28 de junho, de 2024 | 17:07
Aulas no Cefet-MG Timóteo retornam a partir da próxima semana
Divulgação
Em assembleia, professores se comprometeram com a revisão de conteúdos na retomada do calendário

Os professores do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-MG) se reuniram em assembleia nesta sexta-feira (28) e decidiram pelo fim oficial da greve. O retorno das atividades nos campi da instituição vai ocorrer na próxima quarta-feira (3).
Conforme repassado pelo Sindicato dos Docentes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (SindCefet-MG), caberá agora aos conselhos superiores da instituição definir a data do início das aulas, sendo sugerida pela assembleia a data de 8 de julho para o início efetivo das atividades, visando o melhor planejamento dos discentes.
O sindicato alega a necessidade desse prazo para a organização dos alunos quanto a transporte e moradia, já que muitos moram distantes da unidade onde estudam. "A assembleia também deliberou pelo pedido de inclusão de representação do SindCefet-MG e de representação de discentes do ensino médio e superior na comissão formada pelos órgãos colegiados do Cefet-MG que definirá o calendário de reposição", diz a nota enviada.
Na reunião, os professores também se comprometeram com a revisão de conteúdos na retomada do calendário e com a flexibilização do registro de frequência discente, sem aplicação de provas na primeira semana, entre outras medidas internas.
Acordo
No último dia 23, professores de universidades e de institutos federais de educação e o governo federal chegaram a um acordo para encerrar a greve iniciada há mais de 60 dias. O termo de acordo entre as entidades representantes da Educação Federal e o governo federal foi assinado na última quinta-feira (27).
Balanço
O professor do campus de Timóteo e secretário para Assuntos Profissionais e Jurídicos do SindCefet-MG, Adilson Mendes Ricardo, comenta que a pauta defendida pelos docentes não foi atendida de forma adequada, principalmente quanto à reivindicação salarial e à recomposição do orçamento das instituições federais de ensino.
"O reajuste salarial somente recompõe os índices inflacionários entre 2022 e 2026, mas despreza as perdas com o congelamento dos salários entre 2016 e 2021. Da mesma forma, o orçamento das instituições, embora tenha avançado em valores pela força do movimento grevista, não cobre a demanda pela manutenção e melhoria dos serviços prestados aos estudantes e à comunidade", reclama.
Avanços
Por outro lado, o docente avalia que outras questões tiveram avanços consideráveis, como a revogação da Portaria 983/2020, que forçava uma dedicação maior ao ensino e limitava consideravelmente o desenvolvimento de atividades de pesquisa e extensão.
"Lembrando que são as instituições de ensino federais as responsáveis por mais de 90% das pesquisas realizadas no Brasil, além da participação ativa em atividades de atendimento à comunidade. Diante de tudo isso, a categoria docente optou por encerrar a greve, que envolveu mais de 65 instituições federais de ensino em mais de 500 campi, visando o retorno coordenado às atividades escolares e com a certeza do fortalecimento de um ensino público, gratuito e de qualidade", conclui Adilson Mendes.
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Gildázio Garcia Vitor
28 de junho, 2024 | 17:27Valeu caríssimos Companheiros! Pela LUTA e pelas lições dadas.”