27 de agosto, de 2024 | 06:00

Excesso de teimosia

Fernando Rocha

Foi uma atuação abaixo da crítica feita pelo Galo de Gabriel Milito, algo que infernizou o sábado e estragou o fim de semana dos atleticanos.

Mais uma vez, sem o contundido Hulk, sem Paulinho e Scarpa, que foram poupados (???), a equipe alvinegra foi ineficiente no meio-de-campo, ataque, além de frágil defensivamente, ou seja, simplesmente, o time foi um amontoado de jogadores.

Cedeu espaços preciosos nas costas da sua defesa e só não tomou uma goleada por conta das boas e salvadoras defesas do goleiro Everson.

Agora que passou a ter o elenco completo, ao invés de fazer o simples, Milito continua com invenções a cada partida, mesmo não dando certo, o que poderá lhe custar o cargo se for eliminado nos próximos confrontos contra o São Paulo, pela Copa do Brasil, além do próprio Fluminense, pelas quartas-de-final da Libertadores.

MP dependência
Se o atleticano teve o fim de semana estragado pela derrota do time, quem dormiu com a cabeça inchada no ultimo domingo, devido a mais um fracasso da equipe, foi o torcedor do Cabuloso.

Ficou claro a dependência do time de seu principal jogador, Matheus Pereira, que não jogou devido à suspensão pelo terceiro cartão amarelo.

Sem ninguém para municiar o ataque, comandado pelo artilheiro Juan Dineno, sem repertório e criatividade no meio-de-campo, o time de Fernando Seabra foi inoperante, o que facilitou o trabalho da defesa colorada.

No segundo tempo, o Cruzeiro caiu ainda mais de produção e o Internacional conseguiu o gol que lhe deu a vitória, aos 24 minutos, marcado pelo colombiano Rafael Borré, em jogada construída pelo atacante ipatinguense e revelado no Galo, Bruno Tabata, eleito o melhor em campo pela imprensa gaúcha.

Com mais essa derrota, o Cruzeiro permanece com 37 pontos, em 7º lugar, e desperdiça a chance de ultrapassar o 6º colocado Bahia, com 39, para entrar novamente no grupo que tem vaga garantida na pré-Libertadores.

FIM DE PAPO

Sem tempo para lamentações, o criticado técnico Fernando Seabra já terá amanhã que colocar o time em campo, para enfrentar novamente o Internacional, desta vez no Mineirão, em jogo adiado da 5ª rodada, devido às enchentes que arrasaram o Rio Grande do Sul. Não vai poder contar com o lateral Willian e o volante Lucas Romero, suspensos pelo terceiro cartão amarelo, mas terá a volta do principal jogador da equipe, Matheus Pereira, que tanta falta fez no jogo em Porto Alegre. A derrota aumentou a série negativa do Cruzeiro, que acumula dois empates (contra Atlético e Vitória) e duas derrotas (contra Fortaleza e Inter). A última vitória foi na goleada por 3 a 0 sobre o Botafogo, no Engenhão, na primeira rodada do 2ºturno.

Na “zona mista”, onde dão entrevistas após as partidas, os jogadores do Galo não conseguiram explicar a má atuação que resultou na derrota vergonhosa, diante de 32.068 torcedores alvinegros. Reclamaram com razão do péssimo gramado da Arena MRV e a diretoria os atendeu, transferindo a partida para o Mineirão, mas parece que o problema não era o gramado. No primeiro gol, após Bruno Fuchs errar passe ao tentar sair jogando, o peruano Serna deixou o improvisado Battaglia sentado e fez o gol. A bizarrice do lance tem uma explicação óbvia: Bataglia é um bom jogador como volante, não é zagueiro, porém, Milito insiste em escalá-lo de zagueiro.

Qualquer torcedor e não só os palmeirenses sabem o quanto é grosseiro, mal educado e machista o português e técnico alviverde, Abel Ferreira, cuja competência no cargo não se discute. No último domingo, seu time venceu o Cuiabá, por 5 x 0, Estevão deu show novamente, tudo para ser uma entrevista pós-jogo calma e tranquila, mas o português tratou de aprontar das suas, disparando grosseria machista contra a repórter da Band FM/SP, Alinne Fanelli, após uma pergunta sobre a lesão do lateral Mayke. Em uma resposta tão insólita quanto infeliz, o treinador disse que só devia satisfação à sua mãe, à sua esposa e à Leila Pereira (presidente do Palmeiras).

Ao longo da fala, percebeu a besteira, tentou consertar, mas ficou ainda pior. Ontem, ligou para a repórter e pediu desculpas, além de publicar um texto em rede social dizendo que foi “mal-entendido”. Ótimo que tenha se desculpado com a repórter, mas isso é insuficiente. Respeitar a mãe, a esposa, as filhas e a mulher que paga seu salário é obrigação, assim como é obrigação respeitar todas as mulheres, em quaisquer circunstâncias. (Fecha o pano!)
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