25 de setembro, de 2024 | 16:07

Padrasto e mãe são indiciados por tentativa de homicídio e avó por omissão no caso de menino de três anos brutalmente agredido em Ipatinga

Investigação apontou indícios de tortura recorrente contra menino de três anos, padrasto, mãe e avó materna foram todos indiciados

Divulgação PCMG
Investigação apontou indícios de tortura recorrente contra menino de três anos; padrasto, mãe e avó materna foram todos indiciados Investigação apontou indícios de tortura recorrente contra menino de três anos; padrasto, mãe e avó materna foram todos indiciados

A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Ipatinga concluiu o inquérito policial instaurado para apurar o crime de tentativa de homicídio praticado pelo padrasto e mãe de um menino de três anos de idade, no bairro Córrego Novo em Ipatinga. A criança foi socorrida pelo Samu, no último dia 15 de setembro, e levada inconsciente para o Hospital Márcio Cunha, onde foi internada na UTI Pediátrica com diversas lesões. O padrasto e a mãe da criança foram presos em flagrante pela Polícia Militar, conforme noticiado pelo Diário do Aço. Inicialmente, eles negaram as agressões e alegaram que a criança teria caído de uma escada externa que havia na residência do casal. Além da vítima, o casal também é pai de outra criança, de sete meses.

Conforme nota da PCMG, no decorrer das investigações foi verificado que o menino era vítima de tortura praticada pelo padrasto e com o conhecimento da mãe e da avó materna, as quais se omitiram diante dos fatos, sendo verificado que essa tortura ocorria havia aproximadamente um ano, não sendo possível precisar quando a violência contra a vítima começou.

A investigação também apurou que foi verificado que o casal estaria junto havia cerca dois anos e, no início do relacionamento, vivia na residência da avó materna da vítima, porém, marido e mulher se mudaram após o padrasto ser preso em flagrante por vias de fato contra a mãe da vítima e pelo crime de lesão corporal contra a avó materna da vítima, momento em que foram deferidas medidas protetivas contra o acusado.

Conforme a PC, após este fato, o relacionamento do casal foi reatado e testemunhas confirmaram que a criança foi vítima, por diversas vezes, de violência e tortura pelo padrasto, fornecendo até mesmo um áudio de um desses eventos. Algumas testemunhas também relataram que, em uma das ocasiões, foi acionada viatura policial, porém, a mãe da vítima alegou aos policiais que a criança estaria chorando para dormir.

Indiciamentos
Com base na apuração policial, o padrasto foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado, por uso de meio cruel, e pelo crime de tortura. A mãe da criança foi indiciada por tentativa de homicídio qualificado, por uso de meio cruel, e por omissão pelo crime de tortura. A avó materna da vítima foi indiciada por omissão quanto ao crime de tortura.

“Quanto às investigações relacionadas a outros crimes possivelmente sofridos pela criança, foi desmembrado em um novo inquérito policial, o qual continua com investigações em andamento e no aguardo das análises periciais”, esclarece a PCMG.

Incitação à violência na cadeia
A PCMG também confirma que instaurou um terceiro inquérito policial para a apuração de incitação a crime, em virtude de divulgação de áudios e fotos via aplicativo de WhatsApp, em que uma pessoa incita outras para divulgar as imagens (do casal e da criança agredida) e áudios, para que cheguem aos estabelecimentos prisionais onde os suspeitos se encontram presos, para que sejam penalizados por outros detentos.

“A Polícia Civil de Minas Gerais orienta a população e a todos os usuários de redes sociais que não divulguem esses arquivos, sob pena de estarem cometendo crime, bem como orienta que as imagens da vítima não sejam divulgadas, ressaltando-se que o Estatuto da Criança e do Adolescente (EÇA) dispõe em seu art.17 que a criança e o adolescente têm direito ao respeito, consistente na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral, abrangendo a preservação da imagem e da identidade, dentre outros, sendo que a violação desses direitos é passível de punição, bem como indenização por danos morais”, conclui a nota.

Criança está fora da UTI
O pai da criança, Yan Filipe Ferreira Torres, de 22 anos, que reside em Joanésia e já pediu a guarda do filho, informou à reportagem do Diário do Aço, na tarde desta quarta-feira (25), que o menino saiu da UTI, mas continua hospitalizado. Seu estado de saúde ainda requer cuidados e se recupera lentamente.

Já publicado sobre o crime:
-Pai pede justiça no caso de menino espancado pela mãe e o padrasto em Ipatinga
-Casal preso por espancamento de menino de três anos em Ipatinga foi autuado por tentativa de homicídio qualificado

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Comentários

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Rx

26 de setembro, 2024 | 14:00

“Graças a Deus que a justiça está cendo feita.
Se tiver mais vizinhos que tem prova de possíveis outros crimes contra essa criança denúncia para 181
Para que seja incluso nessa investigação.”

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