28 de junho, de 2024 | 08:20
Maioria das vítimas de LGBTQIAPN+fobia sofrem injúria, ameaças e lesões corporais no Vale do Aço
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Nesta sexta-feira (28), é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+. No entanto, mesmo após décadas de lutas históricas, a comunidade continua enfrentando alguns preconceitos. Na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), neste ano, os principais motivos que já levaram lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis a fazerem denúncias por discriminações sofridas foram injúria, ameaça e violência física. A maioria dessas vítimas são adolescentes.
As informações foram apuradas pela reportagem do Diário do Aço junto à 12ª Região de Polícia Militar (RPM) e ao 14° Batalhão da Polícia Militar (BPM). Dados também foram extraídos do Painel de Crimes com Causa Presumida LGBTQIAPN+fobia, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, por meio do Observatório de Segurança Pública, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e Prodemge. Ele permite acessar o perfil das vítimas e dos autores do crime, além de detalhes de ocorrências dos casos registrados.
De acordo com dados do Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp), repassados ao jornal pela 12ª RPM, a região somou seis ocorrências por preconceitos direcionados aos homossexuais, bissexuais, transexuais e travestis em 2024. Dois casos aconteceram em Coronel Fabriciano e quatro em Ipatinga.
O capitão do 14º BPM, Wilson Moura, afirmou à reportagem do Diário do Aço que a maioria das ocorrências devido a esse tipo de crime foram registradas por injúria, ameaça e lesão corporal.
Os nossos policiais militares são preparados para diversos atendimentos, principalmente de pessoas que sofrem preconceitos devido suas identidades de gênero e orientações sexuais. Quando uma ocorrência envolve esse tipo de caso, que normalmente são por injúrias, ameaças e lesões corporais, depende da representação da vítima. Então, a vítima é orientada a procurar a delegacia e fazer a representação contra o autor dos fatos”.
Wilson também explicou como as denúncias podem ser feitas. Elas podem ser feitas por meio do 181. Porém, como o crime depende de representação, depende da vítima. Crime contra a honra. Normalmente, não há denúncias desse tipo de caso. E quando há o crime, a própria vítima liga para o 190”, concluiu.
Características das vítimas e autores
Conforme aponta o painel de LGBTQIAPN+fobia do Governo do Estado, as principais vítimas desse tipo de crime na RMVA são adolescentes.
Em Ipatinga, por exemplo, a faixa etária das vítimas é de 15 a 19 anos. Enquanto a idade dos autores varia de 45 a 49 anos. No município, a ferramenta indica que as violações ocorreram, principalmente, em locais como lanchonetes, bares e restaurantes.
Já em Coronel Fabriciano, a faixa etária das vítimas é de 10 a 14 anos e a dos autores não é informada. As ocorrências na cidade também abrangem difamação e, segundo o painel de monitoramento, os preconceitos ocorreram em um local de instituição de ensino público.
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Oliveira
28 de junho, 2024 | 14:04Toda a população sem preconceito algum de raça, religião, identidade de gênero, idade ou qualquer outro tipo de discriminação, sofre de violenciofobia mais ou menos, pois todos estão desprotegidos e cada dia mais sem aparato policial. Todos merecem o respeito e o empenho do Estado para a proteção de seus indivíduos.”
Fabriciano
28 de junho, 2024 | 09:20O presídio de Fabriciano está cheio dessas vítimas. Vítimas? A maioria querem ter mais direto que os demais. Nada mais!”