25 de agosto, de 2024 | 09:11
Polarização política nacional não se reflete totalmente nas disputas pelas prefeituras
Em 26% das cidades brasileiras, a disputa ao cargo de prefeito é feita entre candidatos do mesmo espectro político; e em 23% a briga é entre esquerda e direita
Juca Varella/Agência Brasil
Um dos maiores símbolos da polarização recente no Brasil é a imagem de grupos contra e a favor do impeachment de Dilma Rousseff, separados por cercas em manifestação na Esplanada dos Ministérios, em abril de
Um dos maiores símbolos da polarização recente no Brasil é a imagem de grupos contra e a favor do impeachment de Dilma Rousseff, separados por cercas em manifestação na Esplanada dos Ministérios, em abril de Um levantamento do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) aponta que mais da metade das cidades do país terá no máximo dois candidatos a prefeito. A pesquisa também revela que, apesar da polarização política nacional, as disputas entre esquerda e direita não está presente na maioria das disputas regionais.
Para este pleito, 644 municípios (23,3%) terão uma disputa entre candidatos de esquerda e direita. Em 285 municípios (10,3%), haverá um candidato de esquerda e outro de centro. Em 731 cidades (26,43%), ambos os candidatos serão de direita, e em apenas 86 municípios (3,1%) haverá uma disputa entre dois candidatos de esquerda.
Candidaturas regionais
No Vale do Aço, algumas cidades terão duas candidaturas, como Santana do Paraíso (Bruno Morato, do Avante e Oliveirinha, do MDB, disputam com Capitão Torres Republicanos e Kléo do Aviário - Podemos); Joanésia, onde Aiken (PSD) e Ana Moreira (PSD) terão como adversários Cici (Republicanos) e Jair do Lavrinha (PT).
Há ainda outras cidades com candidatura única. Em Iapu com Pezão (União Brasil) e Zé Fideles (Republicanos) como vice; além de Nova Era, com Txai Costa (Rede) e Moriá Benevides (PP). Outras cidades se enquadram no mesmo quesito, mas trouxemos essas para exemplificar quais legendas estão no jogo eleitoral”.
Álbum Pessoal
Hermundes Flores é professor de Filosofa do Direito no Unileste e sócio do Cimini Flores e Bergami Advogados
Hermundes Flores é professor de Filosofa do Direito no Unileste e sócio do Cimini Flores e Bergami AdvogadosHermundes Flores, que é professor de Filosofa do Direito no Unileste e sócio do Cimini Flores e Bergami Advogados, avalia o cenário. Ele analisa que o Brasil, nos últimos dez anos, principalmente, descobriu” a política e a participação política cresceu. Essa presença foi ampliada por causa das mídias sociais, pelos grupos de WhatsApp, pelo TikTok, pelo Instagram, etc.
Ambiente reforçador de opiniões
Para o advogado, a dinâmica da interação pelas redes favorece que as pessoas recebam dados, informações e impressões que confirmam as suas opiniões. Então, o ambiente que a gente vive hoje não favorece a troca de ideias, a escuta de posições contrárias, favorece o reforço de opiniões que cada um já traz consigo. Esse, certamente, é um dos fatores, não o único, mas muito importante, de modo que esse tipo de interação ajuda a fortalecer a polarização. Então, no plano nacional, penso que a polarização deve continuar no longo prazo”, vislumbra.
Histórico
Em âmbito municipal, avalia Hermundes, as disputas políticas locais têm interesses que muitas vezes são específicos, mais imediatos, como a pavimentação de ruas, atendimento de serviços públicos locais, disputas por influência e por interesses econômicos mediados pela política local. Então, salienta, nunca foi fácil, nunca foi simples fazer uma ligação direta entre as disputas no plano nacional e disputas políticas no plano local.
Mesmo se a gente pensar em polarizações mais antigas, considerando aqui pelo menos a Nova República, ali entre PT e PSDB nos anos 1990, depois, mais recentemente, entre grupos ligados ao Bolsonarismo e grupos ligados ao campo progressista, no plano local, ou seja, no plano municipal, a gente não nota uma necessária ligação direta que associe a polarização no plano nacional a uma polarização local”, reforça.
Pica-pau e Corta-goela
O advogado pontua que, tradicionalmente, principalmente em pequenos municípios e com apenas um candidato ou com, no máximo, dois candidatos, historicamente, as forças políticas costumam estar divididas em dois lados.
O professor menciona uma disputa histórica, pelo menos nos municípios mineiros, entre o antigo PFL e o antigo PMDB, apelidados em cidades pequenas, como os Pica-pau e os Corta-goela. Então, isso já não é de agora. Eu penso que analisar a política municipal, portanto, exige uma observação diferente da análise que a gente faz no plano nacional. Não é raro políticos locais ligados a um determinado partido que, no plano nacional, apoiam o governo e, no plano local, fazem aliança com adversários do governo nacional e vice-versa”, conclui.
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Viewer
27 de agosto, 2024 | 10:22Não existe debate de idéias com esquerdistas, quando as idéias deles são contrapostas ou contraargumentadas a maioria parte para a agressão ou para o jogo sujo.
Isso quando eles não usam o sistema para calar qualquer discurso que vá contra o que eles pregam, são como fanáticos religiosos cujo deus é o partido e o Estado (quando o partido no poder)”
Tião Aranha
26 de agosto, 2024 | 08:32PT nunca mais! Vamos olhar quem recebeu dinheiro do fundo partidário até agora? o PT com R$ 100.000,00 reais!”
Tião Aranha
25 de agosto, 2024 | 16:12Tem "aborrecente", digo, adolescente usando o pseudônimo do Tião; mas; não tem importância não / tá valendo. Timóteo pelas suas origens, é terra de metalúrgicos, hoje estão todos muito em silêncio; não resta dúvidas que na reta final da Campanha o Nascimento vai arregaçar as mangas e entrar pra valer - podendo até decidir essa parada. (O fim justifica os meios). O que pra mim já não é e nem será nunca nenhuma surpresa. Rs.”
Tião Aranha
25 de agosto, 2024 | 15:08E em Timóteo temos dois disputando quem é a viúva do Bozo.
Major X Renatão”
Tião Aranha
25 de agosto, 2024 | 10:15As cartas estão viradas na mesa, entre as cartas que estão dadas a aposta mínima da partida é o bolsonarismo; e a aposta máxima dos jovens é o PT. A verdade é que essa parada é completamente diferente das anteriores. Não existe debate de idéias porque não existe o diálogo. Essa tática funciona porque ninguém quer apostar primeiro-, a mesa em que estão jogando é a mesa dos profissionais. Pura maldade - não é macete. Não dá pra subir a aposta, e nem tampouco fugir do jogo: ganha quem tem as melhores cartas. -Será que tem alguém com a mão pesada? Jogo de titãs. Os donos dos partidos políticos fizeram uma seleção apurada dos candidatos. (Tiveram tempo). Na mesa não existe reis. Rs.”