15 de agosto, de 2024 | 09:00

Comitê investe em Sistema de Previsão de Vazões e Níveis da Bacia Hidrográfica do Rio Doce

Cata Caldeira/Divulgação
A ferramenta auxiliará na gestão de cheias nos municípios da bacia do rio Doce, evitando perdas materiais e humanasA ferramenta auxiliará na gestão de cheias nos municípios da bacia do rio Doce, evitando perdas materiais e humanas

Será promovido na próxima segunda-feira (19), às 18h, o Seminário de Apresentação do Sistema de Previsão de Vazões e Níveis da Bacia Hidrográfica do Rio Doce. A ferramenta, que recebeu um aporte de R$ 1,3 milhão do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH Rio Doce) com foco na atualização e modelagem do sistema, auxiliará na gestão de eventos críticos nas cidades da bacia. O evento será realizado no Campus 2 da Univale, em Governador Valadares.
Atualmente, 11 estações estão em operação na Bacia do Rio Doce, localizadas nas cidades de Ponte Nova, Nova Era, Timóteo, Belo Oriente, Açucena, Governador Valadares, Tumiritinga, Colatina e Linhares.

Para o presidente do CBH Doce, José Carlos Loss, o Comitê não tem poupado esforços para modernizar e colocar em operação o Sistema de Alerta Hidrológico na bacia do Rio Doce. “Como o CBH Doce trabalha com a gestão de recursos hídricos, tanto na produção de água, quanto na recuperação dos rios, e trabalha de modo geral no ordenamento do uso de água para todos, o sistema de alerta de cheias vai contribuir muito para a redução dos danos provocados pelas cheias, como perdas humanas, mitigar prejuízos materiais e econômicos, por meio de um dos melhores sistemas do Brasil. O exemplo recente do Rio Grande Do Sul demonstra como é necessário estar preparado para reduzir impactos na população e o quanto uma enchente pode impactar negativamente nas cidades. Logo, o sistema vai contribuir muito para a segurança das cidades presentes na bacia hidrográfica do Rio Doce”, ressaltou.

A programação do seminário irá envolver diversos painéis de debates com mapas de inundação atualizados da Bacia do Rio Doce e perspectivas para a utilização da nova ferramenta de previsão acoplada ao Sistema de Alerta Hidrológico.
O evento é voltado para representantes da Defesa Civil dos municípios integrantes do Sistema de Alerta Hidrológico, hidrelétricas instaladas na Bacia do Rio Doce, membros da Câmara Técnica de Gestão de Eventos Críticos (CTGEC), representantes do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM).

Sistema de Alerta
A fim de auxiliar na prevenção e gestão de crises relacionadas ao período chuvoso, o Sistema de Alerta Hidrológico (SACE) da Bacia do Rio Doce é uma ferramenta operada SGB/CPRM e pela ANA, com apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce.

Por meio do monitoramento, são divulgados boletins que trazem previsões sobre os níveis de vazão da calha dos rios, informando o volume e tendências de vazão, contribuindo com a construção de planos de contingenciamento de cheias e minimizando o impacto de eventos críticos.

O monitoramento dos rios é feito por meio de sensores de nível, que medem a variação das águas com alta precisão. Os dados são recebidos, organizados e consolidados em forma de boletins de monitoramento, enviados às defesas civis estaduais e municipais. As estações de monitoramento ficam localizadas às margens dos rios. Esse método de acompanhamento é complementar à tradicional régua linimétrica, pois transmite dados de níveis via satélite de hora em hora.

Nesse sentido, o presidente do CBH Doce ressalta a importância do sistema para toda a região. “O sistema de alerta de cheias é uma entrega muito importante que o CBH Doce está fazendo para a população que vive na bacia, principalmente para as pessoas que vivem próximo da calha dos rios. Esse sistema permite aumentar o tempo de alerta para as comunidades para que elas se preparem num eventual momento crítico de cheias. Com as chuvas e eventos climáticos mais intensos, é importante ter um sistema de alerta que viabilize o tempo para as pessoas se programarem para minimizar os impactos das cheias que podem acontecer na cidade”, afirmou.

Investimentos do CBH Doce modernizam o sistema
Com o objetivo de fortalecer a ferramenta, por meio da atualização da modelagem hidrológica, hidráulica e de reservatórios, além dos mapas de inundação e da disponibilização dos dados em tempo real, o CBH Doce já investiu mais de R$ 1,3 milhão, por meio do Programa de Convivência com as Cheias.

O programa prevê a realização de atividades de monitoramento, por meio de dados hidrométricos das estações fluviométricas e pluviométricas, registros da Defesa Civil e acompanhamento da ocupação de áreas de risco por imagens de satélite.
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Comentários

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Alessandro de Sá

16 de agosto, 2024 | 14:41

“A Bacia do Rio Doce passa por um momento crítico em qualidade e quantidade de seus recurso hidroambientais. Seus grande rios fazem parte de uma rede de drenagem onde as lâminas d'água vem reduzindo drasticamente suas vazões, um processo histórico de ocupação do território que não permite um balanço hídrico favorável. Por outro lado, as instituições governamentais, os comitês de bacias e suas agências executivas não possuem com eficiência e exatidão aplicações de medidas que pudessem mudar a fragilidade do Rio Doce e de seus tributários.”

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