08 de agosto, de 2024 | 08:01
Morador do Limoeiro atua em projeto de inclusão que une a integração social e o esporte
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do AçoUm ipatinguense atua em um projeto que tem como objetivo mudar a realidade social dos alunos de uma escolinha de futebol de seu bairro. Vicente Bandeira é morador do Limoeiro, em Ipatinga, e responsável pelo Centro Esportivo Cultural Resgatando Identidade (Cecuri).
Ele conta à reportagem do Diário do Aço que se trata de um projeto que surgiu há cerca de 35 anos. O Cecuri foi fundado em 22 de setembro de 1988 pelo meu falecido pai, Waldivino Bandeira. No início, era simplesmente uma escolinha de futebol. Nos anos 2000 surgiu a ideia de formarmos um projeto mais específico para a realidade social do bairro. Em comum acordo e por meio de votos entre os atletas, criou-se o nome Resgatando Identidade, que se tornou hoje o Centro Esportivo Cultural Resgatando Identidade”, detalha.
Vicente também pontua que há um objetivo de vínculo familiar, relacionamento social e comunitário, bem como o reconhecimento escolar, evitando a evasão de crianças da sala de aula. O projeto não tem fins políticos ou partidários. É de inclusão, pregando o respeito a todos e a socialização. Hoje atende 80 crianças e adolescentes, na faixa etária de 5 a 14 anos. Todos têm o esporte como entretenimento. A ação é educativa, sem fins lucrativos e conta com apoio dos pais e atletas”, afirma.
Temos como parceiro o Clube Limoeiro nos campeonatos municipais realizados pela Liga de Desportos de Ipatinga (LDI). A Escola Estadual Geraldo Gomes Ribeiro cede os espaços para os eventos, como jogos de futsal para atletas e pais, treino funcional para mães, palestras com temas variados, servindo de motivação para a vida, desafios e vínculos familiares. Uma clínica de odontologia do bairro também tem uma doutora que cuida de forma gratuita da higiene bucal de todos os atletas matriculados”, acrescenta o ipatinguense.
Necessidades especiais
Vicente destaca que no projeto de inclusão, que funciona no campo de futebol do Limoeiro e na quadra da escola Geraldo Gomes, há um total de 19 alunos com necessidades especiais.
A escolinha conta com um quadro de garotos que têm necessidades especiais, como autismo, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e transtorno opositor desafiador (TOD). Trabalhamos com palestras que falam sobre as preocupações a respeito dessas crianças que, às vezes, não têm oportunidade dentro de uma comunidade. Por meio da família, da educação e do esporte, fazemos o caminho. Chamamos os pais para uma responsabilidade de incentivar seus filhos”, relata.
Implantação de sonhos
O responsável pelo projeto pontua que está em busca de trabalhar sonhos. Dentro das ações, trabalhamos o ser humano. Ao longo de todos esses anos, já passaram mais de mil alunos por aqui. Hoje têm pais e avôs que já foram alunos. Já tivemos alunos que atualmente são advogados e até mesmo jogadores. Há um jogador que seu filho de 11 anos de idade é atleta do Cruzeiro. Alguns não tinham certeza de nada. Nós procuramos trabalhar sonhos. Têm professores, até de Educação Física, que foram alunos do projeto e hoje dão aula”, conta.
Recursos
Vicente enfatiza que o trabalho feito não conta com recursos financeiros, somente com a ajuda dos pais e responsáveis. Trabalhamos com as poucas condições que temos para dar a oportunidade de formação para as pessoas. Se vamos jogar no Bom Jardim, dividimos o ônibus. Já fomos a Caratinga levar alunos para fazer teste no Flamengo. Se temos um almoço para fazer, os pais ajudam. Temos parceria com a Usipa também. De vez em quando encaminhamos um jogador destaque. E eles mandam materiais esportivos quando precisamos, como bolas”.
Ações sociais
Sempre que é preciso fazemos ações sociais, como jogos beneficentes, arrecadação de agasalhos e alimentação, independente se a família faz parte do projeto ou não. Já beneficiamos famílias de outros bairros. Também temos famílias de outras localidades, atendemos atletas do Bom Jardim, Esperança, Vila Celeste, Pedra Branca e Barra Alegre”, complementa.
Matrículas
Os interessados em matricular crianças e adolescentes na Cecuri precisam apresentar declaração escolar, cópia colorida da identidade ou certidão de nascimento do atleta e cópia do RG do pai ou responsável. Em outros casos, é preciso apresentar cópia da guarda emitido pelos órgãos responsáveis.
Os documentos podem ser enviados para o número de telefone de Vicente (31) 9 8516-4867.
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Andrea Campos Figueiredo
08 de agosto, 2024 | 11:39Parabéns Vicente obgd por tá ajudando nossas crianças,obgd pelo carinho que vc tem com meu filho Bernardo campos que e uma criança especial,só tenho a te agradecer por TD , agradeço primeiramente a Deus por ter me proporcionado a ser mãe de uma criança tão especial e a vc Vicente por TD que faz por nós ,muito obgd”