28 de agosto, de 2024 | 16:00
Jogadores do São Paulo devem ir a velório de Juan Izquierdo no Uruguai
Divulgação Nacional
Zagueiro Juan Izquierdo morreu menos de uma semana após sofrer uma arritmia cardíaca durante partida contra o São Paulo, no Morumbi
Zagueiro Juan Izquierdo morreu menos de uma semana após sofrer uma arritmia cardíaca durante partida contra o São Paulo, no Morumbi
O velório do zagueiro Juan Izquierdo, do Nacional-URU, ocorrerá nesta quinta-feira (29), das 11h às 13h, no Salão Cristal da Sede do Clube Nacional de Futebol, em Montevidéu, no Uruguai. Izquierdo faleceu na noite desta terça-feira (27), aos 27 anos, após sofrer uma arritmia cardíaca durante a partida contra o São Paulo, no dia 22, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein desde então e, na segunda-feira (26), o hospital havia divulgado um boletim médico indicando um quadro neurológico crítico.
De acordo com o jornal uruguaio El País, o atacante Jonathan Calleri, o meio-campista Michel Araújo e o lateral-direito Rafinha, todos do São Paulo, manifestaram interesse em comparecer ao velório de Izquierdo. Os atletas estão aguardando a autorização do clube para viajar em um voo privado após a partida contra o Atlético, válida pelas quartas de final da Copa do Brasil, na noite de hoje, a fim de prestarem suas homenagens.
O Nacional-URU lamentou a perda em nota oficial e expressou suas condolências à família do jogador. Segundo o estatuto da Associação Uruguaia de Futebol (AUF), a família de Izquierdo receberá um benefício financeiro, correspondente ao último salário do atleta, por um período de oito anos, como parte do seguro previsto para casos de falecimento em situações relacionadas ao esporte.
Serginho
A morte de Izquierdo aconteceu 20 anos após a trágica perda de Serginho, do São Caetano, no próprio Morumbi, num jogo contra o São Paulo. Os dois zagueiros morreram de paradas cardiorrespiratórias. O brasileiro de 30 anos, na época, foi atendido no gramado, mas morreu minutos depois no Hospital São Luiz, em São Paulo.
Devido à morte de Serginho, o futebol brasileiro passou a ter como protocolo desfibriladores e ambulâncias dentro dos estádios de futebol em dias de jogos. Fatores que fizeram com que o jogador do time uruguaio fosse prontamente atendido ainda em campo e imediatamente levado ao hospital pela ambulância.
No caso de Serginho, ele teve uma leve arritmia detectada oito meses antes de sua morte em exame realizado no Instituto do Coração. Médico do São Caetano à época, Paulo Donizetti Forte chegou a dizer que a condição do zagueiro não apresentava riscos para atuar.
Apesar disso, um prontuário médico do Incor, assinado pelo médico Edimar Alcides Bocchi, informava que Serginho tinha risco de morte súbita”. O médico voltou atrás depois da morte do defensor do São Caetano e afirmou que tudo se deveu a uma fatalidade.
Nairo Ferreira de Souza, então presidente do São Caetano, e o médico do clube, Paulo Forte, chegaram a ser denunciados pela promotoria do MP de São Paulo por homicídio culposo, sem intenção de matar. Mas o caso foi arquivado em 2013.
O São Caetano, por sua vez, perdeu 24 pontos no Campeonato Brasileiro e caiu da quinta posição, com 77, para a 18ª posição, com 53. Na ocasião, a Série A era disputada por 24 clubes.
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