22 de setembro, de 2024 | 06:00
Bom astral
Fernando Rocha
A Raposa vem de má atuação em casa, derrotado pelo São Paulo, no Mineirão, mas hoje tem o astral elevado para se reabilitar contra o vice-lanterna Cuiabá, na Arena Pantanal.
O Cruzeiro fez uma ótima exibição e derrotou com autoridade o paraguaio Libertad, por 2 x 0, em Assunção, na última quinta-feira, dando passo importante para se classificar às semifinais da Copa Sul-Americana.
O técnico Fernando Seabra, muito pressionado, mudou o time na zaga entrando Villalba no lugar de João Marcelo; no ataque, Verón apareceu muito bem, o que melhorou o desempenho de Kaio Jorge e Lautaro, autores dos gols sobre o Libertad.
A equipe titular deve ser mantida, mas para o ambiente continuar tranquilo, o importante será obter outra vitória, pois é assim que a banda toca no futebol brasileiro.
Grande desafio
O grande desafio do Atlético hoje será encarar e vencer o Bragantino, pelo Campeonato Brasileiro, na Arena MRV, sem pensar na decisão com o Fluminense, na próxima quarta-feira, que vale a passagem para a semifinal da Libertadores.
Há quem defenda um time totalmente reserva ou, no mínimo, uma equipe mista, mas também há uma corrente que gostaria de ver todos os titulares em campo.
Afinal de contas, a equipe alvinegra ocupa o 10º lugar, com 33 pontos, na classificação do Campeonato Brasileiro, distante 9 pontos do G-6 que garante vaga na pré-Libertadores de 2025, embora tenha dois jogos a menos que os concorrentes.
O Galo do pressionado técnico Gabriel Milito não jogou mal na derrota para o Fluminense, ao menos até os 42 minutos do 2º tempo, quando vacilou na marcação e tomou o gol que decretou a derrota por 1 x 0.
A vaga continua aberta, mas o time comandado por Mano Menezes conquistou uma bela vantagem e colocou nas cordas o Galo de Milito, que terá de jogar muito mais do que vem produzindo ultimamente, para chegar à semifinal da Libertadores.
FIM DE PAPO
Essa briga antiga e declarada entre os atuais donos do Atlético e o ex-presidente Alexandre Kalil só trás prejuízos para ambos os lados. A trégua solicitada pelo presidente da Associação e integrante do Conselho de Administração, Sérgio Coelho, foi quebrada na última semana pela divulgação de dados do relatório feito por uma empresa de auditoria, que vasculhou as contas no período de Kalil na presidência e teria constatado diversos pagamentos irregulares que somam algo próximo de R$ 500 mil.
Se a atual direção do clube, que apoia o atual prefeito de BH e ex-vice de Kalil à reeleição, tentou com essa divulgação prejudicar a imagem do ex-presidente do Galo, que não concorre nesta eleição, mas abertamente é favorável a outro candidato, acabou dando tiro no próprio pé. Até por conta da atual má fase do time, nas redes sociais a maioria dos comentários são favoráveis a Kalil, com ácidas críticas à atual gestão dos Menin no Atlético.
A vitória de 2 x 0 sobre o Libertad, no Paraguai, coloca o Cruzeiro com um pé na semifinal, mas também franco favorito para decidir o título, classificando-se nos possíveis confrontos contra o Independiente Medellín ou o Lanús, da Argentina. Por ter uma equipe mais qualificada, o Cruzeiro só precisa agora entrar em campo ligado, para não dar qualquer chance ao Libertad. Se chegar à decisão, irá enfrentar provavelmente um time brasileiro, que pode ser Corinthians ou Athletico-PR, vencedores respectivamente nos jogos de ida contra Fortaleza e Racing da Argentina e possíveis semifinalistas.
A jogatina que tomou conta do país com a proliferação dos sites de apostas está levando 28 milhões de brasileiros ao vício e à falência financeira, informação divulgada no episódio desta semana do podcast “A Hora”, do UOL. Desses 28 milhões, cerca de metade (13 milhões) é de jogadores regulares, que dizem ter jogado no último mês. Em média, eles apostam duas vezes por semana. A maioria absoluta admite ter perdido mais do que ganhado: 54% nas apostas esportivas (só um em cada quatro diz ter ganhado) e 57% nos cassinos/bicho/bingo. “O mercado, diz o podcast do UOL, funciona como um aspirador que suga semanalmente bilhões de reais de milhões de pessoas, para concentrar esse dinheiro na mão de alguns poucos milhares de donos da banca e de uma parcela de ‘sortudos’, que vão ganhar num dia para perder no outro”. (Fecha o pano!)
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