
27 de junho, de 2024 | 16:53
Adélia Prado vence prêmios Camões e Machado de Assis
Bruno Cantini/Atlético
A mineira de Divinópolis se torna a terceira mulher brasileira a receber o Camões, prêmio instituído pelos governos do Brasil e Portugal em 1988

A escritora Adélia Prado teve uma semana histórica. Primeiramente, foi a grande vencedora do prêmio Machado de Assis de 2024, agraciado pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Agora, nesta quarta-feira (26), ela venceu o prêmio Camões, o mais importante da literatura de língua brasileira.
O prêmio Machado de Assis estará nas mãos de Adélia Prado em 19 de julho, em evento da ABL. A premiação é pelo conjunto da obra da autora. Já o Camões foi decidido após reunião do júri formado por Deonisio da Silva (Brasil), Ranieri Ribas (Brasil), Dionisio Bahule (Moçambique), Francisco Noa (Moçambique), Clara Crabbé Rocha (Portugal) e Isabel Cristina Mateus (Portugal).
Adélia se torna a terceira mulher brasileira a receber o Camões, prêmio instituído pelos governos do Brasil e Portugal em 1988. Anteriormente, Raquel de Queiroz (1993) e Lygia Fagundes Telles (2005) foram agraciadas.
Natural de Divinópolis, aos 88 anos, Adélia foi reconhecida como ilustre torcedora do Atlético em 2017, quando o Conselho Deliberativo do clube a entregou o Galo de Prata.
História
Adélia Prado começou a escrever os primeiros poemas aos 15 anos, após a morte da mãe. Fez carreira como professora, até que os trabalhos como escritora ocupou integralmente as atividades profissionais. Em 1973, se formou na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Divinópolis.
Em 1976, enviou o manuscrito de Bagagem para o Jornal do Brasil. Os manuscritos foran encaminhados para o célebre Carlos Drummond de Andrade, que incentivou a publicação do livro. Drummond teria dito que os materiais de Adélia eram fenomenais”. Nessa mesma época, escreve dois de seus mais famosos trabalhos: Bagagem e Coração Disparado, este ganhador do Prêmio Jabuti.
Atualmente, Adélia trabalha na finalização do mais novo livro, cujo título provisório é Jardim das Oliveiras. (Atlético)
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Tião Aranha
27 de junho, 2024 | 18:15Adélia retrata a vida da mulher como ela é. Foi de professora a escritora. Grande poeta, é uma artista da palavra. Rs.”
Gildázio Garcia Vitor
27 de junho, 2024 | 17:14Que maravilha! Para ela, para Minas e para o Brasil. Parabéns!
Adélia escreve com uma simplicidade que nos remete à Cora Coralina, mas seus poemas, alguns muito místicos, são profundos-à la João Cabral-, de assustar e de alegrar o leitor, que nem sempre é o de primeira viagem, o meu "Bagagem", acho que é de 1977, ano passado adquiri um volume com as obras completas, em versos, dela. Foram muitos sustos e alegrias inesperadas.”