempo, em Timóteo, conta ao jornal que gostava de jogar bola com seus amigos. “Eu tive vários colegas. Hoje a maioria já partiu. Naquela época o que eu gostava de fazer mesmo era jogar futebol. E tinha muita cachoeira na região, e a gente se juntava para tomar um banho. Sempre no meio daqueles amiguinhos, havia alguns que eu tinha uma maior admiração. Eu gostava também de brincar de esconde-esconde, de correr à noite”, afirmou.

“Na época a gente não tinha uma televisão para assistir, não tinha nada. Não havia esse lazer que tem hoje. A tecnologia era fraca, agora que chegou e avançou. Hoje é tudo sofisticado, tudo moderno. Mas vivíamos bem, nos sentíamos bem. Eu gostava mesmo era de brincadeira. Na escola era tudo mais humilde, escasso, com sacolas penduradas de lado ou nas mãos. A situação também não ajudava, os pais não tinham uma boa situação. Trabalhavam, mas a renda era pouca. Mas a gente gostava daqueles tempos. Aliás, eu tenho saudade. Bons tempos que não voltam mais... Tudo tem o tempo certo. Estou cumprindo uma missão de passagem”, refletiu Ademir.
Arquivo pessoal
Maria Consolação Rocha, de 73 anos, adorava se reunir com seus primos Maria Consolação Rocha, de 73 anos, adorava se reunir com seus primos

Maré
Maria Consolação Rocha, que tem 73 anos e mora no bairro Nossa Senhora das Graças, na cidade timoteense, também diz que sente saudade de quando era criança. “Nós brincávamos de Maré (uma variação do jogo amarelinha), de roda, de passar anel de ouro, de pique-pega. De pique a gente brincava dentro de casa mesmo, porque não podíamos sair lá fora, era tudo escuro onde eu morava, principalmente à noite. Éramos uma família numerosa, e quando chegavam mais primos, rapidinho a gente entrosava. Brincávamos com muito carinho, amor e respeito. Hoje tenho saudade daquele tempo”.
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Marlene Ribeiro Campos, de 73 anos, ainda na infância dava aulas de costuraMarlene Ribeiro Campos, de 73 anos, ainda na infância dava aulas de costura


Clube de costura
Já Marlene Ribeiro Campos, moradora do bairro Veneza II, em Ipatinga, que também tem 73 anos, conta que não só gostava das brincadeiras de “piques”, mas também de dar aulas. “Eu brincava de todos os piques existentes, pique-pega, pique-esconde. Mas o que eu gostava mesmo de fazer quando era criança e via isso como uma brincadeira era costurar. Eu fazia clube de costura e ensinava as pessoas”.
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Comentários

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Tião Aranha

12 de outubro, 2024 | 21:12

“Bons tempos, a vida lá atrás era bem melhor. As pessoas não guardavam nenhum rancor. Não existia cercas nem tantos muros entre as pessoas. Os valores mudaram. E os comportamentos tb. Hoje existe muita frescura e pouco diálogo. Rs.”

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