30 de julho, de 2024 | 08:00

Casal leva Vale do Aço ao pódio do fisiculturismo estadual

Arquivo DA
O casal ipatinguense concedeu entrevista exclusiva ao Diário do AçoO casal ipatinguense concedeu entrevista exclusiva ao Diário do Aço
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
O casal Jeferson Max da Mata e Lidiane Duarte, de Ipatinga, tem conseguido resultados significativos no fisiculturismo estadual. Recentemente, Lidi, como é carinhosamente chamada, conquistou o primeiro lugar IFBB 2024, disputado em Belo Horizonte em junho. Já Jeferson, que também é coach e treinou a namorada, volta aos palcos no dia 24 de agosto, também em BH, para disputar o IFBB Pro League 212.

O Diário do Aço conversou com os dois sobre os desafios do esporte, principais conquistas, entre outros assuntos relacionados ao mundo deste esporte.

Conquistas mais relevantes
Lidiane classificou a última conquista como a mais especial entre todas. “Não é desfazendo das outras até aqui, de forma alguma, acho que todas elas tiveram um significado especial, sem dúvida. Mas essa tem um gostinho mais especial”, afirmou.

“Como treinador, essa para mim também foi muito importante. Foram dois anos e meio preparando para buscar esse resultado, e se não conseguíssemos dessa vez, seria mais um ano correndo atrás, só iria largar o osso na hora que conseguíssemos”, complementou Jeferson.

Já como atleta, ele revelou que o mais importante foi o primeiro conquistado, não pelo tamanho do torneio, mas pelo significado. “Eu acompanhei ela no primeiro evento, e prometi que voltaria lá para conquistar o campeonato. Foi um dos eventos de menor expressão que eu fui, mas tinha traçado esse propósito e dois anos depois fui lá e consegui”, afirmou durante a entrevista.

Na expectativa para o IFBB Pro League 212, um dos principais torneios a nível estadual e nacional, o coach e atleta falou que espera um torneio cheio, com grande cobertura, atletas e espera conquistar um bom resultado.

Fisiculturismo: movido por paixão e desafio
Lidiane afirma que sempre gostou de treinar musculação e que começou a admirar o fisiculturismo, também, pelo que ele representa.

“Sempre admirei, principalmente as mulheres, quando vi aquela coisa de não ser só o padrão masculino sinônimo de força. Vê-las grandes, todas definidas. [Pensei] É um negócio que eu quero pra mim, porque é desafiador. Quando comecei, decidi muito em cima da hora, pelo pouco tempo que eu tinha, foi uma preparação um pouco mais difícil, sofri bastante, mas pelo que dava para gente fazer, foi sucesso, consegui voltar também com a premiação de Top 1 na estreia”, revelou a atleta.

Principais desafios
Lidiane precisa equilibrar a vida de atleta com seu emprego e outros compromissos pessoais, o que, segundo ela, é o mais difícil nessa dupla jornada em busca de sonhos e conquistas. “Eu tenho minha casa para cuidar, dois cachorros, meu trabalho na hora comercial. Eu tenho que me dedicar a tudo isso e na parte de atleta, onde na preparação, em determinada parte, a gente aumenta a intensidade dos cardios, na medida que a sua dieta vai mudando, vai caindo a quantidade de carboidratos, você vai perdendo sua força, então influencia também no seu cansaço”, pontuou.

Para Jeferson, o esporte tem crescido e cada vez mais angariando fãs e visibilidade, no entanto, ainda há a “dificuldade de conseguir alavancar por conta própria”, devido aos gastos, em que muitas das vezes, não há retorno financeiro. “Eu faço porque amo o esporte e pretendo seguir, se Deus assim permitir por muito tempo, mas a gente carece de ajudas externas”, desabafou.

Conforme o coach, a cada vez que o atleta sobe de nível nos campeonatos, os custos para participar também aumentam. “Por exemplo, um atleta que está fazendo a sua estreia comparado a um atleta profissional, o atleta profissional não segue sozinho, ele precisa de uma equipe médica, ele precisa de uma equipe com suporte psicológico, suplementação, parte mesmo de manipulados, medicamentos. Tem muita coisa envolvida, essa parte de maior dificuldade justamente para quem mora no interior é conseguir esse apoio dessa equipe toda sendo formada para que ele consiga chegar no mesmo nível que atletas que são das capitais que já estão sendo abraçados e acolhidos pelas empresas”, explicou.

Conquistas para além do palco
Como coach, Jeferson treina e orienta três fisiculturistas, mas também presta assistência ao público geral, que detém o maior número de pessoas.

“A gente instrui, passa as recomendações necessárias, a gente ensina, às vezes, o que é preciso, mas o principal é realmente a pessoa estar disposta e querer. É um trabalho que depende muito de ser de mão dupla”, explicou.
Ele frisa que trabalha com sonhos de pessoas, e isso é uma grande responsabilidade. Além disso, afirma que os troféus não são conquistados somente nos palcos.

“As pessoas associam muito à vitória, em ser campeão. Eu acho que para pessoas que estão no público geral, às vezes vestir uma calça que não servia já é uma vitória. Conseguir subir um vão de escada que não conseguia, é uma vitória. Então todos os dias a gente tem relatos de vitória, isso está acontecendo com diversas pessoas”, finalizou.

Veja a entrevista completa



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