
06 de agosto, de 2024 | 09:00
Padarias e venda de roupas são principais atividades de MEIs do Vale do Aço
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
A Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) conta com um total de 6.397 microempreendedores individuais (MEIs). Na região, os segmentos que mais se destacam são a venda de roupas e as padarias.
Os dados constam na Receita Federal e foram atualizados no dia 3 deste mês. Conforme apurado pela reportagem do Diário do Aço, Ipatinga teve o maior número de novas figuras jurídicas até esta data, sendo 2.587.
Em seguida está Coronel Fabriciano, com 1.405. Santana do Paraíso (1.291) apresentou uma maior quantidade de MEIs que Timóteo (1.114) até este período.
Segmentos mais destacados
A venda de roupas e as padarias são as atividades com maior destaque na região porque precisam de um baixo capital inicial, assim como aponta o geógrafo e coordenador de estatística e de pesquisa do Observatório das Metropolizações Vale do Aço do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) campus Ipatinga, William Passos.
Elas necessitam de um baixo capital inicial em comparação com outras atividades, e têm possibilidades de alto retorno. Todo mundo precisa de uma padaria e da aquisição de roupas, sendo as padarias, naturalmente, com muito mais frequência”, afirma.
William também destaca que muitas pessoas iniciam na informalidade e formalizam o CNPJ a partir do momento em que se consolidam. Diante das dificuldades de inserção no mercado de trabalho formal pela via do emprego formal, seja pela ausência de geração de vagas com carteira assinada, seja pelos baixos salários de admissão, há pessoas que optam pelo empreendedorismo individual ou pelo trabalho por conta própria formalizado, categoria na qual estão inseridos os MEIs. Muitos começam na informalidade e quando se consolidam, formalizam o CNPJ. A categoria MEI é uma porta de saída para a ausência de CLT e uma porta de entrada para a atividade empresarial”, pontua.
Impacto positivo
Para o Vale do Aço, a formalização dos MEIs gera mais arrecadação tributária, mais emissão de notas fiscais e, em alguns casos, mais geração de emprego formal, já que cada MEI pode contratar um funcionário. A diferença para a RMVA é que, na comparação com a informalidade, a formalização fortalece a economia metropolitana. Portanto, o aumento de MEI gera impacto positivo”, complementou o especialista em entrevista ao jornal.
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