25 de julho, de 2024 | 08:30

Campanha de julho alerta para tumores na cabeça e pescoço

Especialista enfatiza importância de diagnóstico precoce para tratamento dos cânceres de cabeça e pescoço

Arquivo pessoal
Médico detalha formas de tratamento e sintomas dos tumores de cabeça e pescoçoMédico detalha formas de tratamento e sintomas dos tumores de cabeça e pescoço

Quinto tipo de câncer mais comum no homem e causador de cerca de 10 mil mortes anuais no Brasil, os tumores de cabeça e pescoço representam uma parcela significativa dos diagnósticos oncológicos. No Brasil, dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimam que, anualmente, mais de 40 mil novos casos desses tipos de cânceres serão diagnosticados.

Com o objetivo de trazer luz sobre o assunto e divulgar condutas de conscientização, é promovida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), em parceria com diversas entidades médicas e de apoio ao paciente, a campanha Julho Verde. Durante todo o mês, são feitas ações educativas, palestras, exames preventivos e eventos comunitários para reforçar sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado dos cânceres de cabeça e pescoço, que abrangem a boca, língua, garganta, laringe, faringe, esôfago, tireoide e glândulas salivares.

O médico cirurgião de cabeça e pescoço da Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha, Clineu Júnior, destaca que são diversas as causas dos cânceres de cabeça e pescoço, mas no país duas das causas são bem comuns e chamam a atenção. “No Brasil, a maior parte dos cânceres de cabeça e pescoço tem como causa o alcoolismo e o tabagismo, que representam mais de 95% dos casos diagnosticados. Além disso, os homens com idade entre 50 e 70 anos devem ficar atentos, pois fazem parte do grupo de risco”, explica.

O especialista aponta ainda que grande parte dos pacientes, 701%, são diagnosticados em estágio mais avançado. “Os principais sinais [dos tumores] são feridas na boca que não cicatrizam, dificuldade para engolir, dificuldade para mastigar, alterações da voz e ínguas no pescoço. Toda feridinha que a gente tem que não cicatriza em três semanas, alteração da voz que não melhora em duas ou três semanas, a gente tem que procurar o médico”, afirma.

Tratamento
De acordo com Clineu Júnior, o tratamento é feito, principalmente, de forma trimodal: cirurgia, quimioterapia e radioterapia. “Esses tratamentos podem ser indicados em várias ordens, pode ser feita a cirurgia, pode ser feita a quimio e rádio depois ou a quimiorradioterapia antes”, explicou o profissional. Ele ainda acrescentou que os tratamentos são muito “mórbidos", e destacou a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

“A prevenção é o melhor tratamento. Portanto, as pessoas devem deixar os hábitos de fumar e de beber, e devem praticar suas atividades sexuais de forma segura. Quanto antes nós descobrirmos o tumor, maior é a chance de cura e mais fácil é o tratamento com menos sequelas”.

Remissão
Por fim, o médico esclareceu que a chance de remissão, desde que seja descoberto de forma precoce e que os tratamentos sejam estabelecidos de forma correta, respeitando os prazos é muito boa, “podendo até chegar a 100% de cura” em alguns casos.

“A chance de remissão está relacionada diretamente com a precocidade do diagnóstico e a instalação das terapias adequadas. Por isso que a gente tem que ter sempre nos serviços oncológicos uma equipe multidisciplinar para acolher esse paciente de forma adequada”, finaliza.
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