21 de julho, de 2024 | 08:30
Para manter a saúde mental nas férias mães precisam evitar cobranças
Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Mães se sentem divididas entre as atividades com as crianças e o trabalho home office
Mães se sentem divididas entre as atividades com as crianças e o trabalho home office
Para muitas mulheres a segunda quinzena de julho é um momento de trabalho dobrado, já que é necessário conciliar o emprego, seja presencial ou trabalho em casa, com o cuidado com os filhos, durante todo o dia. Como as férias escolares dos filhos nem sempre coincidem com as dos pais, o principal impacto que as mulheres sofrem é o foco, que fica dividido entre as atividades das crianças e o trabalho. Para manter a saúde mental nesses dias é preciso aceitar as limitações e não se cobrar tanto.
A sobrecarga da rotina de cuidados com a casa e a família somada ao trabalho é uma realidade para boa parte das mulheres. Thauana Fornaciari, psicóloga clínica que atua em Ipatinga, especializada em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) explica que os impactos para a saúde mental, neste período onde há o suporte da escola, são muitos.
"Nas quatro horas em que os meninos estão pra escola, geralmente as mães tendem a se concentrar mais, focar mais com o trabalho, fazer tudo que tem pra fazer enquanto eles estão por lá, e aí quando eles voltam, é quando conseguem dar uma atenção maior. Mas quando a escola entra de férias, vem um estresse muito grande carregado de culpa", avalia Thauana Fornaciari.
Segundo a psicóloga, o estresse é geralmente devido à rotina que exige dar conta da criança, se não há outra pessoa para ficar com o filho, enquanto elas precisam se concentrar no trabalho. "A culpa vem mediante essas alternativas porque grande parte das possibilidades vem do uso de telas e aí a mãe se sente culpada mediante a isso. Então a mãe às vezes que já é ansiosa, fica um pouco mais e esse estresse vem, em grande parte, dessas situações. Ao mesmo tempo em que a mãe quer estar presente ali para ajudar o filho aproveitar mais com ele, ela também precisa trabalhar", observou.
Arquivo pessoal
Thauana Fornaciari explica que às vezes o uso de telas não é uma escolha da criança e sim uma alternativa para mães
Thauana Fornaciari explica que às vezes o uso de telas não é uma escolha da criança e sim uma alternativa para mães
Equilíbrio
Tentar um equilíbrio para a situação, pode ser difícil, vai depender dos recursos de cada família e para muitas o uso das telas é uma necessidade. Thauana Fornaciari indica para quem tem mais flexibilidade com os horários, levar os filhos para atividades e brincadeiras externas como pular, correr, brincar de jogar água, estourar balão, onde a criança gaste muita energia, são boas opções.
"Cada família tem a sua realidade, então até uma dica para as mães, não se culpe, porque cada um sabe da sua realidade. Se tiver alguém pra ficar o filho, ou filha, ou se a mãe tem disponibilidade para brincar ou para levar a criança a outro lugar é ótimo, mas se isso não é possível, ela vai ter que usar a alternativa que ela tem, e sem culpa, porque ela também precisa de trabalhar", aconselha Thauana Fornaciari.
Paciência
O estresse da mãe pode levar a momentos de explosões e impaciência no tratamento com a família. Para evitar tais situações, a mãe precisa se conscientizar sobre suas limitações e evitar a autocobrança. Thauana Fornaciari lembra que uma boa opção também para esta época do ano, são as colônias de férias, mas que nem sempre é viável para todas as famílias.
"O ponto principal para não perder a paciência é saber que estamos fazendo aquilo que podemos. Quando entendemos isso fica tudo muito mais leve, porque essa questão de perder a paciência e o estresse vem muito da autocobrança. Então, quando a gente sabe que está fazendo o que pode, esse estresse não vem. Ninguém deve te cobrar em relação a isso, principalmente no caso das mães, que tem que lidar ali sozinha com os filhos, mediante ao trabalho do home office. Principalmente essas mães, que às vezes tem que escutar muitas dicas, muitos conselhos, porque só elas é quem sabem da realidade", conclui.
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Gildázio Garcia Vitor
21 de julho, 2024 | 14:37Deve ser por isso, que os Professores temos tantos problemas mentais, as causas são várias, mas uma pesa muito: excesso de trabalho. Em geral, trabalhamos em mais de uma rede e mais de uma Escola-cheguei a trabalhar em três redes e em cinco Escolas ao mesmo tempo-, para compensar os baixos salários, que atualmente não são os miseráveis das décadas de 1980 e 1990, mas sempre baixos e defassados.
No meu caso, estou, pela quinta vez, "vencendo," graças aos meus queridos alunos* e amigos/colegas* do Mayrink Vieira, da Educafro, do Deolinda e do Chirlene, uma depressão.
* Muito obrigado pela força e pelos pensamentos positivos em nossos dia a dias em salas de aulas, corredores, pátios e salas de convivência. Afinal, um dos meus mais de cem Poetas preferidos cantou: "Amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito."”