13 de julho, de 2024 | 08:45
''A sociedade desempenha um papel crucial na vida das pessoas diagnosticadas com TDAH'', afirma psicóloga
Arquivo pessoal
Nayara Thainã concedeu entrevista ao Diário do Aço e falou sobre sintomas, tratamentos e outros aspectos envoltos ao TDAH
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
Nayara Thainã concedeu entrevista ao Diário do Aço e falou sobre sintomas, tratamentos e outros aspectos envoltos ao TDAHO Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) continua a ser um tema de relevância crescente na saúde mental, afetando indivíduos de todas as idades em todo o mundo. Neste sábado (13), é celebrado o Dia Internacional de Conscientização do TDAH, e tem o objetivo de informar e conscientizar a sociedade sobre essa condição.
Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), de 5% a 8% da população mundial tem o TDAH.
A psicóloga Nayara Thainã, que atua no Vale do Aço, explica em entrevista ao Diário do Aço que, na infância, o TDAH apresenta sintomas principais divididos em dois grupos: desatenção e hiperatividade/impulsividade.
Os sintomas de desatenção incluem dificuldade em manter o foco, cometer erros por descuido e dificuldade em seguir instruções. Já os sintomas de hiperatividade/impulsividade envolvem inquietação excessiva, dificuldade em ficar parado e agir sem pensar nas consequências”, afirma. A especialista ainda destaca a importância do diagnóstico precoce. Pode ajudar a melhorar o desempenho acadêmico, o desenvolvimento social e emocional, além de reduzir o impacto negativo dos sintomas na vida cotidiana da criança”.
Além disso, a gravidade dos sintomas pode variar de leve a grave, afetando diferentes aspectos da vida diária de maneiras distintas. Alguns indivíduos podem conseguir lidar bem com estratégias de manejo e apoio, enquanto outros podem precisar de intervenções mais intensivas e contínuas.
Esses sintomas afetam o desempenho acadêmico, profissional, relacionamentos interpessoais, autoestima e gestão emocional. O tratamento envolve abordagem multidisciplinar para melhorar a qualidade de vida e manejar os sintomas”, pontua a psicóloga.
Importância da sociedade
Embora muitas vezes associado a crianças em idade escolar, o TDAH pode persistir na adolescência e na vida adulta, apresentando-se de maneiras variadas ao longo do tempo. A compreensão pública e o suporte adequado são essenciais para mitigar os efeitos do TDAH e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados.
Para a psicóloga, a educação pública sobre o TDAH é um meio de reduzir estigmas e a aumentar a compreensão sobre como melhor apoiar amigos, familiares e colegas que vivem com essa condição.
A sociedade desempenha um papel crucial na vida das pessoas diagnosticadas com TDAH ao promover aceitação, compreensão e inclusão. Além de facilitar o acesso a recursos educacionais e de saúde mental, ela deve adaptar ambientes educacionais e de trabalho, reduzir estigmas, promover a inclusão social e aumentar a conscientização sobre os desafios e potenciais das pessoas com TDAH. Essas ações são essenciais para apoiar o desenvolvimento pleno e a participação ativa dos indivíduos com TDAH na sociedade”, argumenta.
Tratamento
O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que pode incluir avaliações neuropsicológicas, psicoterapias, medicamentos, intervenções educacionais, apoio psicossocial envolvendo toda a família e acompanhamento médico regular.
O tratamento ideal pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas, a idade do paciente e a presença de condições médicas ou emocionais coexistentes. É importante que o tratamento seja personalizado para atender às necessidades específicas de cada pessoa com TDAH”, finaliza Nayara Thainã.
O TDAH pode afetar indivíduos em graus diferentes; Saiba quais:
Tipo Predominantemente Desatento: Caracterizado por dificuldades significativas de atenção, organização e execução de tarefas. Pessoas com este tipo podem parecer distraídas, desorganizadas e frequentemente perdem objetos pessoais.
Tipo Predominantemente Hiperativo-Impulsivo: Caracterizado por hiperatividade, inquietação excessiva e impulsividade. Indivíduos com este tipo podem ter dificuldade em permanecer sentados, interrompem conversas e têm dificuldade em esperar sua vez.
Tipo Combinado: O mais comum, onde os sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade estão presentes em graus variados.
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Oliveira
14 de julho, 2024 | 01:03Não haverá integração, sem a capacitação, principalmente dos professores em sala aula. E o que nos pedem é a inclusão. É transferir o problema para os educadores que já enfrentam uma jornada desafiadora. Lembremos que estas pessoas tem comportamentos extremos agressivos quando alguém tenta estabelecer regras. Há relatos de agressões físicas e psicológicas graves em salas de aulas. Os educadores irão adoecerem cafa mais.”
Oliveira
14 de julho, 2024 | 00:51Há um frenesi da inclusão social das pessoas portadores destas características especiais, Obsessão por estar objetivando uma resposta rasa diante de uma situação caótica. O objetivo deveria ser a integração, dando importância a todos os participantes deste desafio. Quando dizem que há a inclusão, alocam estes alunos em salas de aulas sem a mínima capacitação do corpo docente e servidores como se estes não fossem afetados fisicamente e psicologicamente por atos lesivos a saude humana. É a princípio, fácil e digno de aplauso a iniciativa da inclusão, como se as pessoa ao redor não sofressem pois não possuem treinamento e tão pouco recursos financeiros disponíveis para melhorarem as condições integrativas.Mais uma vez, os trabalhadores que já possuem os desafios diários e o que vemos é piorar a sua saúde.”
Gildázio Garcia Vitor
13 de julho, 2024 | 10:12Excelente e muito útil reportagem! Parabéns ao Repórter Matheus Valadares e à Psicóloga Nayara pelos esclarecimentos.
Os Professores e demais Profissionais da Educação, principalmente pública, enfrentamos no nosso dia a dia problemas relacionados ao TDAH e ao TEA com pouco ou nenhum conhecimento sobre esses Transtornos. Como ainda se diz lá no meu "lugar", as roças de Orizânia, "Estamos de pés e mãos amarradas" pela ignorância, o não saber, às vezes, paralisado pelo medo, medo de errar, e com filhos de outros sob os seus cuidados, jamais "HERRAR É UMANO", esta, aprendi com a minha saudosa amiga e Mestra, Clélia Mayrink. Uma das poucas pessoas da Educação, de uma inteligência ímpar, com quem tive o privilégio de trabalhar e conviver, e aprender, aprender e aprender lições para a Profissão e para a VIDA.
E mais não digo, pois o nó na garganta não deixa o oxigênio chegar ao cérebro o suficiente para um raciocínio lógico-equilibrado.”