13 de setembro, de 2024 | 09:01

Parque Estadual do Rio Doce tem aumento no fluxo de turistas

Alex Ferreira
Além de uma importante unidade de conservação, o parque oferece a possibilidade de lazer na praia de água doce da lagoa do BispoAlém de uma importante unidade de conservação, o parque oferece a possibilidade de lazer na praia de água doce da lagoa do Bispo
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
O Parque Estadual do Rio Doce (Perd) tem presenciado o gradativo aumento de visitantes em sua reserva. Localizado entre os municípios de Dionísio, Marliéria e Timóteo, o principal fragmento contínuo de Mata Atlântica do estado mineiro já recebeu, somente até o dia 31 de julho deste ano, cerca de 17,3 mil turistas. Os dados constam no Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), e foram compilados pela Gerência de Criação e Manejo de Unidades de Conservação.

Para se ter ideia, a visitação já compreende cerca de 77% do valor total de 2022, quando foram contabilizados a entrada de 22 mil pessoas no parque. Mesmo parcial, os dados deste ano já superam o do pior período da pandemia de covid-19, em 2021 e 2020, quando houve 9 mil e 3 mil pessoas no local, respectivamente.

A parcial também já é maior que nos anos de 2019 (12 mil), 2018 (9 mil), 2017 (8 mil) e 2016 (14 mil), por exemplo. No ano passado, o Perd recebeu o maior número de visitas de sua história, com 32 mil pessoas apreciando sua paisagem, flora, fauna, e se refrescando em uma de suas dezenas de lagoas.

“O parque tem experimentado um acréscimo significativo na visitação, principalmente em função de todos os arranjos e reformas e estruturação que a gente tem feito da portaria para dentro, mas, sobretudo, a partir da pavimentação da LMG-760 e da melhoria das obras da AMG-4030, a Estrada Parque, que liga a sede de Marliéria até o parque. A gente tem notado um avanço significativo na implementação do turismo aqui que a gente espera que esse ano e nos anos subsequentes isso se aumente ainda mais”, destacou Vinícius de Assis Moreira, gerente do parque.

O ambientalista também destacou a importância da comunidade interagir ainda mais com a unidade de conservação. “Existe um vale além do aço. É o vale da Mata Atlântica. É o vale que tem por vocação conservar esse remanescente de Mata Atlântica que aqui existe. Então, o Vale do Aço pertence ao parque, assim como o parque pertence ao Vale do Aço. E as pessoas têm que buscar esse pertencimento, porque é, sobretudo, uma razão de ser. A existência de um depende do outro, da população com o parque e o parque com a população”, continuou.

Restaurante e serviço de turismo
Desde meados de abril deste ano, o restaurante da unidade de conservação está fechado. A área destinada ao serviço de lanches e refeições está instalada próxima ao local de acampamento. O último contrato foi feito há dois anos e executado por uma empresa do município de Dionísio.

De acordo com Vinícius, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) deve publicar nas próximas semanas o edital para concessão do serviço de restaurante do Perd.

“O restaurante, assim como o serviço de autorização para aluguel de embarcações, é uma modalidade de concessão e autorização que o IEF faz e estimula que as pessoas empreendem aqui dentro. E nesse sentido, em outubro teremos a licitação para selecionar uma empresa para operar o serviço de fornecimento de alimentação no âmbito das estruturas aqui do Parque do Rio Doce. E aí a gente tem a expectativa que isso também auxilie no incremento da visitação e numa melhor experiência de todos que visitam o parque”, revelou.

Fauna e flora
Localizado entre os municípios de Marliéria, Timóteo e Dionísio, o Perd foi criado a partir dos trabalhos e esforços do bispo Dom Helvécio para a preservação do grande remanescente da Mata Atlântica existente na região e para o fortalecimento da participação das comunidades na proteção da unidade de conservação.

O parque tem cerca de 40 lagoas, e na mais famosa delas, a Dom Helvécio, são permitidas as atividades turísticas. Situada a 8 quilômetros da portaria, tem 7 quilômetros de espelho d’água e até 39 metros de profundidade, onde é permitido o banho na área denominada prainha.

Minas Gerais
Comparando todas as unidades de conservação estadual, o Perd fica na 10º posição em relação à quantidade de visitantes, ficando atrás da APA Parque Fernão Dias (115 mil), Parque Estadual Serra do Rola Moça (114 mil), Monumento Natural Estadual Serra da Piedade (80 mil), Parque Estadual Ibitipoca (60 mil), Parque Estadual Biribiri (35 mil), Monumento Natural Várzea do Lajeado (32 mil), Parque Estadual do Sumidouro (25 mil), Monumento Natural Estadual Peter Lund (25 mil) e Parque Estadual Serra Nova e Talhado (22 mil).

Incêndio
Nos últimos dias, a porção sul do Perd, considerada uma das mais importantes, se viu ameaçada por um incêndio de grande proporção que destruiu parte de uma vegetação da ArcelorMittal Bioflorestas. As chamas foram controladas pela Força-Tarefa do Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Previncêndio), juntamente com brigadistas da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda) e ArcelorMittal. Além do trabalho dos brigadistas, por terra, duas aeronaves Air Tractor foram empregadas no ataque às chamas.

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Comentários

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Rodrigo

13 de setembro, 2024 | 08:20

“Simples: conhecer para entender e defender. O " sentimento" de pertencimento gera engajamento.”

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