06 de outubro, de 2024 | 06:00

No limite

Fernando Rocha

O Cruzeiro teve muitas oportunidades, sobretudo no primeiro tempo, poderia ter saído do Maracanã com uma vitória, na última quinta-feira, sobre o Fluminense, mas faltou capricho dos atacantes ou melhores escolhas na hora de finalizar, além da atuação do goleiro Fábio, que, aos 44 anos, ainda é o melhor goleiro do país.

Sobre as bizarrices nas saídas de bola que deixam qualquer cruzeirense irritado e com o coração saindo pela boca, elas estão no limite e vão continuar por um bom tempo, até que essa característica do chamado “dinizismo” seja ajustada nos treinamentos.

O Cruzeiro agora só vai voltar a jogar no dia 18 de outubro, daqui a 14 dias, portanto, terá um bom espaço de tempo para treinar e se ajustar à nova filosofia de jogo do treinador.

Depois disso, desculpas não vão mais ser aceitas, pois a torcida do Cruzeiro quer ver mais e merece muito mais do que tem sido entregue em campo pela equipe celeste.

Tudo indefinido
A definição dos dois finalistas da Copa do Brasil está em aberto, depois das vitorias apertadas, por um gol apenas, de Flamengo e Atlético, respectivamente, sobre Corinthians e Vasco da Gama.

A troca no comando técnico - saiu Tite e entrou o ex-jogador Filipe Luís - foi benéfica neste primeiro momento ao Flamengo, cuja equipe parecia travada e se soltou de vez, mas não conseguiu transformar a sua superioridade em gols.

Depois do vareio dado no Fluminense, a torcida do Galo esperava outra atuação parecida contra o Vasco, na Arena MRV, mas a equipe alvinegra não conseguiu manter a mesma rotação, ainda tomou um gol muito cedo, e teve que correr muito para virar o placar em 2 x 1.

Galo e Flamengo vão jogar a segunda partida por empates para chegarem à final da Copa do Brasil, mas terão que visitar os adversários, o que deixa essa decisão equilibrada e totalmente indefinida.

FIM DE PAPO

Não devia, mas o Cruzeiro está passando à sua torcida uma mensagem de que o Brasileirão virou segundo plano. De fato, o caminho para chegar à Libertadores/2025 pela conquista da Copa Sul-Americana está bem mais visível, pois neste caso faltam apenas três jogos. A Raposa vive um jejum de 26 anos sem conquistar um torneio internacional - último foi a Recopa Sul-Americana/1998, contra o River Plate -, mas acho que o Brasileirão não deveria ser escanteado. No entanto, a cada rodada, a cada mau resultado, o G-6 fica mais distante e a turma que vem atrás se aproxima.

Na Europa, o próximo Mundial de Clubes, previsto para iniciar no dia 15 de junho de 2025, continua desagradando jogadores, treinadores e clubes, incomodados com mais esta competição no calendário e que, na prática, só vai trazer grandes lucros para a Fifa. Os atleticanos sonham em ver o Galo neste Mundial, que no seu novo formato terá 32 participantes e será disputado no modelo da Copa do Mundo. Do nosso continente já estão garantidos Palmeiras, Flamengo, Fluminense (campeões da Libertadores 2021/2022/2023), River Plate e Boca Juniors (via ranking Conmebol). Falta apenas mais um integrante que será o campeão da Libertadores 2024, que tem o Atlético na semifinal.

No campo, o Galo tem time para ganhar a Libertadores, se habilitar para a disputa em dezembro deste ano, do Inter Mundial de Clubes, onde enfrentaria o Pachuca do México e depois, se chegar à final, o Real Madrid, campeão da Europa, além de disputar, em 2025, o Mundial da Fifa. Mas precisa ficar atento e precavido com o que pode vir dos bastidores sombrios da Conmebol.

Se o River Plate, adversário do Galo na semifinal, chegar à decisão e for campeão, abre-se uma vaga no Mundial pelo ranking da Conmebol. Neste caso, o primeiro da fila é o Olímpia do Paraguai, clube que foi presidido e tem como patrono o pai de Alejandro Domingues, atual presidente da Conmebol, que é paraguaio. Além disso, a decisão, em jogo único, está prevista para o Monumental de Nuñes, a casa do River Plate. “Todo óbvio é ululante”, de Nelson Rodrigues (Fecha o pano!).
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