04 de agosto, de 2024 | 14:00
Entenda como é feito o monitoramento de ar e partículas da Usiminas
A siderúrgica tem investido em meios de monitorar e mitigar poluição em Ipatinga
Anderson Figueiredo
Com tecnologia de ponta, setor é responsável por monitorar e mitigar a poluição ambiental
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
A Usiminas monitora diariamente a qualidade do ar em Ipatinga. Este processo é realizado por técnicos na Central de Monitoramento Ambiental, que acompanha em tempo real as emissões atmosféricas dos processos produtivos da companhia. O resultado obtido é disponibilizado em painéis eletrônicos distribuídos pelo município de Ipatinga, e atualizado hora a hora. Além disso, há iniciativas de aliviamento das emissões de partículas sedimentáveis, comumente chamadas de pó preto.
É comum ver pessoas questionarem o motivo da qualidade do ar ser considerada boa, sendo notável a presença de pó preto nos bairros vizinhos da planta. No entanto, as partículas sedimentáveis não entram no critério de monitoramento do ar, justamente por não serem nocivas à saúde.
As partículas inaláveis estão nas nossas legislações e já foram feitos estudos onde mostram que elas causam mal à saúde, já as partículas sedimentáveis, por serem partículas grosseiras, não entram no nosso trato respiratório, ou seja, não são classificadas como partículas que causam mal à saúde. Elas incomodam sim, porque causam sujeiras nas nossas residências, mas elas não causam mal”, explicou Monica Lima, gerente de Meio Ambiente da Usiminas, em entrevista exclusiva ao Diário do Aço.
É importante deixar bem claro isso. Os painéis mostram somente aqueles parâmetros que podem causar mal à saúde. O cálculo é feito considerando esses parâmetros que causam mal à saúde e as partículas sedimentáveis não estão incluídas”, frisa a especialista.
Veja a explicação no vídeo abaixo
Por dentro da Central de Monitoramento
A central dispõe de um painel com monitoramento em tempo real da Rede Automática de Monitoramento de Particulados (Ramp), que acompanha cada um dos pontos de emissão potencial da Usina. A partir das informações processadas e mostradas nos monitores, a equipe técnica que atua em turnos de trabalhos, 24 horas por dia, sete dias por semana, direciona ações para o funcionamento dos equipamentos de contenção de poluição na planta industrial. Caso necessário, intervenções são tomadas em conjunto a outras equipes.
Sempre que acontece algum evento, uma pessoa liga diretamente para o supervisor da área onde está acontecendo o evento e procura saber o motivo”, afirmou Monica.
Anderson Figueiredo
Gerente da Usiminas detalha uso de ferramenta e sana dúvidas sobre monitoramento ambiental na planta de Ipatinga

Investimentos
Durante a visita da reportagem do Diário do Aço, a Usiminas apresentou outras medidas implementadas para o controle da poluição ambiental em Ipatinga, que incluem a revitalização do cinturão verde ao redor da usina e aplicação de polímeros.
O cinturão é uma ferramenta muito importante de controle e funciona como uma barreira natural. A Usiminas tem essa preocupação de revitalizar esse cinturão para fazer esse bloqueio de dispersão das partículas. Está no nosso radar incrementar e adensar essa barreira para contribuir também para reter as partículas que são emitidas da nossa planta”, continuou a gerente.
A empresa também divulgou que destinou R$ 2,5 bilhões, entre 2019 e 2023, em investimentos e grandes manutenções com foco em equipamentos ambientais no Centro Industrial de Ipatinga. Foram aportes crescentes a cada ano com foco principal na redução das emissões de particulados do processo de produção, o conhecido pó preto”. Nesses últimos cinco anos, foram quase R$ 500 milhões aplicados em novos equipamentos (Capex) e R$ 2 bilhões em despesas operacionais, que incluem grandes reparos (Opex).
A gente tem atuado principalmente na área de redução. Já são mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos nos últimos anos. Com relação a emissões atmosféricas, a gente vem substituindo alguns equipamentos para reter mais as partículas. Nós estamos substituindo lavadores por filtros de manga, atuando também sobre os precipitadores, melhorando a capacidade de retenção desses equipamentos, aplicação de polímeros”, exemplificou a gerente de Meio Ambiente da empresa.
Assista a entrevista na íntegra
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Antônio Garcia
08 de agosto, 2024 | 23:38Eu convido a todos os funcionários desta equipe de monitoramento da Usiminas a virem aqui em casa à tarde tomar um café, prometo que usarei somente pó de café, mas eles verão que será incapaz de ficar sem o pó preto da Usiminas.”
Assis
05 de agosto, 2024 | 20:03Pó preto não faz mal? P.Q.P !!! Até onde a ganância nos levou”
Paloma
05 de agosto, 2024 | 19:54Se limpar a varanda cedo, no fim da tarde já tira com a pazinha. Um absurdo a empresa zchar que não faz mal. Morar em um ambiente limpo é saúde.”
Jaime
05 de agosto, 2024 | 18:21Quem ta dizendo que o po preto nao faz mal e proprio funcionario da empresa. Entendi tudo bem direitinho.”
Joao
05 de agosto, 2024 | 17:28? comovente a "presteza" sobre a explicação técnica de que as partículas suspensas, o pó preto da Usiminas, não causam mal à saúde, "apenas desconforto, por serem grandes não são ingeridas" e por isso não fazem parte da medição diária. Quanto aos painéis que indicam a qualidade do ar nos principais bairros que circundam a siderúrgica, têm função duvidosa.”