11 de outubro, de 2024 | 08:30

Ipatinguense acolhe mulher que estava em situação de rua e pede ajuda da população

Enviada ao Diário do Aço
Kenia Weslania Oliveira Batista, a Coração, tem 47 anos e é natural de Coronel FabricianoKenia Weslania Oliveira Batista, a Coração, tem 47 anos e é natural de Coronel Fabriciano
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Uma secretária de clínica médica, moradora do Barra Alegre, em Ipatinga, se comoveu com a história de uma mulher que antes estava em situação de rua. Leyse Cristina Santos Oliveira foi quem acolheu a necessidade de Kenia Weslania Oliveira Batista, conhecida como “Coração”, que, há anos ficou desempregada e acabou nas calçadas do município ipatinguense.

Com a ajuda da secretária, por meio do pagamento de seu aluguel, Coração agora tem uma residência para ficar, no Centro. No entanto, ainda há necessidade de apoio para manter as despesas de necessidades básicas. A população do Vale do Aço interessada em contribuir pode fazer transferências por meio do Pix 03276197677 (CPF), conta aberta em nome de Leyse Cristina Santos Oliveira, no banco Itaú.

Em entrevista à reportagem do Diário do Aço, Leyse conta como tomou a decisão de acolher a mulher em situação de vulnerabilidade social. “Ela é conhecida como ‘Coração’ porque é uma pessoa muito boa. Todo mundo do Centro gosta dela. Tinha um benefício do governo, mas perdeu e foi morar nas ruas. Ela cuida de duas cachorrinhas que resgatou de maus-tratos. Uma estava amarrada em uma linha de ferro no trem. É muito atenciosa e responsável. Ela tem um carrinho de supermercado onde colocava suas coisinhas. E não se mistura com usuários, nem mexe com coisas ‘atrapalhadas’. Ela é muito simples. Acho até que existe uma certa pureza nela”, garante.
“Ela foi convidada a morar em um barracãozinho de uma idosa, que pediu ajuda para olhar seus netos. Mas eles tiveram que se mudar. E para que Coração não voltasse às ruas, ofereci de continuar pagando o aluguel. O barracão é muito ruim, mas é melhor do que estar na rua. As pessoas que foram embora estavam devendo o aluguel e a mudança. Lá tinha um fogão, uma geladeira e uma cama. E tiraram tudo”, acrescenta.

Toda ajuda é bem-vinda
Kenia Weslania Oliveira Batista, a Coração, também contou sua história ao jornal. Ela tem 47 anos e é natural de Coronel Fabriciano. Mudou-se para Belo Horizonte para morar com uma tia, que faleceu, momento em que Coração precisou se mudar para Ipatinga. “Quando cheguei aqui a situação de emprego era boa, eu pagava o meu aluguel e tudo. Aí o tempo foi passando e o desemprego chegou. Ficou difícil. Eu nunca esperaria catar papelão, latinha e fazer um bico aqui e ali para os outros. Eu tinha um benefício, mas perdi. Aí continuei sempre catando papelão, sempre trabalhando. Graças a Deus, nunca usei droga”.

“Eu fico até meio triste porque eu caí nessa situação de rua. Muitas vezes corri perigo de ser queimada ou roubada. Deus enviou a Leyse para me ajudar, e o dono falou que eu podia ficar dentro do barracão depois que as pessoas que aqui residiam se mudaram. Eu saí da rua, mas a casa não está em boa condição. Com a chegada da chuva, fico com medo de desabar. Por isso, conto com o apoio de quem puder, de bom coração. A rua é muito sofrida, muito perigosa. A gente passa vontade de se alimentar, de ir ao banheiro, de tomar um banho. São necessidades do ser humano. Quem puder me ajudar com uma roupa de cama, algum item de casa... Não tenho nada. Se tiver cão em casa, também pode me ajudar com as cadelinhas. O que puder, será bem-vindo. Eu fiz um tratamento de anemia gravíssima, mas está parado. Preciso de ajuda com remédios, que são injetados”, complementou.

Contato
Os interessados em conhecer um pouco mais sobre a história de Kenia devem entrar em contato com Leyse por meio do telefone (31) 97544-8101.


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Comentários

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Rodrigo

11 de outubro, 2024 | 08:56

“Acabei de doar, via Pix. Lembrei de um livro muito bom: " A Vida que Ninguém vê - Eliane Brum "”

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