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11 de agosto, de 2024 | 09:30

No Dia do Estudante, alunos e educadores destacam o papel do aprendizado para um caminho de novas oportunidades

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Thiago Junio Guedes é aluno do 9º período de Psicologia no UnilesteThiago Junio Guedes é aluno do 9º período de Psicologia no Unileste
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Neste domingo (11) é comemorado o Dia do Estudante. Em entrevista à reportagem do Diário do Aço, estudantes do Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais (Unileste) destacaram a relevância de buscar conhecimento.

Tereza Cristina Monteiro Cota, docente da universidade que trabalha há mais de 20 anos na União Brasileira de Educação Católica (Ubec), atualmente como gestora, também concedeu entrevista ao jornal. Ela é formada em Pedagogia, com Mestrado em Educação e especializações com ênfase em infâncias, educação e tecnologias educacionais.

Thiago Junio Guedes é residente de Itabira e se desloca à noite para estudar Psicologia no campus de Coronel Fabriciano. O jovem de 24 anos relatou que o ato de administrar a rotina com os estudos pode ser desafiador.
“Às vezes, o cansaço físico e mental, especialmente devido aos compromissos do meu trabalho, pode atrapalhar. Mas, com uma boa gestão de tempo e estabelecendo prioridades, consigo equilibrar as responsabilidades. Eu planejo minha semana com antecedência, priorizando as tarefas mais urgentes e reservando horários específicos para o estudo. Além disso, mantenho uma lista de tarefas para me ajudar a manter o foco e evitar a procrastinação”, contou.

“A paixão por aprender e o desejo de ajudar as pessoas são minhas principais motivações. Acredito que, por meio do conhecimento, posso contribuir de maneira significativa para a sociedade, especialmente na área da Psicologia, ajudando a melhorar a qualidade de vida das pessoas”, acrescentou o estudante do 9º período.

Libertação
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Ana Paula Fraus Damasceno tem 22 anos e é moradora de Coronel Fabriciano Ana Paula Fraus Damasceno tem 22 anos e é moradora de Coronel Fabriciano

Já Ana Paula Fraus Damasceno, de 22 anos, aluna do 10º período de Direito noturno, destacou que o que a move buscar conhecimento é visualizar um futuro. “É olhar para trás e ver o quanto pessoas antes de mim lutaram por dignidade, por igualdade, por justiça e vislumbrar que a cada dia, a cada aula, a cada conhecimento adquirido eu estou mais perto de fazer o mesmo pela geração que virá”, afirmou.

“Eu acredito que o auxílio do estudo na minha vida não está condicionado ao futuro, ele é presente. O estudo me liberta da ignorância, do comodismo, da alienação e certamente impactará positivamente o meu futuro da mesma forma que já muda a realidade do meu momento presente. O estudo para mim é uma forma de honrar o conhecimento dos meus ancestrais e de auxiliar na construção de um conhecimento futuro. É uma caneta com a qual eu escrevo minha própria história, contrário às estatísticas negativas relacionadas a evasão escolar, ao analfabetismo estrutural, a criminalidade e crio uma perspectiva melhor para mim, para os meus e para os que me sucederão”, complementou a estudante natural de Itabira e moradora de Coronel Fabriciano.

Percurso de formação
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Tereza coordenou o curso de Pedagogia do Unileste durante dez anosTereza coordenou o curso de Pedagogia do Unileste durante dez anos

Tereza Cristina Monteiro Cota contou ao jornal que durante dez anos coordenou o curso de Pedagogia do Unileste e, nesse período, teve a oportunidade de conviver com muitas histórias de estudantes em seu percurso de formação.
“Posteriormente, essa convivência se manteve. Assim, como educadora, muito ensinei às educandas e, com elas, muito aprendi, como bem expressou Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia (1996, p.14): ‘os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo’. Ao refletir sobre o que significa estudar e ser estudante, percebo que esses significados variam conforme as buscas individuais e as condições disponíveis. Estudar é encontrar caminhos, buscar alternativas para realizar sonhos e, assim, compreender que a educação transforma vidas. O conhecimento está em toda parte e essa transformação também acontece fora do ambiente escolar”, acrescentou.

Interesse
Tereza ainda ressaltou que atualmente se diz que os estudantes não estão interessados em estudar, mas a questão é o que eles desejam estudar e o que realmente os atrai.

“A forma como o conhecimento é apresentado ora estimula a curiosidade, ora provoca a dispersão. Estudar deve ser uma experiência que desperte o entusiasmo e a alegria. Isso não é tarefa fácil, nem para o estudante, tampouco para os professores no Brasil. Compreender que o ato de estudar é uma jornada que transcende o simples acúmulo de conhecimento é fundamental. É um processo dinâmico de transformação pessoal e social”, concluiu a docente.
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Comentários

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Tião Aranha

11 de agosto, 2024 | 12:39

“Bonitos discursos. Se colher o que plantou tá de bom tamanho. Rs.”

Gildázio Garcia Vitor

11 de agosto, 2024 | 09:58

“Parabéns aos Estudantes! A todos, especialmente aos da Educação básica, que ainda têm muito o que aprender, inclusive de serem ESTUDANTES, como os entrevistados nesta belíssima reportagem-homenagem.
Um parabéns especial para a Acadêmica do curso de Direito, a Senhorita Ana Paula, pelas palavras e pelo conceito de Educação que ela defende, para mim, uma Paulo Freire + Milton Santos de saias. Ainda ganha, disparado, na beleza.
Sucesso Garota! O Mestrado e o Doutorado te esperam. Para você, deixo aqui, estes versos, do Grande Thiago de Mello: "Na fogueira do que faço, por amor me queimo inteiro."”

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