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08 de outubro, de 2024 | 06:00

Outro vexame

Fernando Rocha

A cada nova partida do Campeonato Brasileiro, a opção do Atlético pelas Copas fica mais clara, como demonstrado na escalação do time que começou a partida contra o Vitória, no último sábado, com apenas três titulares.

O Galo fez 2 x 0 com facilidade, no primeiro tempo, e passou a impressão que devolveria a goleada de 4 x 2, sofrida no turno, em Salvador.

Ledo engano. Os jogadores alvinegros voltaram para o segundo tempo acometidos de uma inexplicável sonolência e displicência, cederam o empate, o goleiro Everson foi expulso e o time quase sofreu uma derrota de virada.

Milito tem culpa? Tem, sim, mas essa responsabilidade precisa ser distribuída entre os jogadores que, mesmo sendo em sua maioria reservas, têm a obrigação de produzir mais, ao menos o suficiente para vencer um adversário nitidamente inferior.

Amanhã, se não mudar de postura e mandar a campo um time reforçado de vários titulares, o Galo periga amargar outro resultado negativo, pois desta vez irá enfrentar o Grêmio, dono de um dos principais e mais caros elencos do futebol brasileiro, em jogo adiado da 6ª rodada por conta das enchentes que assolaram o Sul do país.

Destaque para seleções
Os próximos dias serão de protagonismo das seleções que disputam as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, a ser disputada pela primeira vez simultaneamente em três países - Estados Unidos, Canadá e México -, com o número recorde de 48 times participantes.

A seleção brasileira fará dois jogos em sequência, nesta quinta-feira (10), às 21h, em Santiago, contra a seleção chilena. Na próxima terça-feira (15), às 21h45, recebe o Peru no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Seis seleções do nosso continente se classificam para o Mundial e o Brasil é apenas o 5º colocado, com 10 pontos, mas a vida do treinador Dorival Junior não está fácil, devido ao alto número de jogadores importantes cortados por lesões.

O lateral do Atlético, Guilherme Arana, foi um dos primeiros cortados dessa vez, por lesão muscular, e os últimos foram o atacante Vini Jr. e o zagueiro Éder Militão, ambos do Real Madrid.

O corte de Vini Jr. deve fazer a seleção brasileira mudar o seu ataque de forma curiosa, pois o que antes era um trio do Real Madrid passará a ser uma tentativa de replicar o sistema do Barcelona.

FIM DE PAPO

O Barcelona é o atual líder da Liga Espanhola, com 24 pontos (oito vitórias e uma derrota), e o técnico Hansi Flick tem adotado um sistema de jogo com um ponta mais livre e um meia que também pode jogar flutuando pelo ataque. Neste caso, Raphinha atua como falso ponta-esquerda, com liberdade de movimentos, e Dani Olmo parte como meia, e ambos com a função de encontrar espaços na defesa rival. Dorival estaria disposto a adotar esta ideia de jogo, com Raphinha na esquerda, Rodrygo atuando como o meia Olmo e Savinho na direita, além de Endrick como centroavante.

Mesmo sabendo que o técnico Milito escalaria um time quase todo reserva, a torcida do Galo compareceu, no sábado, em grande número à Arena MRV (mais de 35 mil pagantes). A massa cantou, fez de tudo para o time reagir no segundo tempo, mas a preguiça em campo dos jogadores foi determinante para o péssimo resultado. A diretoria tem cobrado preços acessíveis nos ingressos, nestes jogos contra times de menor expressão, mas abre o saco de maldades ao praticar preços absurdos nos produtos comercializados pelos bares e ambulantes, além do alto valor cobrado no estacionamento. O picolé não sai por menos de R$10 e o saquinho de pipoca, a R$25.

O Fluminense venceu o Cruzeiro, no Maracanã, e escapou de afundar ainda mais no Z4. Agora com 30 pontos, é o primeiro fora da zona de rebaixamento. A vitória do tricolor deve ser debitada, sobretudo, a alguns milagres executados por Fabio. Aos 44 anos de vida e com 28 anos de carreira profissional, o goleiro multicampeão que mais vestiu a camisa celeste em todos os tempos - 976 partidas e 12 títulos - merece se despedir do futebol com uma honrosa homenagem por parte da diretoria e da torcida azul.

O torcedor raiz do Ipatinga há de se lembrar do meio-campista Léo Medeiros, um dos destaques do time que conquistou o Campeonato Mineiro, em 2005. Após pendurar as chuteiras, Léo Medeiros, hoje com 43 anos de idade, retornou à sua cidade natal, a pequena e bonita Recreio, de 11 mil habitantes, localizada na Zona da Mata mineira, onde resolveu se aventurar na política. No último domingo, ele foi bem se elegendo prefeito pelo PT, obtendo 3.430 votos válidos (51,16%). Que tenha sucesso e saiba conduzir Recreio com a mesma competência e maestria dos tempos em que vestiu a camisa do Tigre. (Fecha o pano!)

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