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25 de agosto, de 2024 | 06:00

Muito sofrimento

Fernando Rocha

O Cruzeiro volta as suas atenções hoje para o Campeonato Brasileiro, onde vai enfrentar o Internacional, em Porto Alegre, defendendo o 7º lugar na classificação, com 4 pontos atrás do 4º colocado, Flamengo, e 9 do líder Botafogo.

Mas o torcedor celeste ainda discute a dramática classificação obtida com muito sofrimento sobre o Boca Juniors, na última quinta-feira, no Mineirão.

O time comandado pelo técnico Fernando Seabra oscila muito e, mesmo tendo vantagem numérica o jogo inteiro, devido à expulsão do lateral Advíncula aos 23 segundos do 1º tempo, abusou dos erros e não conseguiu se impor, sobretudo, na segunda etapa, mesmo apoiado por quase 60 mil torcedores.

Outro detalhe a ser considerado foi o claro cansaço demonstrado pela equipe no 2º tempo, um dos fatores principais para permitir o domínio dos xeneizes, apesar de atuar com um jogador a menos.

Vai agora enfrentar, nas quartas-de-final, um adversário bem mais fraco, sem a mesma tradição dos argentinos, o Libertad do Paraguai, mas, para fazer valer o seu favoritismo, precisa jogar muito mais.

Reta final
O Campeonato Brasileiro entra na reta final, faltando 15 rodadas para terminar, sem contar os jogos atrasados de diversas equipes por conta da enchente no sul do país.

O reforçado Botafogo, que soma 46 pontos em 23 jogos é o maior favorito ao título, seguido do “intruso” Fortaleza, com 45 pontos e um jogo a menos; Palmeiras e Flamengo têm 41 pontos, mas o rubro-negro vai fazer um jogo a mais.

Na última quarta-feira, Palmeiras e Botafogo fizeram o melhor jogo da temporada pelas oitavas da Libertadores. O alviverde perdia por 2 x 0 e numa fulminante reação conseguiu empatar quase no fim da partida, mas devido a um gol anulado corretamente pelo VAR, que levaria a disputa aos pênaltis, acabou eliminado pelo alvinegro carioca.

Fora da Libertadores e da Copa do Brasil nas oitavas de final, o Palmeiras de Abel Ferreira está decadente. Isso não significa, porém, que o ciclo do português chegou ao fim.

A perda de qualidade e a queda palmeirense coincidem com a evolução do Botafogo, turbinado pela contratação de reforços que custaram dezenas de milhões de dólares ao milionário dono do clube, John Textor, que fez de tudo e conseguiu se tornar algoz do alviverde na Libertadores.

FIM DE PAPO

Até o fechamento da coluna não havia sido divulgada qualquer nota da Polícia Militar de Minas Gerais se posicionando a respeito da ação de policiais contra torcedores argentinos na Arena MRV, por ocasião do jogo entre Atlético x San Lorenzo, na última terça-feira. As imagens dos policiais descendo o cassetete sem dó nos “hermanos” viralizaram nas redes sociais e tiveram grande repercussão no país vizinho. O gás de pimenta usado para conter os torcedores argentinos se espalhou no ar e obrigou até a paralisação da partida por alguns minutos.

A rivalidade Brasil-Argentina no futebol deveria ficar apenas dentro de campo, mas já se vê que a intolerância e o ódio mútuos agravaram o quadro, de tal modo que não é mais aconselhável viajar ao país vizinho e vice-versa, para acompanhar jogos de futebol. Lá, como cá, o pau canta na casa de noca, sem escolher o lombo, seja cidadão do bem ou do mal. Pior, ninguém aparece ou se responsabiliza pelos excessos.

No dia em que a torcida atleticana fez um belo mosaico com os dizeres “No to racism” - não ao racismo, em inglês -, protestando contra as atitudes racistas dos torcedores argentinos, eis que um grupo de jovens torcedores atleticanos, energúmenos, decidiu fazer gestos racistas como forma de provocar os adeptos do San Lorenzo. Como são todos menores de idade, os pai foram punidos com a expulsão do quadro de sócios do Galo, ficando proibidos de frequentar o estádio por 6 meses.

Torcedores das principais organizadas do Galo passaram a noite de segunda-feira e a madrugada inteira de terça-feira, dia do jogo, montando todo o projeto do mosaico na Arena MRV, que acabou tendo menor repercussão que a atitude desses irresponsáveis. Sobre a classificação do Atlético para as quartas-de-final da Libertadores, no futebol, a bola às vezes não rola, mas sim capota. O Galo foi melhor, mas acabou eliminado injustamente pelo Palmeiras, por três vezes consecutivas, punindo o melhor time de avançar. Agora, quem se classificou, injustamente, pois jogou muito menos que o San Lorenzo, foi o Galo. (Fecha o pano!)

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